São Paulo terá ajuda federal para desalojados das chuvas

15/01/2008 - 17h11

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O governo federal vai apoiar financeiramente o socorro às pelo menos 15 mil pessoas que ficaram desalojadas devido às chuvas que atingiram o estado de São Paulo no último fim de semana.A pedido do presidente em exercício, José Alencar, o ministro das Cidades, Marcio Fortes, e o secretário nacional de Defesa Civil, Roberto Guimarães, se reuniram hoje (15) com o governador José Serra e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para discutir quais medidas receberão o apoio federal. O encontro ocorreu no hospital Sírio-Libanês, onde Alencar está internado."Viemos prestar uma solidariedade, mas uma solidariedade ativa. Precisamos checar quais são os projetos e ver o que é preciso fazer para minimizar os problemas das famílias afetadas", disse Fortes.Segundo ele, ainda não foi estabelecido o valor a ser repassado ao governo do estado e à prefeitura paulistana."Os projetos foram enumerados. Vamos aguardar, para que a Secretaria Nacional de Habitação e as secretarias municipal e estadual de Habitação possam delimitar quais são as características e os valores", acrescentou o ministro.Forte informou que parte da verba também será destinada a obras de prevenção a novas enchentes. De acordo com José Serra, as prefeituras das cidades atingidas estão levantando quais são as obras prioritárias e, dentro de alguns dias, devem repassar essas informações ao governo do estado."Minha preocupação maior é com a prevenção. Segundo as previsões meteorológicas, novas chuvas podem ocorrer nos próximos dias".Kassab, por sua vez, apresentou ao ministro dois projetos para que cerca de cinco mil famílias sejam removidas de áreas de risco ou tenham a casa reformada."O ministro pediu que indicássemos áreas da cidade que não são atendidas por programas do governo federal ou estadual e que, no caso de chuvas como a de ontem, têm risco de pequenos incidentes".As chuvas no estado atingiram principalmente as regiões do Vale do Ribeira e do litoral sul. José Serra, que sobrevoou ontem essas regiões, classificou a tempestado como um "dilúvio". "Em 24 horas choveu o que deveria chover em dois ou três meses".