Contag cobra do governo prometido plano habitacional para o campo

18/08/2008 - 18h39

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente da Confederação Nacional dosTrabalhadores da Agricultura (Contag), Alberto Broch, cobrou hoje (18)da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o já prometido plano dehabitação para áreas rurais. O governo teria se comprometido em maio desse ano,quando ocorreu o movimento Grito da Terra, de apresentar em 30 dias uma propostapara as famílias rurais, para a construção de casas e a melhoria dasresidências já existente. No entanto, de acordo com Broch, nenhumaproposta foi apresentada.“Nós negociamos um programa de habitação. Nós nãochegamos a negociar os números de habitação rural nem valores. Oprograma não existe. Nós queremos o programa. Nós queremos que secomece”, disse Broch, ao sair da reunião com a ministra.De acordo com o vice-presidente da Contag, Dilma secomprometeu em levar o assunto ao conhecimento do presidente LuizInácio Lula da Silva e conversar com os ministros das áreas afins.Amanhã (19), Broch conversará com o ministro das Cidades, Márcio Fortes,sobre o assunto.“Nós, agricultores, esperamos que o ministro das Cidades nos responda positivamente a essa pauta, já negociada no Gritoda Terra”, declarou Broch. De acordo com ele, os agricultores familiaresesperam que o governo contemple, no plano, várias faixas de renda nocampo. “Temos agricultores que necessitam de muitos subsídios, outros,têm capacidade de arcar com as prestações. Esse plano tem que contemplaras diferenças que temos no campo brasileiro. Precisamos de acesso a umapolítica para que o agricultor possa melhorar a sua casa, possaproduzir alimento, possa continuar no campo com maior dignidade, possapermanecer no campo. Esse programa tem que significar casa para aquelesque não têm ou melhorias para aqueles que têm uma casa muito ruim”,disse Broch.A Contag estima que o déficit habitacional no campono Brasil possa chegar a cerca de 400 mil habitações. “Nós aindaestamos fazendo esse levantamento, mas algumas fontes falam entre 300 mila 400 mil habitações”, estimou Alberto Broch.