Deputado quer prorrogar CPI dos grampos por 120 dias

15/08/2008 - 21h55

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas TelefônicasClandestinas pode ser prorrogada por mais 120 dias a partir do dia 5de setembro, data prevista para o seu encerramento. O presidente dacomissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), apresentoupedido de ampliação do prazo da CPI ao presidente daCâmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). A solicitação deverá ser votado na próxima quarta-feira (20) peloPlenário da Casa.Itagiba argumenta que épreciso mais tempo para analisar o material que ainda nãoestá em poder da CPI, como cópias dos inquéritosdas operações Chacal e Satiagraha, da PolíciaFederal e dados das interceptações telefônicas aserem entregues pelas operadoras de telefonia. O parlamentar alegatambém que é necessário maior prazo para tomarnovos depoimentos.A CPI das EscutasTelefônicas Clandestinas foi criada para trabalhar durante 120dias, mas já teve seus trabalhos prorrogados por duas vezes. Aprimeira vez foi por mais 60 dias, e a segunda por mais 30 dias.Agora, Itagiba quer a prorrogação por mais 120 dias. Seo pedido for aprovado, os trabalhos da CPI vão atéjaneiro do ano que vem.A comissão jámarcou para quarta-feira (20) da próxima semana, às14h30m, audiência pública com a presença dodiretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência(Abin), Paulo Lacerda, e com o delegado da Polícia FederalMarcílio Zocrato. No mesmo dia, a CPI toma o depoimento dodelegado Alessando Moretti.Também naquarta-feira estão previstas as votações dediversos requerimentos. Entre eles, estão os que pedem aquebra do sigilo da operação Chacal e Satiagraha e osque propõem a convocação para depoimento dochefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, doex-ministro Luiz Gushiken, do ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh edo investidor Naji Nahas, além de André Lara Rezende,Pérsio Arida e Luiz Carlos Mendonça de Barros, quetrabalharam no governo Fernando Henrique Cardoso.