anistia post mortem https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/174652/all pt-br Agência Brasil errou https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-20/agencia-brasil-errou <p> <span class="field-content">Bras&iacute;lia &ndash; A mat&eacute;ria &quot;Honestino Guimar&atilde;es recebe anistia pol&iacute;tica post mortem&quot;, publicada &agrave;s 14h59, foi alterada &agrave;s 16h28 porque&nbsp;</span> informava que Honestino Guinar&atilde;es j&aacute; tinha sido declarado anistiado <em>post mortem</em> e dava a entender que a cerim&ocirc;nia na UnB havia terminado. Na verdade, a declara&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o foi lida e a cerim&ocirc;nia continua. O t&iacute;tulo tamb&eacute;m foi alterado.</p> <p> Leia <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-20/honestino-guimaraes-recebe-hoje-anistia-politica-post-mortem-em-cerimonia-na-unb">aqui </a>o texto corrigido.</p> anistia post mortem Honestino Guimarães Nacional unb UNE União Nacional dos Estadudantes Universidade de Brasília Fri, 20 Sep 2013 19:37:01 +0000 nfranco 731152 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Honestino Guimarães recebe hoje anistia política post mortem em cerimônia na UnB https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-20/honestino-guimaraes-recebe-hoje-anistia-politica-post-mortem-em-cerimonia-na-unb <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/24/gallery_assist731146/prev/ABr20092013MCA_0381.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Luciano Nascimento<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O ex-presidente da Uni&atilde;o Nacional dos Estudantes (UNE) Honestino Guimar&atilde;es vai ser declarado hoje (20) anistiado pol&iacute;tico <em>post mortem</em>, em cerim&ocirc;nia na Universidade de Bras&iacute;lia (UnB), onde ele estudou geologia. Na solenidade, o secret&aacute;rio nacional de Justi&ccedil;a,&nbsp; Paulo Abr&atilde;o, ler&aacute; o pedido de desculpas oficial do governo brasileiro e declarar&aacute; Honestino anistiado. Parentes, amigos e ex-companheiros de movimento estudantil de Honestino participam da solenidade, ao lado de professores e alunos da universidade.</p> <p> &quot;Homenagear Honestino Guimar&atilde;es &eacute; um forma de, emblematicamente, oficializar o pedido de desculpa do Estado a sua fam&iacute;lia, gesto que o pa&iacute;s, at&eacute; o momento, n&atilde;o havia feito&quot;, disse, antes da cerim&ocirc;nia, o secret&aacute;rio Paulo Abr&atilde;o, que preside a Comiss&atilde;o de Anistia do Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a.</p> <p> Para Abr&atilde;o, o gesto significa tamb&eacute;m o reconhecimento formal de Honestino como um dos protagonistas da hist&oacute;ria da resist&ecirc;ncia &agrave; ditadura militar. &quot;Ele simboliza a forma pela qual os estudantes se engajaram contra a ditadura militar, mostrando que a nossa juventude sabe lutar contra a opress&atilde;o. Ele serve de exemplo para que a juventude continue lutando pelos seus direitos&quot;, acrescentou.</p> <p> Natural de Itabera&iacute;, em Goi&aacute;s, aos 17 anos, Honestino foi o primeiro colocado no vestibular da UnB para geologia, em 1965. Por seu envolvimento com a pol&iacute;tica estudantil, foi preso diversas vezes. Em agosto de 1967, preso pela quarta vez, foi eleito presidente da Federa&ccedil;&atilde;o dos Estudantes Universit&aacute;rios de Bras&iacute;lia. Em 26 de setembro de 1968, foi desligado da universidade como puni&ccedil;&atilde;o por ter liderado movimento pela expuls&atilde;o de um falso professor da UnB, informante da ditadura. Naquele ano, casou-se com Isaura Botelho.</p> <p> Em 1968, com a edi&ccedil;&atilde;o do Ato Institucional N&ordm; 5 (AI-5), que suspendeu v&aacute;rias garantias constitucionais, Honestino passou a viver na clandestinidade, com Isaura, em S&atilde;o Paulo. Em 1970, nasceu a filha do casal, Juliana. Quando o ent&atilde;o presidente da UNE, Jean Marc van der Weid, foi preso, Honestino assumiu a presid&ecirc;ncia interina da entidade, permanecendo at&eacute; 1971. No congresso da UNE naquele ano, foi eleito presidente. Coordenou encontros estudantis e lutou contra o regime militar at&eacute; ser preso no Rio por agentes do Centro de Informa&ccedil;&otilde;es da Marinha (Ceninar), em outubro de 1973, quando desapareceu, ap&oacute;s cinco anos de clandestinidade. Tinha 26 anos.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/24/gallery_assist731146/prev/ABr20092013MCA_0314.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: left;" /> Juliana disse que a homenagem ao pai emociona, mas ressaltou que isso n&atilde;o basta. &quot;Estamos atr&aacute;s da verdade. J&aacute; se passaram 40 anos, e eu ainda n&atilde;o sei onde est&aacute; meu pai. N&atilde;o sabemos o que aconteceu no dia 10 de outubro, quando ele desapareceu. O ato &eacute; um pedacinho, temos muita coisa para buscar, [para ir] atr&aacute;s da mem&oacute;ria do que aconteceu. &Eacute; uma coisa de respeito com ele e com todo mundo [que desapareceu]&quot;, desabafou Juliana Guimar&atilde;es.</p> <p> Com apenas 3 anos &agrave; &eacute;poca do desaparecimento, Juliana quase n&atilde;o conviveu com o pai e espera que as comiss&otilde;es Nacional da Verdade e An&iacute;sio Texeira de Mem&oacute;ria e Verdade da UnB possam contribuir com a investiga&ccedil;&atilde;o sobre o paradeiro do corpo dele. At&eacute; hoje, n&atilde;o se conhece o local, nem as circunst&acirc;ncias da morte ou mesmo o paradeiro dos restos mortais de Honestino. &quot;As comiss&otilde;es est&atilde;o a&iacute; para que se consigam as respostas. O paradeiro dele a gente ainda n&atilde;o sabe. &Eacute; preciso descobrir o que aconteceu com todas as pessoas que sumiram e que ningu&eacute;m d&aacute; uma resposta.&quot;</p> <p> Na cerim&ocirc;nia, tamb&eacute;m est&atilde;o sendo homenageados professores, funcion&aacute;rios e ex-alunos da UnB perseguidos pelo regime militar por suas posi&ccedil;&otilde;es pol&iacute;ticas e pela defesa da democracia. Abr&atilde;o deve entregar mais de 200 certificados de homenagem e anistia pol&iacute;tica, com pedido de desculpas oficial, aos parentes dessas pessoas. &quot;N&atilde;o se trata unicamente de conhecer a hist&oacute;ria, mas de reconhecer as viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos praticados pelo Estado, de reconhecer o leg&iacute;timo direito de revolta dos que lutavam contra a ditadura&quot;, destacou Abr&atilde;o.</p> <p> Segundo o secret&aacute;rio nacional de Justi&ccedil;a, o ato servir&aacute; tamb&eacute;m para lembrar o projeto original da UnB desenhado por Darcy Ribeiro e por An&iacute;sio Teixeira. &quot;Estamos resgatando as raz&otilde;es originais da funda&ccedil;&atilde;o da UnB para que ela possa cumprir um papel democr&aacute;tico dentro da nossa sociedade, com profundo respeito &agrave; liberdade, aos direitos humanos e ao esp&iacute;rito cr&iacute;tico, que foi interrompido pela ditadura militar&quot;, afirmou.</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco//O texto foi alterado &agrave;s 16h28 porque informava que Honestino Guinar&atilde;es j&aacute; tinha sido declarado anistiado post mortem e dava a entender que a cerim&ocirc;nia havia terminado. Na verdade, a declara&ccedil;&atilde;o ainda n&atilde;o foi lida e a cerim&ocirc;nia continua</em></p> <p><i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir a mat&eacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> anistia post mortem Honestino Guimarães Nacional unb UNE União Nacional dos Estadudantes Universidade de Brasília Fri, 20 Sep 2013 17:59:02 +0000 nfranco 731148 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/