Alíquota zero de matéria-prima ajudará a reduzir preço de insumos básicos, diz CNA

29/08/2008 - 17h20

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A inclusão de fosfatobicálcico e dos ácidos fosfórico e sulfúricona lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) doMercosul, com alíquota zero, vai estimular as importaçõesdesses produtos, aumentar a concorrência e baixar os preçosdos insumos básicos para a agropecuária, como salmineral e adubo fosfatado. O diagnóstico é daConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil(CNA), que elogiou a medida adotada ontem (28) pela Câmara deComércio Exterior (Camex), isentando a importaçãodesses produtos, de países de fora do Mercosul, nos próximos12 meses.O Imposto de Importaçãocobrado sobre tais produtos variava de 4% a 10%.Em nota divulgada hoje (29) nainternet, o presidente da Comissão Nacional da Pecuáriade Leite da CNA, Rodrigo Alvim, destaca que “esses produtos servemde matéria-prima para a suplementação mineral daalimentação animal", e os preços em alta,que dobraram nos últimos nove meses, "têmcontribuído para o aumento do custo de produçãoagropecuária”.A suplementação mineralrepresenta, segundo ele, cerca de 23% do custo da pecuária decorte, com influência semelhante também na produçãoleiteira, e já encareceu 80% em média neste ano. Eledisse que o sal mineral é de fundamental importânciapara os ganhos de produtividade do setor, e o fosfato bicálcicoe o ácido fosfórico equivalem a 60% nos custos do salmineral.De acordo com dados da CNA, o preçodo fosfato bicálcico, que em novembro do ano passado custavaR$ 800 por tonelada, é comprado agora por R$ 2.100. Os maioresconsumidores mundiais do produto são China, Índia,Estados Unidos e Brasil, que adquirem o fosfato bicálcico deMarrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia.