Mães reivindicam mais pediatras no hostipal carioca Getúlio Vargas

02/01/2008 - 17h22

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Hoje (2), após um ano da primeira visita do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, ao Hospital Getúlio Vargas, na zona norte, ele disse que a situação antes “caótica e dantesca” melhorou. A unidade passou por uma reforma, implementou serviço de triagem de pacientes e criou 50 leitos. No entanto, mães de pacientes da pediatria reclamam da falta de médicos.A dona de casa Rosana de Oliveira, 28 anos de idade, que aguardava atendimento para a filha de seis meses, abordou Cabral na rua e reclamou das duas horas de espera na fila. “O atendimento está horrível. Só tem um médico para um monte de crianças”. Para verificar a situação, o governador visitou a pediatria, que estava lotada. A direção do hospital explicou que três médicos atendiam às crianças, mas a assistência, por ordem de chegada, era interrompida quando chegavam crianças em risco de morte.“Os pacientes que estão na espera são para atenção básica. Criamos esse setor para desviar da emergência crianças com patologias que não precisam ir para emergência”, justificou o diretor da unidade, Marcelo Soares. Para desafogar o atendimento da atenção básica, Cabral também disse que as prefeituras precisam investir em serviços de atenção básica com foco na prevenção. “Caso contrário, a situação [da pediatria lotada] não vai mudar”.O Hospital Getúlio Vargas passou por uma reforma em 2007 que custou R$ 1,2 milhão. Para este ano, o governo promete criar mais 100 leitos, comprar equipamentos e realizar obras de infra-estrutura.