Tarso e governador do Rio discutem reforço da segurança durante eleições

21/08/2008 - 20h37

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Justiça, Tarso Genro, reuniu-se hoje (21) com o governador do Rio, Sergio Cabral, para tratar dos detalhes do apoio federal à segurança nas eleições no estado. O encontro foi no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense.Segundo o ministro, foram avaliados os investimentos federais feitos no estado por intermédio do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci) e o quadro de segurança necessário para as eleições de outubro.“Tratamos da consolidação de trabalho em relação ao Pronasci, dos recursos liberados e do que conseguimos integrar até agora, com uma apreciação altamente positiva, e avaliamos também a presença das Forças Armadas para a garantia do pleito.” Segundo ele, já foram liberados R$ 101 milhões pelo Pronasci, sendo R$ 30 milhões para o Rio.Tarso disse que o setor de inteligência da Polícia Federal está concluindo o trabalho de levantamento sobre locais dominados por tráfico ou milícia, mas ressaltou que isso não se limita ao período eleitoral.“Estamos fazendo um trabalho de levantamento, relacionado com eventuais necessidades para a tranqüilidade do pleito, mas isso não se restringe somente a essas questões de natureza eleitoral.”Tarso deixou claro que a atuação das Forças Armadas, durante as eleições, não é de sua competência. “Essa orientação não é do Ministério da Justiça, mas do presidente do Tribunal Regional Eleitoral, do presidente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e do ministro da Defesa."Para ele, os papéis desempenhados por soldados do Exército e pelas polícias é bem diverso. “Não é policiamento, mas uma presença preventiva das Forças Armadas para causar uma sensação de segurança e dar tranqüilidade à população para saber que ela está abrigada para transitar livremente nas eleições e para fazer o trabalho eleitoral.”O ministro classificou de “crime bárbaro” a chacina de sete pessoas, na favela do Barbante, em Campo Grande (zona oeste), na noite da última terça-feira (19), mas disse que ainda era cedo para se chegar a uma conclusão.