Museu interativo será construído em áreas desativadas do porto do Rio

18/11/2008 - 15h26

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um museu interativo promete despertar nos visitantes uma reflexão sobre os impactos das atitudes do homem sobre o meio-ambiente. O Museu do Amanhã, que deverá ser construído de frente para o mar, faz parte do projeto de revitalização da zona portuária do Rio. O empreendimento será erguido pela iniciativa privada, em galpões doados pelo governo federal e estadual.O projeto foi anunciado hoje (18) pelo Secretaria Especial de Portos, que cedeu dois armazéns do cais para a Fundação Roberto Marinho, responsável pelas obras e pelo acervo. Em São Paulo, a fundação construiu centros culturais de referência como o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol.Segundo a fundação, a obra deve ficar pronta em quatro anos. Entretanto, o empreendimento já começa a sair do papel por meio de estudos e parcerias com universidades. Além do levantamento para o acervo, o objetivo é criar, utilizando tecnologia, espaços sensoriais, onde o visitante terá informações sobre mudanças climáticas, energias alternativas, escassez de água e espécies em extinção.De acordo com o ministro de Portos, Pedro Brito, o Museu do Amanhã é um “passo concreto para revitalização portuária”, entretanto as melhorias na região levarão um pouco mais de tempo para serem concluídas. “Não queremos passar que as coisas estão resolvidas porque não estão. Esse é um projeto de longo prazo, que será concluído daqui cinco ou dez anos.”Como parte do projeto de revitalização, segundo o ministro, o governo estuda também ceder outras áreas desativadas. “Temos vários programas para outros armazéns. Há um projeto para uma escola permanente de teatro com o Grupo Ensaio Aberto e estamos vendo com a prefeitura a construção de um grande aquário”, exemplificou.“Tudo isso antes da parte do empreendimento imobiliário, que vai captar dinheiro para a revitalização”, acrescentou.O governo estadual do Rio também doou para o Museu do Amanhã um galpão onde funcionavam instalações da Polícia Civil.