06/07/2010 - 18h16

Obama e Netanyahu defendem manutenção de sanções ao Irã

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defenderam hoje (6) a manutenção das sanções ao Irã. Em entrevista coletiva em Washington, Obama e Netanyahu afirmaram que as restrições vão permanecer até o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ceder às exigências da comunidade internacional no que se refere ao programa nuclear do país.

Obama disse que o assunto foi um dos temas da conversa com Netanyahu. “É assim que pretendemos continuar a pressionar o Irã a cumprir as suas obrigações internacionais e para que cessem os tipos de comportamento provocativo que ameaça os vizinhos e a comunidade internacional”, afirmou o norte-americano.

Na semana passada, Obama assinou um conjunto de medidas estabelecendo sanções extras ao Irã. No começo de junho, os Estados Unidos aprovaram novas restrições depois que o Conselho de Segurança das Nações Unidas definiu as retaliações. As medidas atingem diretamente as áreas de comércio e militar do Irã.

Responsáveis por relações tensas e permanentes trocas de acusações, Irã e Israel não sinalizam interesse em buscar uma solução para o impasse. Netanyahu reiterou que o governo Ahmadinejad impõe medo à comunidade internacional.
 
“A maior ameaça no horizonte e a questão mais dominante para muitos de nós é a perspectiva do Irã adquirir armas nucleares. O Irã aterroriza brutalmente seu povo e espalha o terrorismo”, afirmou o primeiro-ministro.

Netanyahu e Obama se reuniram hoje em Washtington em meio à retomada das negociações entre israelenses e palestinos em busca de um acordo de paz na região. Desde dezembro 2008, o diálogo está interrompido. Paralelamente, as autoridades de Israel anunciaram a redução do embargo na região da Faixa de Gaza.

 

 

Edição: Rivadavia Severo
 

06/07/2010 - 17h56

Governo e oposição fecham acordo no Senado para votar projeto que cria Petro-sal

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse hoje (6) que o Senado deverá votar ainda esta semana o projeto de lei que cria a Petro-sal, que será a estatal responsável por gerir os contratos de exploração do pré-sal. Após reunião com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), Padilha disse que existe um acordo fechado com a oposição para garantir a votação da matéria.

Jucá disse que o projeto pode ser votado hoje ou amanhã, dependendo de acordo com a oposição. “Se a oposição topar votar sem pedido de verificação de quórum, eu posso até votar hoje”, afirmou. Segundo ele, os senadores votarão primeiramente a indicação de autoridades e depois projetos de urgência e emendas constitucionais.

Sobre o trabalho dos senadores durante a campanha eleitoral, o líder do governo adiantou que deve haver pelo menos duas semanas de esforço concentrado para votar matérias importantes.

Padilha acredita que os parlamentares vão se reunir durante as eleições para votar medidas importantes. “É uma tradição do Congresso ter algumas semanas de esforço concentrado durante as eleições para garantir as votações”.
 

 

Edição: Rivadavia Severo

06/07/2010 - 17h55

OMS fixa quantidade máxima de presença de composto plástico em alimentos

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Organização Mundial da Saúde (OMS) fixou a quantidade máxima de melamina, composto químico usado na fabricação de resinas plásticas, que pode estar presente nos alimentos de modo a não provocar intoxicações. Para os alimentos enriquecidos, o limite é de 1 miligrama por quilo (mg/kg). No caso de outros tipos de alimentos, o teto é de 2,5 mg/kg.

Em contato com alimentos, a melamina pode contaminá-los. O corpo humano tolera baixos níveis da substância. Porém, em grande quantidade, se torna tóxica à saúde do homem, segundo comunicado da OMS.

A presença da substância em alimentos chamou a atenção das autoridades mundiais de saúde depois de escândalo na China, ocorrido em 2008, quando foi descoberta a adição ilegal de melamina em leite líquido e em pó para elevar o nível de proteína do produto. A substância provocou a morte de bebês e deixou milhares de pessoas intoxicadas no país asiático.

Os limites de melamina foram definidos pela comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pelo setor de alimentação, a Codex Alimentarius Commission. O grupo, reunido em Genebra, é composto por 500 representantes de 130 países.
 

Edição: Lana Cristina

06/07/2010 - 17h53

Padilha diz que Lula não pensa em se licenciar para apoiar Dilma Rousseff

Sabrina Craide

Repórter da Agência Brasil

 

Brasília - O Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse hoje (6) que a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se licenciar para participar da campanha eleitoral não está em discussão dentro do governo. “O presidente vai ter momentos para fazer campanha, para defender seus candidatos, como nos fins de semana. Isso é um tema que não está em discussão no governo ainda. O presidente optou por se manter no governo porque isso é importante para o país”, disse.

Padilha não acredita que o apoio de Lula à candidata petista cause problemas com a Justiça Eleitoral. “O presidente da República e todos os seus ministros seguem rigorosamente o que a Lei Eleitoral estabelece”, afirmou.

Sobre a substituição do programa de campanha de Dilma Rousseff entregue anteriormente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro disse que a troca não foi intencional. “O comitê da campanha entregou o programa correto logo depois. Se tivesse alguma intenção de entregar um outro, o programa correto não estaria pronto”, explicou. Padilha disse ainda que o programa incorpora sugestões de outros partidos e que ainda haverá debates para definir a versão final.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que a parceria do PT com o PMDB não foi abalada pelo episódio da entrega do programa, que classificou como um “fato burocrático”. “O PT entregou o programa só para cumprir a legislação eleitoral, mas o programa da candidata ainda vai ser formatado durante a campanha eleitoral”, afirmou.

 

 

Edição: Aécio Amado

 

 

06/07/2010 - 17h40

Votação do pré-sal na Câmara fica para depois das eleições

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Câmara dos Deputados adiou para depois das eleições a votação do projeto de lei que cria o Fundo Social e institui o regime de partilha para a exploração de petróleo da camada pré-sal. A decisão foi tomada, há pouco, em reunião entre o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), alguns líderes da base aliada e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

“Retiramos a discussão do pré-sal. A oposição não quer votar o sistema de partilha e promete obstruir todas as votações", disse Vaccarezza. Segundo ele, a oposição está fazendo "obstrução selvagem", e 20 deputados conseguem parar as votações da Câmara. De acordo com Vaccarezza, em período pré-eleitoral, o quórum é baixo e, com a obstrução, não dá para votar matérias como o pré-sal.

O líder disse que tentou um acordo com os oposicionistas para viabilizar as votações, mas não conseguiu, porque eles insistem em votar o destaque que retira da Contribuição Social para a Saúde (CSS) a base de cálculo, inviabilizando assim a cobrança do tributo. Segundo Vaccarezza. a oposição não garante parar com a obstrução se for votado esse destaque.

Outra matéria que pode votada até o início do recesso parlamentar, que começa no dia 18 próximo, é a proposta de emenda à Constituição (PEC 300) que cria o piso nacional para os policiais. Vaccarezza informou que a votação da PEC está condicionada à deliberação de quatro medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Câmara. “Só após a votação dessas MPs é que votaremos a PEC dos Soldados, mas sem o valor do piso salarial.”

Sobre o atraso na votação do pré-sal, o líder do governo descartou a possibilidade de prejuízos, uma vez que o próximo leilão de área para exploração do pré-sal só deve ocorrer no ano que vem e, até lá, haverá tempo para concluir a votação do projeto e sancioná-lo. Vaccarezza explicou que o projeto precisa ser aprovado para que o próximo leilão seja sob o regime de partilha, e não de concessão, como é hoje.

Edição: Nádia Franco

06/07/2010 - 17h37

Ainda contrariado com a Copa, Lula sugere mudanças na CBF

Luciana Lima
Enviada especial

Dar es Saalam – Ainda contrariado com a derrota da seleção brasileira na Copa do Mundo da África do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (6) que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderia adotar a mudança de dirigente a cada quatro anos.

“Eu não posso falar da CBF porque é uma entidade particular e eu não posso votar, não posso dar palpite. Eu acho que se a CBF adotasse o que eu adotei quando era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, a cada oito anos a gente trocava a direção da CBF. No sindicato a gente trocava”.

O presidente disse que nunca sentiu tanto a derrota do Brasil em uma Copa do Mundo e que ficou realmente deprimido. No entanto, disse que não há como responsabilizar somente o treinador Dunga. “Ele conseguiu mais do que muitos técnicos importantes”, disse o presidente, ao sair do hotel para assistir à partida entre o Uruguai e a Holanda na casa do embaixador do Brasil na Tanzânia, Francisco Luz.

 

 

Edição: Rivadavia Severo
 

06/07/2010 - 17h33

Polícia Federal interroga 45 suspeitos de fraude em concursos públicos

Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Polícia Federal (PF) interroga desde a manhã de hoje (6) 45 pessoas investigadas pela Operação Tormenta, que desarticulou, no mês passado, uma quadrilha que fraudava concursos públicos. Os suspeitos estão prestando depoimento na Superintendência da PF de São Paulo e na delegacia da PF em Santos.

A Operação Tormenta teve início em fevereiro, quando a PF detectou indícios de que 53 candidatos se infiltraram na própria corporação, após pagarem até R$ 180 mil, para ter acesso às respostas de prova de seleção para a PF. Na sequência, também foram detectadas fraudes nas seleções para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Brasileira de Investigação (Abin) e na Receita Federal. Outra fraude investigada foi a prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), aplicada entre formados em direito para outorga de registro do exercício da advocacia.

Dos 45 suspeitos interrogados, 36 fizeram provas para a Anac, sendo que 11 tomaram posse, oito como analistas e três como técnicos. No concurso da Abin, nove pessoas tiveram acesso às provas e apenas uma tomou posse. A PF cogita expedir mandados de prisão caso as pessoas que foram interrogadas tenham proximidade com a quadrilha.

A quadrilha que fraudava concursos públicos por todo o país atuava há 16 anos. Doze envolvidos foram presos e serão indiciados por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos. Entre os líderes da quadrilha, estão um dono de universidade da região metropolitana de São Paulo e um policial rodoviário federal.

 

Edição: Lana Cristina

06/07/2010 - 17h29

Lula diz que nunca ouviu falar no nome do vice de Serra

Luciana Lima
Enviada especial

Dar es Saalam – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (6) que não conhece o deputado Indio da Costa (DEM-RJ), escolhido na semana passada como candidato a vice na chapa liderada por José Serra (PSDB). “Não conheço. Não conheço. Eu não sei se é demérito dele ou se é meu, o dado concreto é que eu nunca ouvi falar no nome dele”.

O presidente ainda duvidou que o próprio candidato tucano tivesse conhecimento do deputado, antes de virar o vice de sua chapa. “Eu não sei se ele tem tanta virtude para ser escolhido a vice. Mas o dado concreto é que acho que nem eu nem o Serra o conhecíamos”, disse Lula em conversa com jornalistas no momento em que saia do hotel para assistir à partida entre Uruguai e Holanda, na Copa do Mundo, na casa do embaixador do Brasil na Tanzânia, Francisco Luz.

A escolha do vice de Serra foi demorada. O candidato à Presidência chegou a participar da convenção do PSDB, no mês passado, que homologou seu nome ao Planalto, sem uma definição do vice. Só na semana passada, durante a convenção do DEM é que o nome do deputado Indio da Costa foi definido.

 

 

Edição: Rivadavia Severo
 

06/07/2010 - 17h20

Lula vai participar de programas de televisão de Dilma

Luciana Lima
Enviada especial

Dar es Saalam – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, em agosto, quando começar a propaganda obrigatória de rádio e televisão, entrará de forma mais forte na campanha da candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff. Em entrevista hoje (6), Lula disse que vai participar dos programas da candidata.

"É exatamente na televisão que a gente vai poder então conversar com a totalidade dos eleitores brasileiros, seja através do rádio ou da televisão. Eu acho que nós temos que ter o cuidado de fazer uma campanha altamente civilizada", disse o presidente que está em visita a países da África.

Lula considerou que a candidata Dilma Rousseff está "madura", para seguir na campanha, mesmo sem a presença dele em alguns palanques."Minha prioridade é viajar o Brasil, visitar obra, inaugurar obra, e na medida que for possível fazer campanha de final de semana até porque eu acho que a minha candidata está madura para fazer campanha sem precisar da presença do presidente".

“O que eu dizia há quatro meses: que se minha candidata tivesse dificuldades eu iria fazer um esforço maior. Não é o que está acontecendo. Minha candidata tem uma performance extraordinária. Acho que para qualquer entendedor de política ela está numa performance acima da expectativa pelo tempo de campanha e acho que cada vez mais ela vai precisar menos de mim”.

No entanto, Lula disse que não abrirá mão de entrar de forma ativa na campanha desde que em horários "fora do expediente do Planalto". "Eu adoro ir a porta de fábrica. Isso é uma coisa que está em meu sangue. Vou a porta de fábricas, vou conversar com artistas, com intelectuais, empresários vou a porta de metrô", disse o presidente que também descartou a possibilidade de se licenciar da Presidência para se dedicar integralmente à campanha de Dilma.

“Vou viajar muito em julho, vou inaugurar obras. Mas nos finais de semana, vou participar de comícios. Adoro comícios e vou participar nas horas vagas”, avisou. “Eu só vou passar a faixa no dia 1º às 10h. E até lá, a minha prioridade é governar o Brasil. Não há nada mais importante na minha vida do que governar o Brasil até 31 de dezembro”.
 

 

Edição: Rivadavia Severo

06/07/2010 - 17h19

Serra elogia Álvaro Dias e diz que ele terá papel importante na campanha

Lúcia Nórcio*
Repórter da Agência Brasil
 

Curitiba – Uma semana depois de a coligação O Brasil Pode Mais, formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PTdoB, viver o impasse da escolha do vice na chapa à Presidência da República, o candidato José Serra minimizou hoje (6) o episódio. Ele disse que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), cujo nome foi o primeiro a ser escolhido como vice e depois substituído por Indio da Costa (DEM-RJ), terá um “papel importante” na campanha presidencial.

“[O senador Álvaro Dias] merece todo respeito. É um grande parlamentar”, disse Serra, que escolheu Curitiba, no Paraná, para o lançar o programa na área de saúde. “Em um primeiro momento, [Dias] foi a minha escolha para a Vice. Mas isso pressupõe um arranjo político. Não é o momento de falar nisso e ao longo do tempo essas coisas serão conhecidas. Mas quero que ele tenha um papel importante na campanha.”

A escolha de Álvaro Dias gerou ameaças do DEM em abandonar a chapa com Serra. Na tentativa de reverter a crise foi escolhido, na semana passada, o deputado federal Índio da Costa como o candidato a vice na coligação.

Serra optou por elogiar o Paraná e os avanços implementados na área social. Ao caminhar pelas principais ruas de Curitiba, o candidato parou várias vezes para receber cumprimentos. “É uma recompensa pela vida pública, que mostra o carinho que o povo tem. Na vida pública o importante é fazer bem e copiar as experiências boas de um e outro”, disse.

Ao mencionar o programa da coligação encabeçada pelo PSDB, Serra destacou como prioridades as áreas de segurança, saúde, educação e infraestrutura. “[No programa] estão todas as diretrizes, apresentadas minuciosamente e alguns detalhes serão feitos ao longo destes meses”, afirmou.
 

*Colaborou Renata Giraldi

 

 

Edição: Aécio Amado

 

 

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