02/07/2010 - 15h23

Brasil ajuda países latino-americanos a desenvolver políticas de segurança alimentar

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A experiência adquirida pelo Brasil nas políticas de segurança alimentar está ajudando cinco países da América Latina a melhorar suas ações de combate à fome. Este é o objetivo do Encontro de Conselhos de Segurança Alimentar que reúne, desde 29 de junho em Brasília, representantes de El Salvador, da Guatemala, Nicarágua, Bolívia e Colômbia.

“Basicamente, o que estamos fazendo é mostrar a outros países que, ao priorizar o combate à fome e a segurança alimentar, eles estão solucionando também outros problemas que vão além da questão do acesso a alimentos”, disse a coordenadora do projeto de fortalecimento de políticas de segurança alimentar na América Latina, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) do Ministério da Educação, Nájla Veloso Sampaio Barbosa

De acordo com ela, o Brasil tem ajudado esses países a reduzir tanto a fome como a miséria. “Reduzir a fome não é dar comida para as pessoas. Tivemos esse tipo de perspectiva por muitos anos, a partir das cooperações internacionais mais ligadas à colonização do que à cooperação”, argumentou a representante do governo brasileiro.

“Hoje entendemos que, quando socializamos nossas experiências e quando formamos essas pessoas, passamos recursos muito maiores do que o financeiro. Para chegar no ponto em que chegamos não foi gasto apenas muito dinheiro, mas 50 anos de dedicação ao programa de alimentação escolar. Essas informações que foram adquiridas ao longo de todo esse tempo estão sendo repassadas a outros países. E isso não tem preço”. Segundo ela, o Brasil não oferece dinheiro, mas a experiência e a formação de pessoas capazes de fazer políticas que realmente vão ajudar no combate e na redução da pobreza e da fome.

“Em El Salvador, a segurança alimentar passou a ser considerada uma das prioridades do governo graças ao exemplo dado pelo Brasil”, disse a representante do governo salvadorenho, Irma de Holanda Nuñes. “Muito disso avançou a partir dos contatos que tivemos com as missões do governo brasileiro. Isso nos ajudou significativamente a avançarmos no processo de formação da política, do plano e dos programas de segurança alimentar”, afirmou.

Irma garantiu conhecer em detalhes a experiência brasileira com alimentação escolar, agricultura familiar e abastecimento de alimentos. “Mas, acima de tudo, foi importante passarmos a ter vergonha de ver parte de nossa população sentir fome”.

Nájla Barbosa explicou que há grandes possibilidades de mais três países começarem a participar do conselho de segurança alimentar. “Ainda não podemos dizer os nomes desses países, mas, muito provavelmente, serão do Continente Africano”.

O Encontro de Conselhos de Segurança Alimentar termina hoje, com uma visita à cidade-satélite de Brazlândia, no Distrito Federal, onde os conselheiros conhecerão a experiência de compras governamentais nos agricultores familiares, para a alimentação dos estudantes da rede pública.

Edição: Vinicius Doria

02/07/2010 - 15h15

São Paulo tem o 6º pior trânsito do mundo, aponta pesquisa

Da Agência Brasil

Brasília – A cidade de São Paulo ficou atrás apenas de outras cinco – Pequim (China), Cidade do México (México), Joanesburgo (África do Sul), Moscou (Rússia) e Nova Déli (Índia) – em uma pesquisa sobre o pior trânsito em 20 locais do mundo. A capital paulista aparece em sexto lugar na primeira edição da pesquisa IBM Commuter Pain (Sofrimento dos Usuários do Transporte, em tradução livre) que entrevistou 8.192 motoristas. As informações são da BBC Brasil.

Em São Paulo, 61% dos entrevistados disseram que o trânsito está “um tanto” ou “muito” pior nos últimos três anos, tornando a cidade uma das mais problemáticas do mundo, segundo a IBM. A empresa de informática informou que os resultados da pesquisa serão usados na busca de soluções para a administração do tráfego, como pedágios automáticos, previsões de congestionamento em tempo real e planejamento inteligente de rotas.

Para a a maioria dos entrevistados, o trânsito piorou nos últimos três anos. A cidade com pior tráfego é a capital chinesa, Pequim, depois vem a Cidade do México, Joanesburgo, Moscou, Nova Déli e São Paulo.

A pesquisa mostrou ainda que as cidades com as melhores condições de trânsito são Estocolmo, na Suécia, depois Melbourne, na Austrália. No estudo foram considerados o tempo gasto no transporte e em congestionamentos, se o trânsito piorou, se dirigir causa estresse e se os problemas no tráfego afetam o trabalho.

Dos 8.192 motoristas ouvidos, 31% já passaram pela situação de simplesmente desistir de ir ao trabalho e voltar para casa por causa do trânsito. Em Moscou, na Rússia, motoristas relataram congestionamentos de cerca de duas horas e meia como os piores que enfrentaram nos últimos três anos.

Para os moradores de Pequim, problemas de trânsito afetam a saúde. Com uma classe média em rápido crescimento, o número de novos carros registrados nos primeiros quatro meses de 2010 em Pequim subiu 23,8%, segundo o serviço municipal de impostos. Mas 48% dos entrevistados da cidade afirmam que o trânsito melhorou nos últimos três anos, o que reflete importantes iniciativas para melhorar o sistema de transporte da cidade de acordo com a pesquisa.

 

 

Edição: Lílian Beraldo
 

 

02/07/2010 - 15h00

Seleção perde e brasileiros lamentam eliminação da Copa do Mundo

Vinicius Konchinski
Enviado especial

Joanesburgo – Centenas de brasileiros assistiram, apáticos, à eliminação de sua seleção da Copa do Mundo. Eles acompanharam hoje (2) de um telão instalado na Casa Brasil a derrota do Brasil para a Holanda por 2 x 1.

Muitos torcedores não puderam ir até Port Elizabeth, local da partida, por compromissos profissionais ou mesmo pela falta de disponibilidade de voo para a cidade. Mesmo assim, não deixaram de torcer e sofrer com a saída do Brasil da briga pelo seu sexto campeonato mundial de futebol.

Sentados em cadeiras espalhadas em uma sala ampla do espaço montado pelo governo federal na África do Sul, ou mesmo no chão, eles esperaram por uma reação brasileira até o final da partida contra a Holanda. Depois do apito final, porém, não contiveram sua decepção.

“Tristeza”, resumiu o produtor de eventos Eduardo Gontijo Costa, enquanto ainda tentava entender os motivos que levaram à eliminação da equipe brasileira.

Em sua primeira Copa do Mundo, Eduardo já tinha reservado ingresso para a partida final e esperava ver o Brasil conquistar o hexacampeonato. Com a eliminação, o produtor disse que torcerá pela Argentina. “Eles estão merecendo”, afirmou, desolado, ao lado de dois amigos também decepcionados.

“É triste. Não sei nem o que dizer”, afirmou Danilo Abes João, que vive em Pretória e viajou cerca de um hora para assistir ao jogo perto de outros brasileiros, na Casa Brasil.

Danilo, que vive com a mulher há dois anos em meio na África do Sul, esperava ver o Brasil mais uma vez campeão nesta Copa e agora lamenta a distração de alguns jogadores no jogo de hoje.

“Não se pode tomar um gol da forma que tomamos”, afirmou ele, sobre o primeiro gol holandês da partida. “Um jogador de seleção também não pode ser expulso, como foi o Felipe Melo.”

A mulher de Danilo, Katia Abes João, tentou confortá-lo lembrando o histórico brasileiro em mundiais: "Ninguém vai superar a gente. Só nós temos as cinco estrelas na camisa.”

Edição: Nádia Franco

02/07/2010 - 14h56

Cônsul holandês no Rio é ferido por rojão quando comemorava vitória sobre o Brasil

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O cônsul da Holanda no Rio de Janeiro, Paul Comenencia, ficou ferido na mão esquerda por estilhaços de um rojão lançado durante a comemoração da vitória holandesa sobre o Brasil, no início da tarde de hoje (02). Ele assistia ao jogo com a família e alguns membros da colônia holandesa no Rio, na cobertura de um hotel no Leme, zona sul da cidade. Comenencia foi medicado no hotel e minimizou dizendo que se tratava apenas de “um pequeno incidente”.

A assessoria de imprensa do consulado informou que o ferimento na mão do cônsul foi leve, mas não disse de onde partiu o rojão que o atingiu. A filha do consul, Tânia, também se feriu levemente no braço direito. Após o acidente, o clima de festa pela classificação da Holanda para a semifinal da Copa do Mundo continuou na cobertura do hotel.

Edição: Vinicius Doria

02/07/2010 - 14h40

Lula sofre com a derrota brasileira e diz que alguns jogadores atuaram abaixo do esperado

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Acompanhado de sete ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assistiu ao jogo da seleção brasileira no Palácio da Alvorada e lamentou eliminação precoce na Copa do Mundo. Mas quem deu o tom foi o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Estamos muito tristes, como todos os brasileiros. O futebol é algo muito importante, mas o mundo não vai acabar, vamos ganhar a próxima”, disse o chanceler, ao deixar o Alvorada após a derrota brasileira.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, também assistiram ao jogo no Palácio do Alvorada.

Lula embarca daqui a pouco para uma viagem a seis países da África, que será encerrada justamente na África do Sul, onde irá assistir, como convidado, à final da Copa do Mundo no dia 11. Como o Brasil será o próximo país a sediar a competição, em 2014, o presidente irá participar da cerimônia oficial de encerramento da Copa.

Gilberto Carvalho disse que, agora, o presidente embarcará triste para a África. Segundo o chefe de gabinete, após o jogo, ele e Lula ficaram parados na frente da TV sem acreditar na eliminação do Brasil. O presidente Lula considerou que a atuação de alguns jogadores ficou abaixo do esperado.

Além de Celso Amorim, também assistiram à partida os ministros da Educação, Fernando Haddad, da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabbas, da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira, da Justiça, Luiz Paulo Barreto, além do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Edição: Vinicius Doria

 

02/07/2010 - 14h40

Torcedores lamentam eliminação do Brasil na Copa do Mundo

Cristiane Ribeiro

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - Mesmo antes de o juiz apitar o fim da partida, muitos torcedores que assistiam ao jogo do Brasil contra a Holanda na arena Fifa Fun Fest, na Praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, começaram a abandonar o local. Cabisbaixos, eles saiam calados, apenas balançando a cabeça e retirando os adereços verde-amarelos que usavam pelo corpo. Outros, no entanto, não se deixaram abater pela derrota do Brasil e continuaram na arena acompanhando a programação de shows, que não foi alterada.

Segundo os organizadores do evento, 18 mil pessoas assistiram o jogo dentro da arena e outras 100 mil do lado de fora. “A ficha ainda não caiu e agora vou continuar me divertindo e curtindo os shows programados aqui na arena. Sei que na hora de ir para casa a tristeza vai tomar conta de mim”, disse Ana Maria Lima, 22 anos.

Já a bancária Jussara Lins de Santana, 32 anos, preferiu não fazer comentários, mas desabafou: “Só não quero que a Argentina vença a Copa do Mundo”.

Na rua Alzira Brandão, na Tijuca, zona norte da cidade, mais conhecida como Alzirão, onde também foi montado um grande telão para a transmissão dos jogos da Copa do Mundo, cerca de 15 mil pessoas assistiram ao Brasil perder para a Holanda e ficar fora da Copa. Ali, a decepção dos torcedores foi geral e no final do jogo todos pareciam fazer um minuto de silêncio em sinal de luto.
 

“Não acredito no que vi. Apostei todo o dinheiro que tinha para comprar cervejas e refrigerantes e agora sei que muita gente vai para casa, sem comprar mais nada”, reclamou o vendedor ambulante Josimar Santana, 45 anos, morador do Morro da Formiga.

Logo após o final do jogo, um DJ começou a animar os torcedores que continuavam no local e pareciam não se abater pela derrota. Um deles, José Carlos Macedo, 26 anos, disse que sua alegria vinha das cinco estrelas que o Brasil já tem no peito.

No Alzirão, os shows estão mantidos até as 20 horas. Tanto no Alzirão como no entorno da arena Fifa Fun Fest, em Copacabana, fiscais da Secretaria da Ordem Pública atuaram antes, durante e depois do jogo para reprimir a ação de flanelinhas e das pessoas que faziam xixi na rua. Pelo menos "15 mijões" e nove flanelinhas foram detidos. Os agentes apreenderam também 345 latas de cerveja, 12 de refrigerantes e um carrinho para transportar bebida.
 


Edição: Lílian Beraldo

 

 

02/07/2010 - 14h29

Argentinos comemoram com buzinaço a eliminação do Brasil na Copa

Luiz Antônio Alves
Correspondente da Agência Brasil na Argentina

Buenos Aires - No mesmo instante em que o juiz encerrou o jogo entre Brasil e Holanda, em Port Elizabeth, África do Sul, os moradores da capital argentina comemoraram o resultado como se a vitória holandesa fosse também uma vitória da seleção de Maradona. Vitória que tirou os arquirrivais brasileiros da Copa do Mundo. Por toda a cidade, motoristas promoveram um "buzinaço" e os portenhos não pouparam a garganta nos gritos de saudação à vitória da Holanda.

Os locutores da televisão argentina consideraram "incrível" a saída do Brasil da Copa do Mundo. O jornal Clarin publicou na internet, em manchete: "Brasil, sem reação, deixa o Mundial pela porta de trás", destacando que a equipe de Dunga perdeu um jogo que dominava desde o início. O jornal La Nacional afirmou: "Do céu ao inferno: Brasil perdoou a Holanda e se despediu do Mundial".

Edição: Vinicius Doria

02/07/2010 - 14h25

Brasiliense lamenta desclassificação do Brasil na Copa, mas não perde bom humor

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Como todo brasileiro, o brasiliense lamentou a desclassificação do Brasil na Copa do Mundo da África mas não perdeu o bom humor. Na capital federal, os torcedores se concentraram em bares para assistir ao jogo Brasil e Holanda que valia uma vaga nas semifinais. Encerrada a partida, vuvuzelas não pararam de tocar e a cerveja continuou a ser servida.

Numa das mesas de um bar da Asa Norte, no centro da cidade, a impressão de quem observava de longe era de que a seleção de Dunga tinha passado para as semifinais. Entretanto, a discussão, em tom de piada, era para que seleção torceriam a partir de agora.

Entre eles, João Filho não parava de gritar: “sou Gana, sou Gana desde criancinha, tem que dar a África”. Já o companheiro de copo, Cristiano Borges, promete torcer pelos vizinhos argentinos mas não deixou de fazer piada com o técnico Diego Maradona: “Sou Argentina, sou Maradona e América do Sul. A moda, agora, é Maradona, da Alemanha não vai sobrar nem o pó”.

Triste com a derrota, o dono do bar, que também funciona como restaurante de comida a quilo, Alexandre Pires Ribeiro, preferiu o pragmatismo econômico ao comentar a desclassificação. Segundo ele, agora, o faturamento vai melhorar. Com o Brasil na Copa, Ribeiro afirma que perdia cerca de R$ 5 mil ao mês.

 

“Meus clientes de almoço, nos dias de jogo da seleção, vão para casa de amigos ou fazem churrascos em suas casas. Mesmo com a casa cheia, o lucro com a venda de bebida é pequeno e eu tenho que fechar [cedo] à noite, quando [em geral] fico aberto até meia-noite. Com a Copa eu fechava às 18 horas, porque não tinha mais ninguém na rua.”

 

 

Edição: Lílian Beraldo
 

 

02/07/2010 - 14h18

Tristeza entre os poucos servidores públicos que foram trabalhar na Esplanada dos Ministérios

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os poucos funcionários do Ministério da Fazenda que quiseram falar após a derrota do Brasil por 2 a 1 para Holanda mostraram um misto de tristeza e decepção. Eles assistiram ao jogo em um telão instalado no auditório do prédio principal e boa parte esperou até o último minuto por um milagre que não veio. "Na verdade, foi um confronto de duas potências do futebol. O Brasil não deixou a desejar e o que mais ficou ruim para o Brasil foi a situação do Felipe Melo, que foi expulso”, lamentou Sírio Rocha, da brigada de incêndio do Ministério da Fazenda.

Não foram só os funcionários que mostraram indignação com a derrota do Brasil. O guardador de carros do estacionamento do ministério Valdo Gomes de Oliveira criticou a seleção de Dunga por não ter feito o que se esperava dela. “Existe uma hora que é preciso separar homens de meninos e isso foi provado agora. Mas não se pode culpar apenas o Dunga. De qualquer forma, bola pra frente e até 2014”, disse.

A telefonista Raquel Mara de Oliveria não assistiu ao jogo, mas mostrou tristeza com a derrota do Brasil. Mesmo sentimento de Tatiana Alves dos Santos, auxiliar de serviços gerais, que trabalha em uma agência bancária no térreo no ministério. “No primeiro tempo, jogaram bastante. Mas não achei muito bom, não no segundo tempo”, disse. Ele reclama que Dunga não fez as substituição necessárias no momento certo.

O garçom Marcelo Eufrásio tomava sol do lado de fora do prédio após o jogo, aproveitando o belo dia de inverno em Brasília, já que o expediente só seria retomado às 14h30. E, nessa época do ano, faz frio na Esplanada dos Ministérios, principalmente para quem está dentro dos prédios projetados por Oscar Niemeyer. Na avaliação do garçom, não foi um vitória da Holanda. “O Brasil perdeu para ele mesmo. O Dunga fez o que podia e não pode fazer milagre. Eu já estava com a pulga atrás da orelha porque o Brasil vinha vacilando.”

Edição: Vinicius Doria

02/07/2010 - 14h05

ONU suspende transferência de famílias no Haiti porque dono de terras contratou grupos armados

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
 

 

Brasília - A Organização Internacional para as Migrações (OIM) suspendeu hoje (2) a transferência de mais de 260 famílias haitianas porque o proprietário do terreno para onde as pessoas seriam levadas contratou grupos armados para evitar a instalação. Lentamente, as Nações Unidas tentam retirar as famílias que estão abrigadas nos campos provisórios para locais definitivos. As informações são da Organização das Nações Unidas (ONU).

O porta-voz da OIM, Jared Bloch, afirmou que são insalubres as condições de quem vive como refugiado em um campo de futebol alagado. Por esta razão, a reinstalação das famílias é prioridade para a OIM. “Neste bairro, as mulheres lavam roupas em um córrego lamacento e usam a água de bueiro. Houve casos de infecções da pele e malária”, disse Bloch.

Segundo ele, os esforços são para ajudar os deslocados a voltar para o lugar onde estava as antigas casas. A OIM alertou para a urgência de resolver as disputas sobre a propriedade da terra porque as condições de vida das pessoas em assentamentos temporários tendem a piorar com as chuvas de verão.

Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o terremoto de 7 graus na escala Richter no Haiti foram registrados 222 mil mortes. Cerca de 1,3 milhão de pessoas tiveram as casas atingidas pelos tremores de terra. O Brasil e vários países ajudaram o governo do Haiti na reconstrução. Houve envio de hospitais de campanha, alimentos, material de primeiros-socorros e roupas.

 

 

Edição: Lílian Beraldo

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