monitorização eletrofisiológica intraoperatória https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/176949/all pt-br Mapeamento de funções do cérebro diminui risco de sequelas em tratamento cirúrgico de tumor https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-20/mapeamento-de-funcoes-do-cerebro-diminui-risco-de-sequelas-em-tratamento-cirurgico-de-tumor <p style="margin-bottom: 0cm">Camila Maciel<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> S&atilde;o Paulo - Um novo conceito no tratamento de tumores cerebrais, batizado informalmente de GPS Cir&uacute;rgico, est&aacute; diminuindo o risco de pacientes adquirirem sequelas ao passar por um procedimento operat&oacute;rio. Com recursos de neuroimagem, os m&eacute;dicos mapeiam a atividade cerebral, identificando as &aacute;reas de cada fun&ccedil;&atilde;o, como a capacidade motora e a de compreens&atilde;o. Assim, &eacute; poss&iacute;vel identificar as zonas sens&iacute;veis que poderiam ser lesadas. A estrat&eacute;gia est&aacute; sendo aplicada no Instituto do C&acirc;ncer do Estado de S&atilde;o Paulo (Icesp).</p> <p> De acordo com o neurocirurgi&atilde;o do Icesp Guilherme Lepski, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), a cirurgia cl&aacute;ssica exige uma s&eacute;rie de informa&ccedil;&otilde;es sobre o tumor, como a localiza&ccedil;&atilde;o, o tamanho, a profundidade, a irriga&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea, mas, ainda assim, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel atestar que uma zona cr&iacute;tica n&atilde;o ser&aacute; afetada. &quot;Essas &aacute;reas n&atilde;o s&atilde;o vis&iacute;veis. Supomos a localiza&ccedil;&atilde;o delas. Mas, quando existe um tumor, essas &aacute;reas se reorganizam e voc&ecirc; n&atilde;o pode prever com certeza onde elas est&atilde;o&quot;, explicou.</p> <p> Lepski esclarece que a decis&atilde;o sobre que &aacute;rea atacar &eacute; tomada durante a cirurgia, enquanto o c&eacute;rebro est&aacute; anestesiado. &quot;O cirurgi&atilde;o tem que decidir se vai continuar operando, [se vai] comprar um risco maior de sequela para que o paciente tenha uma sobrevida mais longa, ou se vai parar, deixando um peda&ccedil;o maior de tumor, mas pensando na qualidade de vida do doente&quot;, apontou. A nova abordagem, ao identificar as fun&ccedil;&otilde;es, possibilita que o m&eacute;dico tenha mais seguran&ccedil;a para decidir sobre uma postura mais agressiva ou n&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o ao tumor.</p> <p> Uma das t&eacute;cnicas incorporadas envolve a monitoriza&ccedil;&atilde;o eletrofisiol&oacute;gica intraoperat&oacute;ria, que faz o registro constante e em tempo real de diversas fun&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas. O sistema guia o m&eacute;dico durante a retirada do tumor de maneira semelhante aos sistemas de navega&ccedil;&atilde;o automotivos baseados em GPS. Nesse caso, no entanto, o sistema de navega&ccedil;&atilde;o se baseia em raios infravermelhos. &quot;Estou vendo o grau de contra&ccedil;&atilde;o em determinados m&uacute;sculos, estimulando &aacute;rea visual para ver se est&atilde;o preservados&quot;, exemplificou.</p> <p> Embora ainda n&atilde;o seja poss&iacute;vel dizer qual o percentual de redu&ccedil;&atilde;o de sequelas com essa nova abordagem cir&uacute;rgica, Lepski cita a diminui&ccedil;&atilde;o do tempo de interna&ccedil;&atilde;o como um dos ganhos para os pacientes. Ele destaca ainda que s&atilde;o menores os custos relacionados ao tratamento de complica&ccedil;&otilde;es, como paralisia. &quot;Antes, ele precisaria de andador, de fisioterapia. Se cair, por exemplo, vai precisar ser operado de urg&ecirc;ncia. S&atilde;o custos indiretos&quot;, apontou.</p> <p> Al&eacute;m disso, aumenta-se a sobrevida do paciente, j&aacute; que uma maior &aacute;rea do tumor pode ser atacada. &quot;A qualidade de vida do doente melhora e a sobrevida aumenta porque, prestando aten&ccedil;&atilde;o a essas fun&ccedil;&otilde;es, voc&ecirc; tira mais tumor do que tiraria. O m&eacute;dico n&atilde;o &eacute; obrigado a parar [a cirurgia] antes, por excesso de zelo. Vai al&eacute;m e consegue retirar mais&quot;, relata.</p> <p> O procedimento &eacute; indicado para pacientes diagnosticados com tumores do pr&oacute;prio tecido cerebral, que se situam pr&oacute;ximo &agrave;s partes mais nobres do c&eacute;rebro. &quot;A t&eacute;cnica conv&eacute;m para tumores dentro do c&eacute;rebro, sejam benignos ou malignos, desde que localizados nessas &aacute;reas&quot;, esclareceu. Uma m&eacute;dia de 24 pacientes &eacute; atendida pelo setor de neurocirurgia do Icesp e cerca de metade &eacute; beneficiada com a nova estrat&eacute;gia cir&uacute;rgica.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><em><i><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></i></em></p> como funciona GPS Cirúrgico Icesp monitorização eletrofisiológica intraoperatória precisão cirúrgica redução de sequelas Saúde tratamento de tumor no cérebro Sun, 20 Oct 2013 17:37:33 +0000 davi.oliveira 733269 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/