Atividades essenciais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/177801/all pt-br Regulamentação da greve dos servidores será votada na semana que vem https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-31/regulamentacao-da-greve-dos-servidores-sera-votada-na-semana-que-vem <p>Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Bras&iacute;lia &ndash; Senadores podem definir, na pr&oacute;xima semana, quais os crit&eacute;rios devem ser inclu&iacute;dos na regulamenta&ccedil;&atilde;o da greve de servidores. O direito &eacute; assegurado aos funcion&aacute;rios p&uacute;blicos desde a Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988, mas a pr&oacute;pria Carta Magna condiciona a garantia &agrave; defini&ccedil;&atilde;o das regras que devem balizar a paralisa&ccedil;&atilde;o. Em 25 anos, as regras nunca foram definidas.</p> <p>A comiss&atilde;o mista do Congresso Nacional encarregada da consolida&ccedil;&atilde;o de leis e da regulamenta&ccedil;&atilde;o de dispositivos constitucionais votaria hoje (31) o parecer elaborado pelo relator da mat&eacute;ria, senador Romero Juc&aacute; (PMDB-RR). Por falta de qu&oacute;rum, a vota&ccedil;&atilde;o foi remarcada para 7 de novembro.</p> <p>No texto apresentado hoje, Juc&aacute; incluiu, entre os servi&ccedil;os essenciais, o ensino infantil e fundamental e os servi&ccedil;os de emerg&ecirc;ncia e assist&ecirc;ncia m&eacute;dico-hospitalar e ambulatorial. O relator definiu que os servi&ccedil;os essenciais incluem o sistema financeiro, abastecimento de &aacute;gua, transporte coletivo, as telecomunica&ccedil;&otilde;es e a distribui&ccedil;&atilde;o de medicamentos a idosos e portadores de doen&ccedil;as cr&ocirc;nicas. Nesses casos, os grevistas precisar&atilde;o garantir que, pelo menos, 60% do atendimento sejam mantidos durante a paralisa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>A proposta estabelece condi&ccedil;&otilde;es anteriores &agrave; deflagra&ccedil;&atilde;o da greve. Pelo texto, servidores e entidades p&uacute;blicas precisam passar por tentativas de negocia&ccedil;&atilde;o que podem, inclusive, ser feitas por mecanismos alternativos como o de concilia&ccedil;&atilde;o de conflitos. A proposta estabelece que, caso n&atilde;o seja poss&iacute;vel evitar a paralisa&ccedil;&atilde;o, os servidores precisam informar &agrave; sociedade sobre as causas e formular um plano pr&eacute;vio que inclua, por exemplo, a previs&atilde;o de continuidade das atividades que precisam ser mantidas.</p> <p>&ldquo;&Eacute; uma legisla&ccedil;&atilde;o que procura moldar o processo de greve de forma leg&iacute;tima, para que servidores fiquem protegidos, o governo saiba como agir, mas, principalmente, para que a sociedade n&atilde;o tenha preju&iacute;zos&rdquo;, afirmou Juc&aacute;, destacando pontos que pro&iacute;bem a demiss&atilde;o de servidores quando a greve termina e o corte do pagamento pelos dias parados.</p> <p>O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) disse que a proposta &eacute; um avan&ccedil;o em uma quest&atilde;o que precisava ser tratada de forma diferenciada. &ldquo;A popula&ccedil;&atilde;o tem que saber quando vai ocorrer a greve, qual possibilidade de eclos&atilde;o de greve. Hoje existe uma consci&ecirc;ncia difundida de que a sociedade brasileira tem direito ao servi&ccedil;o p&uacute;blico continuo e, no caso de conflito, tem um patamar m&iacute;nimo aceit&aacute;vel de servi&ccedil;os sendo prestados&rdquo;, afirmou.</p> <p>Apesar do clima de comemora&ccedil;&atilde;o entre os parlamentares, entidades representativas n&atilde;o aprovaram o texto e reivindicaram mais debates sobre o tema. Para Pedro Armengol, diretor executivo da Central &Uacute;nica dos Trabalhadores (CUT), a regulamenta&ccedil;&atilde;o do direito de greve n&atilde;o pode estar separada do debate sobre regulamenta&ccedil;&atilde;o da negocia&ccedil;&atilde;o coletiva. &ldquo;O que est&aacute; acontecendo &eacute; que setores conservadores da pol&iacute;tica brasileira querem restringir o direito de os trabalhadores se mobilizarem por suas reivindica&ccedil;&otilde;es, sem garantir efetiva negocia&ccedil;&atilde;o de sua pauta de negocia&ccedil;&atilde;o. Este projeto &eacute; um retrocesso&rdquo;, avaliou.</p> <p>Armengol disse que a comiss&atilde;o quis voltar de forma &ldquo;atropelada&rdquo; o texto e garantiu que sindicatos e outras representa&ccedil;&otilde;es de categorias do servi&ccedil;o p&uacute;blico v&atilde;o se mobilizar at&eacute; a pr&oacute;xima semana &ldquo;para garantir um processo que trate a negocia&ccedil;&atilde;o coletiva e a greve no mesmo ambiente&rdquo;.</p> <p>&nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Aloysio Nunes Atividades essenciais CUT Greve no serviço público Pedro Armengol Política Regulamentação da greve dos servidores Romero Jucá Thu, 31 Oct 2013 16:44:18 +0000 alberto.coura 734118 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/