Comércio se ressente de consumo baixo em relação ao ano passado

28/11/2008 - 5h42

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A desaceleraçãoda economia, na opinião dos lojistas, já vem refletindono comportamento do consumidor. Funcionários de grandes redesde eletrodomésticos e móveis, por exemplo, járeclamam que no ano passado, na segunda quinzena de novembro, omovimento já estava bem aquecido para as festas de fim de ano.De acordo com Maycon Diniz, que trabalha na área de créditode uma grande rede de eletrodomésticose móveis, os pedidos de crediário ainda nãorefletem o clima de natal. “Em 2007, nessaépoca, já estávamos com um movimento muitomaior, com as pessoas procurando comprar móveis eeletrodomésticos com o objetivo de preparar a casa para asfestas de fim de ano. Isso não está ocorrendo. Temos ummovimento menos aquecido do que nos dias normais, fora do períodode crédito”, considerou Diniz, que trabalha em um dos shoppings mais movimentados de Brasília. Ele enfatizou queas taxas de juros praticadas nos financiamentos são as mesmasdo ano passado. “Não aumentamos nem diminuímos para ogeral da loja. Para alguns itens de informática, estamospraticando taxas menores”, disse.As vendas a prazo estãodesaquecidas tanto quanto as vendas à vista, na opinião dePercy Zuniga, vendedor de outra rede de móveis eeletrodomésticos. “Espero que até o dia 5 de dezembroas vendas melhorem. Acho que as pessoas estão esperandoreceber o décimo-terceiro salário”, afirmou. O vendedor tem amesma reclamação do profissional da área decrédito. “No ano passado,nessa época, estávamos vendendo muito mais. Agora, alémdo movimento da loja estar mais devagar, as pessoas chegam olham,ficam sabendo das condições e voltam para casa parapensar. Parece que estão com medo de comprar”, disse ovendedor.