EPE encaminha a ministério Plano Decenal de Energia 2008/2017

08/12/2008 - 16h42

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) entregou hoje (8) ao Ministério de Minas e Energia o Plano Decenal de Energia 2008/2017. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou que o documento deve ser divulgado e colocado em consulta pública ainda este mês. “A idéia é ser divulgado este ano. Não sei  se vai ser aprovado ainda este ano”, destacou. Tolmasquim participou hoje do Fórum Perspectivas  do Setor Elétrico para 2009, organizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ).O Plano Decenal aponta as usinas hidrelétricas que têm condições de serem levadas a leilão, traça um quadro de despacho de térmicas no caso das usinas hidrelétricas não serem leiloadas, além de esboçar o cenário de crescimento de etanol e de petróleo no país, incluindo as descobertas do pré-sal, dentre outras questões.O Plano considera uma taxa de crescimento do  Produto Interno Bruto (PIB) de 4% para 2009. Em dez anos, porém, a taxa projetada é de crescimento médio de 5% ao ano.No caso específico do petróleo, a EPE trabalha com a perspectiva de preço internacional em torno de US$ 70 a US$ 75 o barril, ao fim do período de dez anos. Tolmasquim afirmou que, em relação ao pré-sal, terá de ser analisada toda a estrutura de exploração “porque, hoje, o modelo tecnológico não é para uma larga escala, como tem a questão do pré-sal. Longa distância e larga escala. Tem que rever. Por isso, os custos vão mudar e a gente não pode usar os custos atuais para  analisar a viabilidade”, explicou.O plano para o período que vai até 2017 considera a produção dos dois campos de petróleo do pré-sal (Tupi e Iara) já anunciados pela Petrobras e que estão com investimentos em andamento. Esta semana, a EPE divulgará nota técnica com esses valores.  Tolmasquim destacou que, apesar da crise de crédito mundial, a Petrobras já está fazendo investimentos nesses campos. O cenário esboçado para o setor de petróleo no plano é conservador porque não inclui as novas descobertas do pré-sal, reiterou o presidente da EPE. “Em função do que vier, das circunstâncias futuras, a gente vai rever isso para o próximo plano. Mas, agora, é bastante conservador.”