Produção industrial cresce 1,7% em setembro

04/11/2008 - 8h56

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção da indústria brasileira cresceu 1,7% em setembro na comparação com o mês anterior. O resultado, divulgado hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compensa a retração observada em agosto (-1,2%). Em relação ao mesmo período do ano passado, o setor registrou alta de 9,8%, a mais elevada desde abril (10,0%) nesse tipo de comparação. No ano, a atividade fabril acumula expansão de 6,5% e nos últimos doze meses, de 6,8%.A Pesquisa Industrial Mensal revela, ainda, que na passagem de um mês para outro houve “alta generalizada”, alcançando 20 dos 27 ramos investigados. A maior contribuição veio de máquinas e equipamentos (9,0%), após a acomodação registrada no mês anterior (-0,2%). Também apresentaram desempenho positivo edição e impressão (8,4%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%), alimentos (1,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (9,5%). Em movimento oposto, as principais pressões negativas vieram de outros produtos químicos (-2,3%) e metalurgia básica (-1,7%).Por categorias de uso, a maior alta foi dos bens de capital (3,7%), que reverteram o recuo do mês anterior (-0,5%). O mesmo movimento foi observado em bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (1,5%), que voltaram a crescer após a queda de agosto (-0,3%). Já os bens de consumo duráveis (0,4%) e bens intermediários (-0,1%) ficaram praticamente estáveis. De acordo com o IBGE, também houve “alta generalizada” na comparação com setembro de 2007, com elevação da produção em 25 das 27 atividades analisadas e todas as categorias de uso. A pesquisa destaca que este ano o mês de setembro teve três dias úteis a mais do que no ano passado. As altas que mais contribuíram para o resultado foram veículos automotores (20,1%); máquinas e equipamentos (21,4%); farmacêutica (29,6%); e outros equipamentos de transporte (44,4%).Ainda em relação a setembro de 2007, a produção de bens de capital subiu 25,8%; de bens de consumo duráveis, 14,9%; de bens intermediários avançou 6,6% e de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis, 7%.