Custo de vida sobe 0,87% em julho em São Paulo

06/08/2008 - 16h27

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O custo de vida nomunicípio de São Paulo subiu 0,87% no mês dejulho. O resultado representa decréscimo de 0,1% em relaçãoà alta registrada em junho, que foi de 0,97%. Os dados sãodo Departamento Intersindical de Estatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese). Alimentação (alta de1,47%) e habitação (1,49%) foram os grupos queapresentaram as maiores variações. Nos grupos equipamento doméstico e vestuário, houve retraçãode 0,4% e 0,39%, respectivamente.A análise do Dieeserevela que os alimentos continuaram como o principal fator de alta dainflação, com contribuição de 0,42% paraa taxa geral do custo de vida. Apesar da variaçãoelevada deste mês, o ritmo dos reajuste no grupo diminuiu. Emjunho, a alta da alimentação foi de 2,88%. Deacordo com o Dieese, para conter a alta da inflação, "énecessário, em primeiro lugar, que o consumidor nãoperca a noção de valor e, em segundo, que reaja àsremarcações. Para tanto, deve pesquisar os preços,buscando adquirir os produtos nos locais que apresentam as melhoresofertas, dado que existe muita discrepância de valor para ummesmo bem."A entidade alerta que as diferençasentre o menor e o maior preço dos alimentos, como a carne, porexemplo, podem chegar a taxas superiores a 100%. No preço doacém, foi detectada variação de 130,6%, nolagarto, de 115,1%, e no músculo, de 103,3%.O aumentoda energia elétrica foi o segundo em impacto na elevaçãodo custo de vida. Sozinho, o aumento da energia contribuiu com 0,24%no cálculo do índice. Caso o preço da energianão tivesse sido reajustado, a inflação do custode vida de julho seria de 0,63%, e não de 0,87%. Nosúltimos 12 meses – entre agosto de 2007 e julho de 2008 –o custo de vida na cidade de São Paulo acumulou alta de 7,05%.Nos primeiros sete meses de 2008 – entre janeiro e julho - ainflação foi de 4,51%. Os aumentos nosúltimos 12 meses deram-se de maneira heterogênea entreos grupos que compõem o custo de vida do Dieese. As maioresaltas foram verificadas nos grupos alimentação(16,81%), despesas pessoais (6,85%) e habitação(6,30%). As menores variações foram detectadas nosgrupos: equipamento doméstico (-1,84%), vestuário(-0,39%) e transporte (1,27%).