Porto Alegre, 27/1/2005 (Agência Brasil - ABr) - Entre as dezenas de debates sobre liberdade de informação que ocorrem no 5º Fórum Social Mundial, a insatisfação com os meios de comunicação ficou marcada durante a palestra "Imprensa alternativa, uma prática contra-hegemônica".

Mais de 50 jornalistas e estudantes de Comunicação participaram da discussão e enfatizaram a necessidade de fazer algo diferente, ao alcance de todos. "Não podemos nos prender nesses padrões de grande imprensa. Temos, sim, que buscar formas atrativas e interessantes de chamar a atenção de todos. Assim, poderíamos fazer uma comunicação de qualidade e que atingisse a massa", afirma a estudante Joana Almeida.

A discussão foi organizada por um grupo de profissionais que se disseram cansados do discurso massificado da grande imprensa, o Coletivo Tapir de Mídia e Sociedade Civil. Ao trazer a bandeira da comunicação como "patrimônio público" para ser discutida durante o FSM, a jornalista Maria Luiza Busse, integrante da organização, afirmou que pretende reunir o maior número de adeptos para levar adiante essa causa. "Esse é um espaço importante de concentração de forças. Somos muitos, mas estamos dispersos. Somos iguais aos botafoguenses. Ninguém sabe quando alguém torce pelo time, mas quando ele ganha, nós aparecemos", brincou.

Colaborou Christiane Peres