07/07/2010 - 12h05

Israel diz que conversas avançam na busca de acordo com palestinos

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente de Israel, Shimon Peres, disse hoje (7) que as conversas ontem (6) entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, avançaram na busca por um acordo de paz no Oriente de Médio. Peres disse que foi “aberta uma porta” para as “negociações diretas” entre israelenses e palestinos. As informações são da rede estatal de televisão, Channel 1.

Ontem, Obama e Netanyahu concederam uma entrevista coletiva na qual informaram que há disposição em negociar um acordo com os palestinos. Ambos evitaram demonstrar divergências embora recentemente o governo norte-americano tenha criticado as autoridades israelenses pela construção de moradias na região árabe em Jerusalém. O assunto não foi mencionado publicamente.

De acordo com a Channel 1, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Avigdor Lieberman, disse que a construção na Judeia e Samaria não era o foco das negociações do primeiro-ministro com o presidente norte-americano. Segundo ele, é fundamental avançar nas “negociações diretas” com os palestinos, mas admitiu ser “impossível a congelar as construções”.

Para o ministro da Defesa, Ehud Barak, a reunião entre Obama e Netanyahu foi “um sucesso” e indicou “uma boa chance” de novas conversas entre Israel e Palestina. Segundo ele, os diálogos podem começar nas próximas semanas.

As negociações entre israelenses e palestinos foram interrompidas em dezembro de 2008. Há cerca de três anos, Israel submete a região da Faixa de Gaza a um embargo econômico. Nos últimos dias, foram anunciadas medidas de redução no bloqueio ao autorizar a entrada de alimentos, medicamentos e bens de consumo. Mas estão vetados materiais suspeitos para o uso na fabricação de explosivos e armamentos.

Edição: Talita Cavalcante

07/07/2010 - 11h52

Bird mostra que Brasil é um dos países onde estrangeiros levam mais tempo para abrir uma empresa

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os estrangeiros levam 166 dias para abrir uma empresa no Brasil, segundo estudo do Banco Mundial (Bird) em 87 países. No rol dos países mais burocráticos, o Brasil fica em quarto lugar, perdendo apenas para Angola (263 dias), Haiti (212 dias) e Venezuela (179 dias). No fim da lista estão Canadá (seis dias), Ruanda e Geórgia (quatro dias). A média dos países pesquisados é de 42 dias de espera para concretizar a abertura de um negócio.

Apesar do tempo que se leva para abrir uma empresa, o Brasil fica em melhor posição quando se trata do índice de facilidade para estabelecer a empresa. Esse índice leva em consideração o regime regulatório para o início dos negócios. O Brasil fica com 62,5 pontos em uma escala que vai de 0 (mais difícil) a 100 (mais fácil). O país fica abaixo das médias global, de 64,5 pontos, e da América Latina e do Caribe, 62,8 ponto. O país que oferece maior facilidade é a Eslováquia (92,1) enquanto a Etiópia é o que impõe mais dificuldades (21,1).

O estudo avaliou ainda as restrições à presença de estrangeiros nos setores da economia. Segundo o relatório, as restrições no Brasil estão acima da média dos países da América Latina e do Caribe. Na comparação com o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), apenas a Rússia tem menos restrições à participação estrangeira na economia.

Entre os setores com restrições à participação estrangeira estão o transporte aéreo e a mídia. Nesses setores, a participação de estrangeiros é restrita a, no máximo, 20% e 30% do capital das empresas, respectivamente. E o setor de saúde é fechado para a participação de capital estrangeiro, lembra o relatório.

Apesar dessas restrições, o estudo conclui que, em termos gerais, a legislação brasileira garante tratamento igual para empresas nacionais e estrangeiras. A pesquisa do Bird foi feita entre abril e dezembro de 2009, com mais de 2.350 especialistas dos 87 países analisados. Foram avaliadas as leis e as práticas que afetam o investimento estrangeiro direto.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 11h19

Comissão do Senado autoriza flexibilizar horário de transmissão de A Voz do Brasil

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado aprovou há pouco o projeto de lei que flexibiliza o horário da transmissão do programa A Voz do Brasil para emissoras comerciais. Pelo projeto, essas rádios poderão transmitir o programa entre as 19h e as 23h.

O projeto será analisado agora pela Comissão de Educação antes de ir a plenário. Se aprovado no Senado, a matéria retorna à Câmara, pois foi alterado. No caso das rádio públicas, o horário de transmissão das 19h às 20h continua obrigatório.

Edição: Talita Cavalcante

07/07/2010 - 11h15

Combustível mais barato e passagem aérea mais cara são os destaques do IPCA de junho

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A queda dos preços do etanol (de -5,77% em maio para -5,41% em junho), da gasolina (de 0,01% para -0,76%) e dos automóveis novos (de 0,76% para -0,37%) e usados (de 0,02% para -1,21%) contribuíram para que o grupo transporte do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variasse 0,21% em junho. O resultado foi divulgado hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já as passagens aéreas ficaram 12,57% mais caras, após queda de 0,9% em maio. Ainda segundo o IBGE, os cigarros também ficaram mais caros após o reajuste de preços de um dos fabricantes, fato que contribuiu para a variação de 3,70% na taxa de junho. Por isso, as despesas pessoais apresentaram a maior variação dentre os grupos pesquisados (de 0,75% em maio para 0,74% em junho).

Dentre as regiões metropolitanas pesquisadas, Porto Alegre e Curitiba foram as que apresentaram a deflação mais significativa (-0,15%), sobretudo pela queda dos preços dos combustíveis (-1,26% e -3,81%, respectivamente). O índice mais alto foi apurado em Brasília (0,38%), impactado pelo aumento dos preços das passagens aéreas, de 13,44%.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 11h03

INPC de junho também registra deflação, aponta o IBGE

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou deflação de 0,11% em junho. O índice mede a variação de preços no consumo das famílias de baixa renda. No semestre, a taxa acumulada é de 3,38%, acima da taxa relativa a igual período de 2009 (2,75%).

No entanto, o resultado de junho ficou bem abaixo da variação de 0,43% registrada em maio. Nos últimos 12 meses, o índice situou-se em 4,76%, abaixo dos 5,31% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2009, o INPC variou 0,42%. A variação dos preços dos produtos alimentícios foi de -1,05%, enquanto nos não alimentícios a alta foi de 0,3%.

Das nove regiões metropolitanas pesquisadas, além das cidades de Goiânia e Brasília, Belém foi a que registrou maior variação (0,15%), com destaque para aumento no preço da polpa de açaí (6,41%). O menor índice ficou com Porto Alegre (-0,28%), principalmente devido aos preços mais baratos da batata-inglesa (-28,78%), do leite pasteurizado (-5,09%) e do açúcar refinado (-9,84%). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 para acompanhar a inflação na renda das famílias que ganham até seis salários mínimos.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 10h46

Serra faz campanha hoje em Jundiaí, no interior de São Paulo

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O candidato à Presidência da República pela coligação O Brasil Pode Mais formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B, José Serra, pretende passar o dia hoje (7) na cidade de Jundiaí – uma das principais cidades do interior de São Paulo. Serra vai visitar obras no município e conversar com eventuais eleitores em companhia do prefeito Miguel Haddad e do candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos do PSDB.

Ontem (6), Serra começou oficialmente a campanha eleitoral. Ele escolheu Curitiba, no Paraná, para lançar uma espécie de carta de intenções na área social. O candidato anunciou uma série de projetos para a saúde, beneficiando especialmente as gestantes e as mães. Também afirmou que, se eleito, vai trabalhar para evitar as longas filas de espera para a marcação de consultas e exames.

Serra afirmou ainda que vai manter o Programa Bolsa Família, mas pretende implantar projetos de aperfeiçoamento profissional. Para ele, uma das principais dificuldades de quem procura emprego no país atualmente é a baixa qualificação da mão de obra.

Ontem, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou, pela primeira vez, o candidato do PSDB à Presidência. O ministro substituto Joelson Dias fixou a multa em R$ 5 mil pela prática de propaganda eleitoral antecipada. Para o ministro, houve violação da legislação eleitoral, ao ser veiculada, em 19 maio propaganda eleitoral antecipada.

Na decisão também há punição ao diretório do PSDB na Bahia que terá de pagar multa no valor de R$ 7,5 mil. A ação foi ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). Os representados são acusados de usarem a inserção para convencer o eleitor que o então pré-candidato seria a pessoa ideal para ocupar o cargo de presidente da República.

Edição: Talita Cavalcante

07/07/2010 - 10h34

Comida mais barata é principal responsável pela "inflação zero" de junho

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) não variou em junho, ficando em 0% conforme divulgou nesta quarta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Foi o mais baixo IPCA mensal desde junho de 2006, quando houve deflação de 0,21%. Segundo o IBGE, a maior contribuição para esse resultado foi a queda nos preços dos alimentos em todas as regiões pesquisadas. A variação foi de -0,31% em Belém a -1,43% em Goiânia.

No acumulado do ano, o IPCA já subiu 3,09%. Nos últimos doze meses terminados em junho, a inflação medida pelo indicador está em 4,84%, menor do que a verificada nos doze meses imediatamente anteriores (5,22%) e perto do centro da meta de inflação para 2010, que é de 4,5%. O IPCA de junho de 2009 ficou em 0,36%.

O grupo alimentação e bebidas, cujo índice havia variado 0,06 ponto percentual em maio, apresentou variação de -0,2 ponto percentual em junho. A maior queda de preço ficou por conta da batata-inglesa, 23,97% mais barata no mês passado e que foi responsável por -0,09 ponto percentual na formação da taxa do grupo.
Poucos componentes do grupo alimentação apresentaram alta de preço e, mesmo assim, de forma desacelerada em relação a maio. É o caso do feijão carioca (de 12,96% em maio para 2,47% em junho) e da refeição fora do domicílio (1,15% para 0,8%).

Os produtos não alimentícios também contribuíram para a estabilidade do IPCA no mês passado, com variação de 0,27% nos preços (contra 0,48% em maio). Da mesma forma, a maioria dos grupos de produtos e serviços registrou variação abaixo da inflação do mês anterior. O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, tem como base famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas do país, além de Goiânia e Brasília.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 9h46

Lula diz que G20 estuda controlar preços de commodities

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Tanzânia - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (7) que os países desenvolvidos vão tentar controlar os preços das commodities – produtos primários, comercializados nas bolsas de mercadorias. Em discurso para empresários brasileiros e tanzanianos, Lula apostou que o controle começará a ser desenhado pelo G20.

“Nos próximos dias, o G20, os países ricos, vão levantar os preços das commodities. Aquilo que os países pobres têm, vão querer tabelar os preços. Alguns já tabelam na Bolsa de Chicago. Eles vão tentar criar confusão nos países pobres, que têm minério para exportar. Eles querem controlar os preços”, ressaltou o presidente brasileiro.

A palavra levantar, usada por Lula, no entanto, não significa aumentar os preços. Trata-se de um termo usado por economistas que tem o sentido de suspender. No caso, o presidente quis dizer supender a evolução dos preços.

Lula também criticou a postura de defesa do livre comércio presente nos discursos de alguns países. “Não querem que nós controlemos os preços dos produtos manufaturados que eles exportam. Se eles acreditassem realmente no livre mercado, fariam acordo na Rodada Doha”

O presidente está na Tanzânia, quarto país visitado esta semana na África.

Edição: Talita Cavalcante

07/07/2010 - 9h30

Inflação medida pelo IGP-DI desacelera em junho com deflação nos preços ao consumidor

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) foi de 0,34% em junho. A taxa é bem menor do que a registrada em maio, de 1,57%. O indicador, divulgado hoje (7), tem como base pesquisa de preços coletados entre os dias 1º e 30 de junho.

Os três índices que compõem o IGP-DI contribuíram para a desaceleração. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou inflação de 0,43%, bem menor que a de maio, que ficou em 2,06%. A redução do IPA foi puxada por itens como materiais e componentes para manufatura (de 1,05% em maio para 0,09% em junho), minério de ferro (75,19% para 5,77%), leite in natura (5,37% para –2,00%) e suínos (3,1% para –3,43%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou deflação de 0,21% em junho contra inflação de 0,21% no mês anterior. Seis das sete classes de despesa que compõem o IPC apresentaram queda dos preços: alimentação (de –0,34% em maio para –1,32% em junho), habitação (0,65% para 0,29%), vestuário (0,99% para 0,71%), educação, leitura e recreação (0,17% para 0,01%), saúde e cuidados pessoais (0,58% para 0,46%) e transportes (-0,18% para -0,21%). Apenas o grupo despesas diversas destoou, passando de 0,36% em maio para 0,6% em junho.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou variação de 1,09% em junho, contra 1,81% do mês anterior. Dos três grupos que formam o índice, apenas mão de obra contribuiu com a desaceleração, passando de 3,13% em maio para 1,30% em junho. Os preços de materiais e equipamentos, que em maio registraram variação de 0,61%, subiram 0,94% em junho. E a inflação dos serviços passou de 0,57% para 0,71%.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 9h08

Mesmo sob sanções internacionais, Irã anuncia entrada em operação de usina nuclear

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Ali-Akbar Salehi, anunciou hoje (7) que entre 23 de agosto e 22 de setembro - mês iraniano do Shahrivar – a Usina Nuclear de Bushehr estará em pleno funcionamento. A informação é da Irna, a agência oficial de notícias do Irã. Segundo Salehi, o último teste nuclear no local ocorreu nesta quarta-feira com “sucesso”.

“Hoje houve o último teste nuclear da usina antes de seu comissionamento e foi realizado com sucesso”, afirmou Salehi. “Nós completamos uma das fases mais importantes do 'ensaio quente', que é o teste final antes do lançamento da planta.”

Na semana passada, Salehi elogiou a participação de especialistas russos na cooperação das atividades da usina. “Estamos satisfeitos com a cooperação dos russos. Agora são 3 mil especialistas do país [Rússia] que trabalham na fábrica”, disse.

De acordo com a agência Irna, a usina tem capacidade instalada de mil megawatts (MW) e começou a ser construída em meados da década de 1970 pela Siemens da Alemanha. Mas o projeto foi abandonado no período da Revolução Islâmica, em 1979. Depois de um acordo de cooperação nuclear firmado em 1992, Irã e Rússia assinaram, em janeiro de 1995, contrato para concluir a construção da usina que, segundo informou a agência oficial da China, Xinhua, tem sido repetidamente adiada.

A entrada em operação de Bushehr ocorre em um momento delicado da política externa do Irã. O país está submetido a uma série de sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pelos Estados Unidos, União Europeia e Canadá. Para parte da comunidade internacional, o programa nuclear iraniano prevê a produção de armas atômicas. O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, sempre negou essa intenção. Segundo ele, o programa nuclear do país tem fins pacíficos e um dos objetivos é a produção de medicamentos. O Brasil apoia a busca por um acordo com Irã e condena as sanções internacionais.

Edição: Vinicius Doria

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