Bianca Estrella
Repórter da Agência Brasil
Brasília – De acordo com a coordenadora da Comissão Nacional de Jovens da Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura (Contag), Simone Batestin, os movimentos sociais não devem excutar projetos educacionais e, sim, cobrar isso do poder público. "Nosso papel é o de estar junto ao poder público para garantir uma política de educação voltada para a realidade rural", afirma.
A coordenadora do Contag participou nesta terça-feira da 2ª Conferência Nacional por uma Educação do Campo, na cidade de Luziânia (GO). "Essa educação deve, sobretudo, garantir e preservar uma especificidade cultural para cada grupo", explica. De acordo com Simone, as propostas dos grupos giram em torno de como valorizar cada um desses povos do campo e como garantir o acesso à essa educação. "O acesso é um dos problemas na educação do campo. O modelo de educação brasileiro está normalmente concentrado nas cidades e essas pessoas precisam se deslocar para as cidades para estudar", explica.
Segundo ela existe toda uma perspectiva que valoriza a cidade e desvaloriza o campo. "O campo é tido como um lugar de atraso. O objetivo da conferência é construir essa política de educação do campo para que o governo dê condições para ela", finalizou Simone.