Crise não trará recessão à economia brasileira, diz Mantega

24/11/2008 - 13h40

Yara Aquino e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda,Guido Mantega, disse, hoje (24), que o presidente Luiz InácioLula da Silva ficou satisfeito com o panorama econômicobrasileiro traçado por ele e o presidente do Banco Central,Henrique Meirelles, na reunião ministerial realizada esta manhã, na Granja do Torto, para discutir os efeitos da crise finaneira internacional.Mantega voltou aafirmar que o Brasil não está tão vulnerávelà crise econômica quanto os países desenvolvidos.“Há umacontaminação da visão que temos por aqui. Comolá fora a situação é crítica, éde redução do nível de atividade, de desempregoaumentando, muitas vezes somos contaminados como se o Brasilestivesse nas mesmas condições. O Brasil nãoestá nas mesmas condições”, disse o ministroaos jornalistas, ao sair para o intervalo de almoço.De acordo com Mantega,o Brasil e outros países emergentes não entrarãoem recessão e para eles o impacto da crise serátemporário e restrito a uma desaceleração. “Nãohaverá recessão, haverá uma desaceleraçãoe passada essa conjuntura até estaremos em uma condiçõesfavoráveis para continuarmos crescendo”, projetou oministro.Quanto aos gastospúblicos que têm sido questionados por analistas,Mantega disse que a situação fiscal é robusta e,como Meirelles, afirmou que o superávitprimário - economia que o governo faz para honrar seuscompromissos financeiros, inclusive o pagamento de juros - é omelhor da série histórica e deve continuar assim.Mantega lembrou que adívida pública caiu a 37% do Produto Interno Bruto(PIB) por conta do dólar e o Brasil é credor na moedanorte-americana. “Estamos quase fazendo superávit nominal”,comemorou.A assessoria deimprensa do Palácio do Planalto esclareceu que a situaçãodo Equador não será tratada no encontro ministerial eque os assuntos irão convergir para a conjuntura econômicatambém na segunda parte da reunião.