Amorim considera "irreal" pretensão paraguaia de anular dívida com Brasil

08/12/2008 - 23h19

Priscilla Mazenotti*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, comentou hoje (9) a notíciapublicada na imprensa de que o Paraguai também teria intençãode dar calote no Brasil e não arcar com a dívida para a construçãoda Usina de Itaipu.Segundo a matéria,o Paraguai quer a revisão da dívida. Pela proposta, oBrasil arcaria com US$ 19 bilhões e o Paraguai com apenas US$600 milhões. A alegação é de que ogoverno paraguaio vende a energia excedente apenas ao Brasil, maiorconsumidor de Itaipu.O problema éantigo, mas, segundo o ministro, as duas pretensões paraguaias – a deanular a dívida e a de poder vender o excedente de energiapara outro país que não o Brasil – são "irreais"."Eles têmsempre insistido, achando que a dívida é ilegítima",disse acrescentando que, segundo o governo paraguaio, a dívidaseria de US$ 27 bilhões, o saldo seria de US$ 18 bilhõese já foram pagos US$ 45 bilhões. "A proposta não pode seraceita. O Brasil não aceita o argumento de que a dívidaé espúria. Também não aceita o argumentode que a soberania energética do Paraguai só aconteceráse eles puderem vender energia para outros países alémdo Brasil. Essas duas pretensões nos parecem totalmenteirrealistas", destacou.Mas acrescentou que oBrasil tem interesse em contribuir para o desenvolvimento do Paraguaie em manter uma tranqüilidade no relacionamento o paísvizinho.