PSDB vai insistir na quebra de sigilos, diz líder

26/03/2008 - 17h37

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O líder o PSDBno Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou hoje (26) que opartido pretende utilizar os 90 dias de trabalho da CPMI dos CartõesCorporativos para tentar votar as quebras de sigilos, inclusive daPresidência da República."Eu estou preocupadoem ver o meu partido cumprindo com o seu dever. Fazer todos ospedidos de quebras de sigilo, de convocações de fulanoe de beltrano, colocar todas as dúvidas. Se quiserem negar,que neguem. Nós estamos olhando e a opinião públicaestá de olho", afirmou o parlamentar.O requerimento deconvocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,foi rejeitado hoje por 14 a sete.O líder informouque ainda hoje pretende conversar sobre o assunto com o líderdo DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), para consolidar aestratégia. Agripino, no entanto,tem outra opinião de como conduzir os trabalhos na CPI."Se for para os governistas continuarem tratorando as votações,o melhor seria a oposição abandonar a comissão",defendeu Arthur Virgílio e Agripino Maia concordam em umponto: dar prioridade à votação do requerimentopara que o Tribunal de Contas da União (TCU) repasse osresultados das investigações que fez a respeito dosgastos do governo, inclusive da Presidência, com os cartõescorporativos.A presidente da CPMI, senadora Marisa Serrano,considera estranho o fato de o Tribunal de Contas da União(TCU), órgão de assessoramento do Legislativo, nãopoder repassar o resultado de seu trabalho aos deputados e senadores."É difícilimaginar que o TCU, que é um braço nosso, possaanalisar esse documento e nós não".As divergênciasentre governistas e oposicionistas na condução dostrabalhos estão manifestadas pelas prioridades estabelecidaspela presidente da CPMI e pelo relator, deputado Luiz Sérgio(PT-RJ). Enquanto a tucana querdar andamento, na próxima terça-feira (1), a apreciaçãodos requerimentos de pedidos de informações, inclusivedo relatório do TCU, o relator considera que o fundamental, nomomento, é ouvir o máximo de autoridades para sedefinir o que são gastos sigilosos. "Nósqueremos debater primeiro o tema segurança nacional paradepois poder deliberar a matéria. Esse requerimento, naprática, é de quebra de sigilo, e isso, antes do debatede segurança, nós vamos nos posicionar contrariamente",afirmou o relator.