07/07/2010 - 15h54

Serra diz que é preciso desaparelhar o Estado brasileiro

Alex Rodrigues*

Repórter da Agência Brasil

 

São Paulo - O candidato à Presidência da República pela coligação O Brasil Pode Mais, formada pelo PSDB, DEM, PPS, PTB e PT do B, José Serra, criticou hoje (7) o que chamou de “aparelhamento” do Estado. De acordo com ele, isso ocorre quando há o preenchimento de cargos técnicos da administração pública por pessoas indicadas pelos partidos políticos, sem necessariamente demonstrarem capacitação profissional adequada. Para ele, esse quadro predomina no cenário político nacional e precisa ser revertido.

 

"Está tudo aparelhado. Toda a área de saúde e de assistência social está aparelhada, loteada entre partidos [aliados ao governo federal]", disse o ex-governador paulista, ao participar, no início da tarde, de uma caminhada pelo centro de Jundiaí, a cerca de 90 quilômetros da capital paulista e que é administrada pelo PSDB.

 

Porém, Serra reconheceu que a responsabilidade não pode ser atribuída exclusivamente ao PT e aliados. "O PT não inventou o aparelhamento, mas que reforçou, reforçou. Hoje [os cargos] são ocupados não pela capacidade ou pela experiência [do indicado], mas sim por seu posicionamento político. Se usa coisas públicas para fins privados", disse Serra. Ele passou o final da manhã e o começo da tarde em Jundiaí. Depois seguiu para a Campinas.

 

* Colaborou Renata Giraldi

 

Edição: João Carlos Rodrigues

 

 

07/07/2010 - 15h53

Receita Federal apreende drogas e mercadorias contrabandeadas no aeroporto do Galeão

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Mercadorias avaliadas em R$ 25 milhões foram apreendidas entre segunda-feira (5) e hoje (7) no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim-Galeão, no Rio de Janeiro. De acordo com a Receita Federal, computadores, máquinas fotográficas, celulares, produtos eletrônicos em geral, óculos e bolsas foram trazidos ilegalmente do exterior, por meio dos Correios, por importadores do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília.

Os empresários tentaram burlar a fiscalização da Receita usando uma falsa declaração dos produtos para evitar o pagamento de impostos. Um inquérito policial deverá ser aberto para investigar os responsáveis pelas cargas, que podem responder pelo crime de descaminho.

De acordo com a Receita Federal, há 15 dias houve uma grande apreensão de produtos chineses no Tom Jobim. Desde então, a fiscalização foi ampliada com a averiguação de 100% dos produtos exportados e importados via Correios no aeroporto carioca. “Para nós [a apreensão desta semana] foi uma surpresa porque, como havia tido uma apreensão muito grande cerca de 15 dias atrás, imaginamos que [as mercadorias importadas de forma ilegal] fossem dar uma esfriada. Mas parece que elas continuaram vindo. Estamos aqui e vamos continuar atuando”, garantiu o inspetor chefe da Receita Federal no Galeão, Rainor Rossi.

Além das mercadorias, a Receita Federal encontrou hoje grande quantidade de maconha e cocaína escondida em livros, revistas e cartões comemorativos e que  seria enviada para países europeus, como Espanha, Inglaterra e Holanda. As drogas também foram remetidas por encomendas postadas em agências dos Correios no Rio, em São Paulo, Brasília e Santa Catarina.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 15h45

Em São Paulo, Dilma promete investir em educação e na carreira dos professores

Elaine Patrícia Cruz

Repórter da Agência Brasil

 

São Paulo – Na sua primeira atividade de campanha em São Paulo, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, participou no começo da tarde de hoje (07) de uma caminhada na região central da cidade. No final do ato, na Praça da Sé, ela destacou a importância da educação em seu projeto de governo e disse que uma das suas preocupações é situação da carreira dos professores.

 

“Temos que dar aos professores duas coisas principais para que o país tenha uma educação de qualidade: primeiro é o reconhecimento, depois incentivo”, destacou Dilma. Quanto ao reconhecimento, a candidata afirmou que os professores precisam receber salários dignos. Já quanto ao incentivo, declarou que é preciso que os profissionais tenham melhor formação.

 

“Está nas pessoas, nos professores e nas professoras, a condição para que este país dê um passo à frente e faça uma das mais importantes revoluções, que é a revolução do conhecimento e da educação”, afirmou Dilma, que estava acompanhada do candidato a vice-presidente, deputado Michel Temer (PMDB), do candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante, e dos dois concorrentes da coligação ao Senado, Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PCdoB).

 

Cerca de 4 mil pessoas, segundo os organizadores, participaram da caminhada de Dilma pelo centro de São Paulo. A Polícia Militar estimou em1,3 mil o número de participantes do evento.

 

 

 

 

 

Edição: João Carlos Rodrigues

 

 

07/07/2010 - 15h21

Lula acirra competição entre Brasil e China pelo mercado africano

Luciana Lima
Enviada Especial

Dar es Salaam (Tanzânia) - A intenção de disputar de forma mais acirrada novos mercados com a China está dando o tom da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a países da África. Intenção que ficou ainda mais explícita no discurso que o presidente fez a empresários brasileiros e tanzanianos hoje, em Dar es Salaam, capital da Tanzânia.

Em vários momentos, Lula referiu-se à China e procurou vender a imagem de que o Brasil, ao contrário do gigante asiático, tem produtos de melhor qualidade e gera empregos nos países onde investe. Lula citou a disputa por minas de ferro que a mineradora Vale do Rio Doce acabou perdendo para os chineses.

“Nada contra os meus amigos chineses. Pelo contrário, [a China] é um grande parceiro nosso e queremos manter nossa parceria estratégica. Mas a verdade é que, as vezes, eles ganham uma mina e trazem todos os chineses para trabalhar naquela mina. E fica sem gerar oportunidade de trabalho para os trabalhadores do país”, disse Lula.

De olho nos recursos naturais da África, o presidente procurou avalizar os interesses da Vale na Tanzânia e aproveitou para criticar a forma chinesa de exploração. “É importante que se todos se dêem conta que a Vale tem que vir aqui, fazer investimentos, gerar emprego aqui e contratar trabalhadores da Tanzânia para trabalhar nos projetos, e não trazer trabalhadores do Brasil, como alguns [países] fazem, que não é boa política”, disse Lula

Em 2004, a Vale perdeu para os chineses a disputa para a exploração de uma mina de ferro no Gabão. Nos próximos meses, a empresa pretende disputar duas licitações para explorar na Tanzânia minas de carvão, fosfato (matéria prima para fertilizantes), cobre, níquel e potássio. De acordo com o presidente da Vale, Roger Agnelli, o investimento que a empresa pretende fazer na Tanzânia chega a US$ 2 bilhões, valor semelhante ao já investido pela empresa em Moatize (Moçambique) para exploração de carvão metalúrgico. A mineradora também mantém projetos em Zâmbia, no Congo, em Angola, na Guiné, na África do Sul e ainda tem interesse em recuperar posições na exploração de minas no Gabão.

Lula é o primeiro presidente brasileiro a visitar a Tanzânia. As trocas comerciais com o país do oeste da África somaram no ano passado apenas US$ 31 milhões. Para Lula, essa cifra modesta pode se expandir muito com o ambiente de estabilidade política e segurança jurídica que o país oferece atualmente. Além disso, são convidativas as taxas de crescimento apresentadas pela Tanzânia. Para este ano, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 5%.

Outro ponto positivo destacado pelo presidente foi a posição geográfica estratégica da Tanzânia, na costa do Oceano Índico. Um acesso privilegiado para mercados asiáticos que, de acordo com Lula, deve ser levado em consideração pelos empresários brasileiros. “É uma posição que nos coloca perto de mercados extremamente interessantes. Nos coloca perto de mercados não só dentro da própria África. Quando se abre a porta aqui, a gente vê um porto muito grande, que atende a vários países. A China e a Índia não estão tão longe como estão do Brasil. Sem deixar de fazer os investimentos no Brasil, vocês [empresários brasileiros] podem produzir aqui na Tanzânia para aproveitar não apenas o mercado africano, mas para aproveitar o mercado chinês e uma parte do mercado asiático”, destacou o presidente.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 14h31

Custos da construção civil sobem menos em junho, apesar do mercado aquecido

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Índice Nacional da Construção Civil desacelerou para 0,66% em junho, depois de uma alta de 1,61% em maio, conforme divulgou hoje (07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, na comparação com a taxa de junho do ano passado, de 0,35%, o índice atual mostrou elevação. O mesmo ocorreu no acumulado de janeiro a junho deste ano, cuja alta de 4,33% está bem acima da registrada no mesmo período de 2009, de 3,67%.

Segundo o IBGE, o resultado de junho não surpreendeu porque as maiores pressões sobre o índice, causadas pelos reajustes dos salários dos trabalhadores na construção civil, ocorreram em maio. Naquele mês, o item mão de obra teve alta de 3,22% e, em junho, recuou para 0,83%. “As datas dos dissídios da categoria variam de estado para estado, mas o maior peso é em maio, quando são reajustados os salários da Região Sudeste, especialmente de São Paulo, que tem o maior peso na composição geral do índice”, explicou o gerente da pesquisa do IBGE, Luiz Fernando de Oliveira Fonseca.

Já a parcela dos materiais de construção variou 0,53% em junho, ante a taxa de 0,41% de maio. Segundo Fonseca, embora a diferença de um mês para o outro tenha sido pequena, a taxa de junho foi a mais elevada desde março do ano passado (0,71%). Mas, para o técnico do IBGE, ainda é cedo para atrelar esta alta ao aquecimento do mercado em função do programa de construção de habitações populares promovido pelo governo federal. “É certo que a demanda por materiais está crescendo e isso deve pressionar os preços, mas ainda precisamos esperar um, dois ou três meses para avaliar o tamanho da influência do programa Minha Casa Minha Vida nos custos da construção”, avaliou Fonseca. “Daqui pra frente, a procura ficará mais intensa por causa dos empreendimentos que serão erguidos em vários estados para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro”.

O Índice Nacional da Construção Civil, que integra o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), é calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal desde 1969. A partir de 2002, os dados do Sinapi foram adotados como referência dos custos de execução de obras públicas.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 14h11

"Nós somos bárbaros e os caras são brutais", diz presidente do Uruguai em homenagem à seleção

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Apesar da eliminação da seleção do Uruguai ontem (6) da Copa do Mundo da África do Sul, o presidente uruguaio, José Pepe Mujica, elogiou o desempenho do grupo e disse que a derrota para a Holanda por 3 a 2, nas semifinais da competição, ocorreu com “dignidade”. A seleção e a equipe técnica foram convidadas por Mujica para uma cerimônia no palácio do governo.

“Nós perdemos, mas com dignidade”, afirmou Mujica, de acordo com informações da Presidência da República do Uruguai. “Nós [uruguaios] somos bárbaros e os caras [jogadores da seleção] são brutais”, disse ele. Para ele, há 3 milhões de pessoas “orgulhosas” no país. Mujica disse ainda que o governo vai se empenhar para apoiar o esporte no país. Segundo o presidente, o esforço é para estimular o “esporte sem violência”.

O ministro de Turismo e Esporte, Héctor Lescano, lembrou que o símbolo do escudo uruguaio é a bola. “O que nos dá um forte impulso para o esporte como inclusão social no contexto do combate à violência e às drogas”, disse.

A seleção uruguaia foi campeã em duas Copas do Mundo – 1930 e 1950. Antes do jogo contra a Holanda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem à África, disse que torcia pela seleção uruguaia.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 14h07

Marina critica novo Código Florestal aprovado pela Câmara

Marcos Chagas e Flávia Albuquerque
Repórteres da Agência Brasil

Brasília e São Paulo - A candidata à Presidência da República pelo Partido Verde, Marina Silva, conclamou a sociedade a se mobilizar para evitar que as mudanças promovidas pela comissão especial da Câmara no Código Florestal Brasileiro sejam aprovadas, também, no Senado. Para Marina, a pressão sobre os parlamentares deve ser na intensidade que permitiu acelerar e aprovar o Projeto de Lei da Ficha Limpa.

“Na Câmara, são 513 deputados e no Senado, 81 senadores. Espero que a sociedade brasileira possa dialogar com cada um como fez com o [projeto] Ficha Limpa para que a gente não continue sujando as fichas das nossas florestas com esse tipo de retrocesso”, disse a candidata do PV. A entrevista foi concedida pela manhã ao visitar a 42ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), em São Paulo.

Sobre as alterações propostas pelo relator do projeto, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a candidata disse que, da forma como está, as mudanças propostas pelo parlamentar abrem mão das conquistas previstas na Constituição de 1988, que coloca as florestas como de interesse de todos os brasileiros.

Marina disse, ainda, que somente a “mobilização social” será capaz de revogar as propostas de mudanças ao Código Florestal. Perguntada se vetaria as mudanças na lei pretendidas pelos representantes da bancada ruralista na Câmara, a candidata foi direta. “Se fosse presidente, vetaria o projeto de lei como está porque é um desserviço ao setor agrícola que não pode em hipótese alguma lutar para ampliar a expansão de fronteiras agrícolas. Tem que lutar para aumentar a produção usando novas tecnologias.”

A candidata começou hoje a intensificar sua agenda de campanha em outros estados. Ainda hoje ela tem um compromisso em Belo Horizonte. Em Minas Gerais, a candidata do PV deve permanecer também amanhã, onde tem compromissos nas cidades de Uberaba, Uberlândia e Araguari.

Na sexta-feira (9), de acordo com a assessoria, a agenda de Marina será no Rio de Janeiro onde cumpre agenda no Morro do Cantagalo. No sábado (10), já de volta a São Paulo, a candidata fará uma visita à Represa de Guarapiranga.

Edição: Talita Cavalcante

07/07/2010 - 13h56

BC registra a maior saída de dólares do país desde o auge da crise financeira mundial

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Brasil registrou saída líquida (descontada a entrada) de US$ 4,279 bilhões no mês de junho, segundo dados divulgados hoje (7) pelo Banco Central (BC). Foi a saída de dólares mais elevada desde dezembro de 2008 - período mais agudo da crise financeira internacional - quando investidores tiraram do país US$ 6,373 bilhões. Em 2010, o BC só havia registrado saída líquida em fevereiro (US$ 399 milhões). Ao contrário do resultado observado no mês passado, em junho de 2009 houve ingresso líquido de US$ 1,076 bilhão.

Em junho deste ano, o fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) foi o principal responsável pelo resultado, com saída líquida de US$ 3,491 bilhões. No caso do fluxo comercial (fechamento de câmbio para exportações e importações), a saída foi de US$ 788 milhões.

Os dados do BC também mostram que, neste mês, os dólares continuam a deixar o país. Nos dois primeiros dias úteis de julho, saíram US$ 735 milhões. No acumulado de janeiro até o dia 2 deste mês, entretanto, o BC registra entrada líquida de US$ 2,628 bilhões, contra US$ 1,758 bilhão registrados do início de 2009 até os dois primeiros dias úteis de julho.

O BC também informou que as compras de dólares no mercado à vista elevaram as reservas internacionais em US$ 1,92 bilhão em junho. No primeiro semestre, as compras somaram US$ 14,069 bilhões e nos dois dias úteis deste mês ficaram em US$ 158 milhões.

Edição: Vinicius Doria

07/07/2010 - 13h54

ANTT autoriza aumento de passagens de ônibus interestaduais e internacionais

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – As passagens de ônibus interestaduais e internacionais com percurso de até 75 quilômetros – os chamados transportes rodoviários semiurbanos – ficarão 1,195% mais caras a partir do dia 25 de julho. A autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi publicada  hoje (7) no Diário Oficial da União.

Para as linhas de maior percurso, está em vigor desde o dia 1º deste mês aumento de até 2,13%.

A ANTT ressalta que os reajustes são feitos uma vez por ano, no mês de julho e estão restitos às tarifas interestaduais e internacionais, uma vez que as tarifas municipais e intermunicipais são reguladas, na maioria das vezes, pelas secretarias dos Transportes. As tarifas de embarque não estão incluídas.

Segundo a agência, os aumentos estão previstos nos acordos feitos com as empresas, e o cálculo deles leva em consideração coeficientes que estão previstos nos contratos e a necessidade de manter o equilíbrio econômico-financeiro entre permissionárias e autorizadas a realizar o transporte de passageiros.

Edição: Nádia Franco

 

07/07/2010 - 13h52

Cartilha orienta eleitor contra troca de voto por acesso a serviços saúde

Lisiane Wandscheer
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Para orienta o eleitor sobre a venda de voto em troca de acesso a serviços de saúde, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) lançou hoje (7) a cartilha Voto Não Tem Preço. Saúde É Seu Direito. A ideia é municiar o eleitor de informações referentes ao funcionamento do Sistema Único de Saúde e informar a população sobre como e onde denunciar a corrupção.

A cartilha cita as formas mais usuais de se cometer a corrupção na saúde como a exigência de título de eleitor para receber atendimento médico. O texto esclarece que a apresentação do título não pode ser obrigatória em postos de saúde ou hospitais para receber atendimento, medicamentos, qualquer bem ou serviço de saúde.

Segundo a presidente da União Nacional dos Auditores do SUS (Unasus), Jovita José Rosa, existem vários tipos de corrupção eleitoral na saúde. “O desvio da verba pública da saúde significa a morte. É importante fazer a denúncia no Ministério Público. Há casos de parlamentares que têm casas de apoio para manter pacientes do SUS que vieram se tratar nas capitais”, exemplifica

O diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e integrante da Comissão Brasileira de Justiça e Paz da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), Carlos Moura, ressaltou a importância da sanção da Lei da Ficha Limpa. A norma proíbe a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados.

“O movimento acaba de ser vencedor no trabalho realizado com a sanção da Ficha Limpa e agora inicia uma nova etapa no combate à corrupção na saúde. Saúde é vida e precisa ser tratada com toda a dignidade. É preciso que toda a sociedade se envolva na fiscalização dos recursos da saúde”, destaca.

Para o presidente da Conselho Nacional da Saúde, Francisco Batista Júnior, a corrupção é fruto da impunidade por isso é preciso combatê-la e denunciar as pessoas envolvidas.

“A saúde é um dos campos mais férteis para ocorrer a corrupção. A corrupção existe nas mais variadas facetas, desde profissionais que utilizam de sua função para se beneficiar até o atendimento de interesses particularizados”, salienta.

Edição: Talita Cavalcante

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