Ex-refém Clara Rojas e filho Emmanuel passam a noite juntos

14/01/2008 - 10h59

Paula Laboissière*
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ex-refém Clara Rojas,libertada na última quinta-feira (10) pelas ForçasArmadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), passou anoite de ontem (13) com o filho Emmanuel em Bogotá, em localmantido em sigilo. A informação é da AgenciaTelam, parceira da Agência Brasil.

Depois de três anos afastadada mãe, a criança foi entregue a Rojas de formaprovisória pelo Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar,que tinha a custódia de Emmanuel desde 2005.

“Me sinto a mulher mais feliz domundo e a mais orgulhosa com meu bebê Emmanuel”, disse Rojas,e agradeceu a todos os envolvidos na operação queresultou em sua libertação.

Emmanuel, 3 anos, é fruto deuma relação entre a ex-refém e um guerrilheirodas Farc que aconteceu enquanto Rojas ainda estava em poder daguerrilha.

Ainda de acordo com a Telam, adiretora do Instituto Colombiano de Bem Estar Familiar, ElviraForero, disse que Emmanuel foi entregue provisoriamente a Rojas,enquanto se cumprem os trâmites legais para que ela assumaformalmente a custódia da criança.

Forero explicou que, ontem (13), mãee filho “realizaram uma sessão de seis horas de conhecimentopara retomar os vínculos entre o menino e a família edar à ele a qualidade de vida que merece”.

Ao detalhar o reencontro com ofilho, Rojas contou ter passado a tarde com Emmanuel. “Foi asensação mais maravilhosa que pude imaginar”.

A ex-refém acrescentou quesua mãe, Clara González de Rojas, o menino e ela mesmadevem se submeter a tratamentos médicos e que, portanto,necessitam de tempo para realizá-los. Para ela, a famíliaprecisa descansar por alguns dias, semanas ou mesmo meses.

Ao finalizar, disse que levava “todoo mundo em seu coração” e que agradecia a todos,garantindo que ela e a família estão bem e com muitavontade de viver.

Clara Rojas foi libertada pelas Farcna última quinta-feira (10) junto à ex-deputadaConsuelo González na região de Guaviare, no sudeste daColômbia. O resgate aconteceu por meio de uma missãohumanitária comandada pelo Comitê Internacional da CruzVermelha, em uma operação planejada e liderada pelopresidente venezuelano, Hugo Chávez.