Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Emparceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), aAssociação Nacional das Instituições doMercado Financeiro (Andima) pretende lançar no próximoano um índice de certificados de depósito bancário(CDBs). Segundo o presidente da Andima, Alfredo Neves PenteadoMoraes, a medida beneficiará investidores que compram CDBs etêm dificuldade de marcação de preços demercado diariamente e os que operam com fundos abertos, cujamovimentação é intensa e freqüente.Hoje, a marcação é feita combase em modelos diversos. O índice de CDBs funcionarácomo mais uma variável para o mercado, explicou Moraes. Eleinformou que poderá ser usada uma cesta de CDBs, com osmaiores emissores representados no índice, que funcionaria àsemelhança do índice da Bolsa de Valores de SãoPaulo (Ibovespa).De acordo com a participação, oemissor teria mais peso no índice. Uma série deestatísticas a respeito está sendo elaborada, e omodelo deve ser definido no primeiro semestre do próximo ano.O novo índice atende a pleito do próprio mercado,usando conceitos adotados por outros países, “mas com case[experiência] brasileiro”, disse Moraes. Atualmente, aAndima faz essa marcação para cerca de 74 debênturese 100% dos títulos públicos federais no mercado.A emissão de CDBs no Brasil chega a R$ 648bilhões no mercado e a R$ 120 bilhões na carteira dosfundos. Moraes informou que a Andima pretende tambémdesenvolver em 2009 modelos de mensuração de riscos quedêem condições aos investidores, empresas einstituições financeiras de saber a que tipo deexposição estão sujeitas suas aplicações,de modo a prevenir eventuais crises.Segundo Moraes, os modelos em desenvolvimento nãoservirão só para derivativos, mas para todas asaplicações. A proposta é incluir apenas asinformações que forem relevantes para divulgação.“Excesso de informação é desinformação.”Para Morais, os modelos de mensuração de riscos emanálise darão consistência e credibilidade aomercado e segurança e maior controle aos investidores.Também no próximo ano, deve serconcluído estudo sobre o modelo de fusão da Andima coma Associação Nacional de Bancos de Investimento(Anbid), que está sendo elaborado pela consultora BoozeCompany. A Andima tem atualmente 245 membros associados e aAnbid, 120. Juntas, as duas entidades têm faturamento de cercade R$ 88 milhões ao ano. O objetivo da integraçãoé “ganhar escala e manter a diversidade com foco”,destacou Moraes. Ele acrescentou que, com mais eficiência, serápossível reduzir custos para os associados.