Paulo Jobim anuncia recursos para a geração de emprego

25/07/2002 - 10h40

Brasília, 25 (Agência Brasil - ABr) - Cerca de R$ 17 bilhões ingressarão na economia brasileira até o final de 2002. Desse total R$ 8 bilhões são do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e possibilitarão a geração de novos empregos. Os outros R$ 9 bilhões são os atrasados que estão sendo pagos pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em entrevista a NBR, TV a cabo da Radiobras, o ministro do Trabalho e Emprego, Paulo Jobim, informou que apenas entre os meses de janeiro e maio deste ano já foram criados 220 mil novos postos de trabalho formais.

O ministro afirmou que alguns dados divulgados recentemente que colocam o Brasil em segundo lugar no ranking do desemprego mundial são injustos, porque deixam de registratr que o país também ocupa a sexta posição em número populacional. "Estas informações comparam números incompatíveis e não levam em conta a quantidade de pessoas empregadas, que certamente
também é uma dos maiores do mundo", acrescentou.

Segundo Jobim, a taxa de desemprego no Brasil é historicamente alta, chegando a até 7,7%, mas a média nacional dos últimos 12 meses foi de 6,4%, ficando abaixo dos padrões europeus, com exceção dos índices ingleses. Já na América Latina, só existe taxa melhor no México. "É evidente que o governo não estará satisfeito enquanto houver sequer um brasileiro desempregado, por isso o presidente Fernando Henrique anunciou esta semana algumas medidas de injeção de recursos que vão mexer com a economia e gerar novos postos de
trabalho", informou.

Paulo Jobim acredita que os números do desemprego serão melhores durante o segundo semestre devido à liberação de recursos visando a melhoria do mercado de trabalho."O desemprego é uma grande preocupação geral que levou o presidente a recomendar que o Ministério do Trabalho e Emprego criasse uma série de medidas para aquecer o mercado de trabalho", ponderou.

Ele explicou que estas medidas vão beneficiar todos os setores econômicos, inclusive com créditos para as grandes obras de infra-estrutura, para a agricultura e pecuária e para as micro e
pequenas empresas, que são altamente geradoras de empregos e renda. O conjunto de medidas também vai ajudar aqueles empreendedores populares, que são pessoas que estão desempregadas e não tem recursos para financiar seus projetos e idéias.