Doença pulmonar crônica mata quatro brasileiro por hora, aponta médico

19/11/2008 - 15h32

Da Agência Brasil

Brasília - Hoje(18) é Dia Mundial de Combate à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). NoBrasil, o problema mata quatro pessoas a cada hora.O tabagismo apontado como principalcausa da doença e relacionado a 90% dos casos.Segundo opneumologista Paulo Feitosa, um dos obstáculos para o controle da doença é adificuldade de diagnóstico já que o principal sintoma da DPOC é a falta de arao fazer qualquer tipo de esforço, que muitas vezes acaba sendo atribuída àfalta de condicionamento físico, ao envelhecimento e ou a outras doençasrespiratórias ou cardíacas.“ADPOC é uma doença muito prevalente e de alta mortalidade. Além disso, ela causamuito sofrimento ao paciente. O grande problema é que se faz o diagnósticomuito tardio da doença. A média é a cada 100 fumantes, 20 desenvolvem a DPOC”,disse o médico.Para ele, a mortalidadecausada pela doença no país é muito elevada. “Existem estudos que em algumasregiões do Brasil se tem DPOC em até 20% da população. Isso chama atenção, é umproblema grave de saúde pública e precisa ser combatido.”Paraconscientizar a população sobre a doença, uma série de ações estão sendorealizadas hoje em Brasília, Salvador, Recife, São Paulo, Campinas (SP),Ribeirão Preto (SP) e no Rio de Janeiro.Em Brasília,um ponto de atendimento com médicos e enfermeiros foi montado na rodoviária doPlano Piloto, onde as pessoas podem obter informações sobre a doença e teste defunção pulmonar, que é suficiente para dar diagnóstico da doença. A idéia é atrairprincipalmente fumantes e ex-fumantes com mais de 40 anos, que constituem oprincipal grupo de risco para a DPOC.Nolocal, estão sendo distribuídos folhetos explicativos com um questionário paraas pessoas reconhecerem se estão no grupo de risco da doença respondendo aperguntas como “Você tosse várias vezes na maioria dos dias?” e “ Você temfalta de ar mais facilmente que as outras pessoas da sua idade?”.Oautônomo Roberto Soares Gomes, fumante, resolveu fazer o teste. “Valeu a penapassar aqui hoje. Eu achava que esses sintomas eram só por causa da idade e nãosão. Vou providenciar o tratamento.”Emboratenha recebido o diagnóstico de DPOC, Roberto disse que provavelmente não vailargar o cigarro. Deacordo com Paulo Feitosa, apesar de existir medicações para reduzir o incômodo,a redução do tabagismo é a medida mais importante para os pacientes com DPOC,pois é a única que permite uma redução significativa na progressão da doença.“Felizmente, é uma doença que tem tratamento. Osremédios melhoram a qualidade de vida dos pacientes e diminuem as idas aopronto socorro, as internações hospitalares e aumentam m tempo de vida dopaciente”, explicou o médico.