Brasília, 29/3/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Mundial (Bird), James Wolfensohn, disse, após a assinatura de um empréstimo de US$ 505 milhões ao Brasil, que está impressionado com os primeiros passos dados pelo novo governo, com a proposta de mudança do contrato social, de geração de justiça social e com o tratamento dado à pobreza. Wolfensohn ressaltou que as mudanças não são importantes só para o Brasil, já que servem de exemplo para todo o mundo.
Para o presidente Bird, os 52 milhões de votos obtidos pelo presidente Lula em uma eleição democrática são um exemplo a ser seguido e dão esperança e oportunidade ao país. Wolfensohn afirmou que as discussões de hoje estabelecem a base para cooperação futura entre o Bird e o Brasil. Sobre a preocupação dos investidores com o risco de investir em países em desenvolvimento, Wolfensohn disse que os bancos buscam lugares que têm riscos menores e que o Brasil está entre eles, já que está distante do Oriente Médio e do fundamentalismo. "Acredito que haverá uma maior propensão em se trabalhar com o Brasil, e à medida que as reformas Tributária e Previdenciária forem implementadas, a minha crença é de que saindo da situação mundial maluca que estamos vivendo agora, com a guerra, podemos encontrar vantagens para o Brasil", afirmou.
O presidente do Bird lembrou que as pessoas querem um país que seja bem administrado, estável e com pontecial de crescimento. "É isso que vocês têm agora no Brasil. O país tem uma historia que nem sempre mostrou estabilidade e responsabilidade fiscal, mas agora o governo está entrando com uma agenda que leva esses pontos em consideração", ressaltou. O Wolfensohn afirmou que a instituição acredita no Brasil e que por isso não foi estabelecida uma lista de pré-requisitos a ser cumpridos para a liberação do dinheiro. "Nós estamos trabalhando em conjunto. Eu não conheço ninguém que fez o que Brasil está fazendo. Voces estão interessados em mudar a sociedade, os direitos adquiridos e a pobreza. Por isso, o Brasil tem a oportunidade de dar certo, mas tem que ter paciência. Se der certo, o Brasil pode ser o único país a fazer isso nos últimos anos", disse. (Daniela Cunha e