Denúncias indicam que milícias atuam em 13 municípios do Rio

07/08/2008 - 20h05

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das milícias da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), afirmou hoje (7) que o Disque Milícia já recebeu mais de 500 ligações de moradores de todo o estado. Segundo ele, há indícios da existência de grupos milicianos em 13 municípios do Rio, entre eles, Macaé e Niterói. A CPI ouviu hoje (7) o delegado Cláudio Vieira, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), e o cientista político Luiz Eduardo Soares, que falaram sobre o crescimento da ação de grupos milicianos em todo o estado. De acordo com Marcelo Freixo, o delegado Cláudio Vieira explicou como atuam os grupos milicianos no Rio, dando ênfase às ações de quadrilhas em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O deputado disse ainda que a análise do pesquisador Luiz Eduardo Soares trouxe uma visão política para o assunto.“A análise da crise na segurança pública e da ação das milícias do professor Luiz Eduardo Soares foi bastante importante para que tenhamos uma compreensão mais abrangente da relação que existe entre as milícias e as crises orçamentária e de segurança, além das prioridades equivocadas dos últimos governos." "Dentro da possibilidade de um relatório analítico com propostas ousadas, esse tipo de depoimento é bastante importante”, ressaltou o deputado.A Comissão Parlamentar de Inquérito irá convidar para participar de futuras reuniões o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, entre outras autoridades.