Governo de Moçambique envia equipe para regiões inundadas

05/01/2008 - 13h06

Agência Lusa

Maputo (Moçambique) - As autoridades moçambicanas enviaram hoje (50 uma equipe do governo central para dar assistência aosexecutivos locais das regiões do país que estão em alerta vermelho porcausa das inundações.A equipe é liderada pelo ministro da Educação e Cultura de Moçambique,Aires Aly, que está em Nova Mambone, localidade afetada pelascheias, na qualidade de membro do Conselho Coordenador de Gestão deCalamidades.O grupo pretende analisar a resposta dada ao problema pelas autoridadeslocais, bem como capacitá-las para, de "forma sustentável, enfrentar asituação", disse Aly.As cheias já atingiram 55 mil moçambicanos e tendem a piorar.Segundo dados oficiais divulgados em Maputo, o nível das quatro baciashidrográficas do país deve continuar acima do normal por causa daschuvas em Zimbábue, Zâmbia e Maláui - países vizinhos de onde vêmgrande parte dos principais rios que atravessam Moçambique - e àabertura das comportas da hidrelétrica de Cahora Bassa, no centro dopaís.A bacia do rio Save, a sede do distrito de Machanga e a vila de NovaMambone, no distrito de Govúro, continuam inundadas, enquanto as baciasdo Búzi e do Púngoe, ambas na região centro, alagaram extensas áreasdos distritos de Dondo e Nhamatanda. Algumas vias de acesso rodoviárioforam cortadas pelas águas.O governador da província de Sofala, Alberto Vaquina, havia informadoque três pessoas morreram afogadas, mas um porta-voz do InstitutoNacional de Gestão de Calamidades (INGC) de Moçambique negou a notícia,afirmando que, até o momento, não foram registradas vítimas fatais porcausa das cheias.Na quinta-feira (3), o governo moçambicano ativou o alerta vermelho e acionou o Centro Nacional Operacional de Emergência (CNOE)para coordenar operações de socorro e retirada de populações em risco.Pelo menos 2,5 mil famílias foram resgatadas das zonas ribeirinhas.Apesar da difícil situação que o país enfrenta, as autoridadesmoçambicanas afastaram, por enquanto, a hipótese de lançar um apelo deajuda internacional.Em 2007, as cheias em Moçambique provocaram pelo menos 29 mortos e cerca de 60 mil deslocados.