Geddel diz que PMDB baiano apoiará aliança com PT para 2010

05/11/2008 - 17h50

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No que depender doministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, oPMDB estará ao lado do PT nas eleiçõespresidenciais de 2010. Após participar de reunião doprefeito reeleito de Salvador, João Henrique (PMDB), com opresidente Luiz Inácio Lula da Silva, Geddel garantiu que oPMDB baiano apoiará a aliança com o PT. “A Bahia seráum diretório que vai defender, de forma muito clara, amanutenção da aliança com o presidente Lula, como seu projeto para 2010”, afirmou Geddel, assegurando que osatritos com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), sãoapenas reflexos do processo eleitoral. “Esses problemas como governador são muito mais problemas identificados por um ôbaôba pós-eleitoral do que propriamente problemas reais”,disse o ministro. “Tenho com ogovernador Wagner uma postura fraterna, de amizade, o queevidentemente não pode ser interpretado como uma postura desubmissão. Vamos ter que permanentemente conversar noentendimento de que são dois grandes partidos que disputamespaço de forma legítima no estado da Bahia”,completou Geddel.Quanto à disputapelo comando da Câmara e do Senado, ele disse que asarticulações das duas Casas não estãovinculadas. Segundo Geddel, o apoio do governo ao PMDB para o comandoda Câmara é uma retribuição ao “apoiodecisivo” dado pelo partido na eleição do atualpresidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT), há dois anos. Geddel confirmou que oassunto foi tratado com o presidente Lula e deixou claro, no entanto,que não concorda que o PMDB fique com a presidênciatanto da Câmara quanto do Senado. “Eu, pessoalmente,num primeiro momento, defendo que a solução seria umequilíbrio e que não parecesse a tentativa de umapostura hegemônica, por mais legitimidade que tenha o PMDB dedisputar as duas Casas pelo fato de ter a maior bancada”, afirmou. O ministro assegurouque defenderá no PMDB as negociações no sentidode garantir tranqüilidade à base de sustentaçãodo governo Lula. “Eu defendo o bom senso”, ressaltou. Essa também éa posição do prefeito de Salvador, JoãoHenrique. “Acho que tem que haver um equilíbrio de forças”,afirmou. Segundo ele, jáhá um acordo em torno do nome de Michel Temer para apresidência da Câmara. “É um grande nome, achoque Michel Temer deverá ter esse apoio”, afirmou. Ele preferiu nãoafirmar, no entanto, que o referido equilíbrio de forçassignificaria deixar a presidência do Senado para o PT. “Nãotenho avaliação sobre isso”, disse.Geddel e JoãoHenrique se reuniram com o presidente Lula para agradecer o fato deLula não ter participado de campanhas de candidatos petistasque disputavam prefeituras com partidos da base aliada. Em Salvador,Lula apenas gravou participação nos últimosprogramas de TV do candidato petista Walter Pinheiro. “Agradecemos apostura absolutamente correta do presidente Lula de ter respeitado apostulação do PMDB, não se envolvendodiretamente no apoio ao candidato de seu partido”, disse Geddel. De acordo com oministro, o presidente autorizou o Ministério da Integraçãoa liberar verbas para projetos antigos do prefeito de Salvador, comomacro-drenagem e obras de enchente. Lula e a ministra-chefeda Casa Civil, Dilma Rousseff, segundo Geddel, também teriamsinalizado a conclusão do metrô de Salvador.