diploma universitário https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/178250/all pt-br Só 1,6% dos moradores de domicílios irregulares tinha diploma universitário em 2010 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-06/so-16-dos-moradores-de-domicilios-irregulares-tinha-diploma-universitario-em-2010 <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/23/gallery_assist703649/prev/AgenciaBrasil200912_ABR9119.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Fl&aacute;via Villela<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Somente 1,6% dos moradores de aglomerados subnormais (favelas, invas&otilde;es, assentamentos etc) tinha diploma universit&aacute;rio no Brasil, ante 14,7% da popula&ccedil;&atilde;o residente de outras &aacute;reas das cidades, em 2010. Os dados s&atilde;o da pesquisa &Aacute;reas de Divulga&ccedil;&atilde;o da Amostra para Aglomerados Subnormais, lan&ccedil;ada pela primeira vez hoje (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE). &nbsp;A nova pesquisa utiliza dados do question&aacute;rio da amostra do Censo 2010, aplicado em mais de 6 mil domic&iacute;lios brasileiros para diferenciar com mais detalhes a vida nas favelas e nas demais &aacute;reas da cidade.</p> <p> O pesquisador da Coordena&ccedil;&atilde;o de Geografia do IBGE, Maur&iacute;cio Gon&ccedil;alves e Silva, lembrou que embora as desigualdades entre moradores de favelas e de outras &aacute;reas urbanas do Brasil n&atilde;o sejam novidade, a dimens&atilde;o dessas discrep&acirc;ncias sociais e educacionais foi dada pela primeira vez com o estudo.</p> <p> &ldquo;N&atilde;o &eacute; que todos devam ter n&iacute;vel superior, mas ver que na mesma parte da cidade pessoas que convivem no mesmo ambiente, nas mesmas ruas, t&ecirc;m n&iacute;veis de escolaridade t&atilde;o diferentes mostram dois mundos em um mesmo espa&ccedil;o&rdquo;, comentou o pesquisador. Ele deu como exemplo os bairros da Gl&oacute;ria e de Copacabana, na zona sul da cidade, onde cerca de 50% dos moradores de favelas n&atilde;o tinham instru&ccedil;&atilde;o, enquanto entre os moradores de outras &aacute;reas do bairro 50% tinham n&iacute;vel superior completo. &nbsp;</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o aos rendimentos, 31,6% dos moradores dos aglomerados subnormais tinham rendimento domiciliar <em>per capita</em> at&eacute; meio sal&aacute;rio m&iacute;nimo, ante 13,8% nas outras &aacute;reas urbanas. Apenas 0,9% dos moradores de comunidades carentes tinham rendimento domiciliar <em>per capita</em> de mais de cinco sal&aacute;rios m&iacute;nimos, ante 11,2% nas demais &aacute;reas da cidade.</p> <p> Quase 28% dos trabalhadores moradores dessas comunidades n&atilde;o tinham carteira assinada em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s outras &aacute;reas da cidade (20,5%). A exce&ccedil;&atilde;o foi verificada em Florian&oacute;polis, onde 10,5% dos moradores de comunidades pobres n&atilde;o tinham carteira assinada, ante 15,1% das demais &aacute;reas da cidade.</p> <p> O estudo mostra tamb&eacute;m que a geladeira e a televis&atilde;o eram os bens praticamente universalizados tanto nos domic&iacute;lios irregulares quanto nas habita&ccedil;&otilde;es regulares. Tamb&eacute;m n&atilde;o foi verificada diferen&ccedil;a na posse de motocicleta entre as duas &aacute;reas, sendo 11,3% nas demais &aacute;reas e 10,3% nos aglomerados subnormais. As desigualdades maiores foram registradas quando a pergunta era sobre posse de m&aacute;quina de lavar, computador e acesso &agrave; internet. Menos da metade dos moradores em aglomerados subnormais (41,4%) tinha m&aacute;quina de lavar, ante 66,7% dos moradores nas demais &aacute;reas; 27,8% tinham computador, em compara&ccedil;&atilde;o com 55,6% da popula&ccedil;&atilde;o das outras &aacute;reas; e 20,2% tinham computador com acesso &agrave; internet, contra 48% das demais &aacute;reas.</p> <p> Ao comparar o tempo de deslocamento para o trabalho gasto por moradores de favelas com o de outras partes da cidade, a pesquisa revelou pouca varia&ccedil;&atilde;o entre um grupo e outro. Enquanto 19,7% dos trabalhadores brasileiros que moravam em aglomerados subnormais demoravam mais de uma hora por dia no deslocamento para o trabalho, esse percentual para quem morava em outras &aacute;reas da cidade era 19%. No Rio de Janeiro, 21,9% dos moradores de favelas levavam mais de uma hora por dia para chegar ao trabalho, enquanto nas outras &aacute;reas da cidade essa propor&ccedil;&atilde;o era 26,3%. Em Salvador, a diferen&ccedil;a era 21,8% para os moradores de habita&ccedil;&otilde;es irregulares e 22,12% para as irregulares.</p> <p> Em S&atilde;o Paulo, 37% da popula&ccedil;&atilde;o residente em aglomerados subnormais levavam mais de uma hora para chegar ao local de trabalho, em contraste com 30% dos moradores das demais &aacute;reas da cidade. No caso do Rio e de Salvador, o pesquisador ressaltou que a topografia dessas cidades colaborou para que as pessoas ocupassem &aacute;reas centrais tamb&eacute;m como estrat&eacute;gia para economizar tempo e dinheiro no percurso casa-trabalho.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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