Cresce o volume de investimentos de brasileiros no exterior

04/01/2008 - 12h27

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O envio de remessas do Brasil para o exterior, destinadas ao investimentofinanceiro tanto de pessoas físicas quanto jurídicas, cresceu 36,2%, noacumulado de 2006, segundo levantamento divulgado hoje (4) pelo Banco Central.No período, as movimentações alcançaram US$ 152,2 bilhões. Esse volume é omaior já registrado desde 2001, quando atingiu US$ 68,5 bilhões.Em 2006, o volume de depósitos soma US$ 17,2 bilhões e os Estados Unidos continuamsendo o país líder no total de ativos recebidos, com participação de 47,8%,seguido pelo Reino Unido com 22,1% e as Ilhas Cayman com 8,7%.Os dados constam do levantamento sobre Capitais Brasileiros no Exterior(CBE), realizado pelo Banco Central, com base na declaração feita sobre osestoques de ativos de residentes no país. Esse foi o sexto levantamentorealizado desde 2002, que aponta as movimentações a partir de 2001. O estudoindica ainda que cresceu, em 2006, o número de declarantes, passando de 12.366para 13.404.  Desse universo, l.589 são pessoas jurídicas e 11.815 pessoasfísicas.De 2001 a 2006, conforme o estudo, houve um avanço gradativo dasmovimentações. Entre os destaques, em 2006, está o salto dos investimentosdiretos com participação acionária superior a 10% no capital de empresas (US$ 97,7bilhões). Desse total, a maior parte US$ 20,3bilhões teve como destino as Ilhas Cayman, seguida por Bermudas (US$ 15,1bilhões), Dinamarca (US$ 10,4 bilhões), Ilhas Virgens Britânicas ( US$ 10,3bilhões) e Bahamas (US$ 9,3 bilhões).Ainda referente aos investimentos brasileiros diretos a partir de 10%, o relatório cita a tendência dessas movimentações no setor terciário da economia. "Nesse setor, os maiores registros foram verificados em serviços prestados principalmente às empresas, com US$ 50,6 bilhões, e intermediação financeira, inclusive seguros e previdência privada, com US$ 20,5 bilhões. Esses dois grupos de atividades concentraram 72,8% do total declarado para o setor terciário. A grande concentração dos recursos foi constatada naprestação de serviços à empresas (US$ 50,6 bilhões) e intermediação financeira(US$ 20,5 bilhões)", afirma o relatório.De acordo com os dados, é crescente oingresso dos investimentos em novos países, que em 2006 foram feitos em 160 nações.