história em quadrinho https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/173591/all pt-br Quadrinhos podem ajudar a formar leitores e na educação de crianças e adolescentes https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-09/quadrinhos-podem-ajudar-formar-leitores-e-na-educacao-de-criancas-e-adolescentes <p>Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/005MCA_9009.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin-left: 5px; margin-right: 5px; float: right;" />Rio de Janeiro - A gerente executiva de Projetos do Instituto Pr&oacute;-Livro (IPL), Zoraia Failla, disse hoje (9), em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil,</strong> que as hist&oacute;rias em quadrinhos (HQ) podem ser uma ferramenta para formar leitores e auxiliar na educa&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as e adolescentes. &ldquo;Eu penso que dentro de um espa&ccedil;o de media&ccedil;&atilde;o, todo tipo de leitura &eacute; importante, especialmente para a gente tirar aquela imagem que se cria em rela&ccedil;&atilde;o a um livro que &eacute; oferecido em uma sala de aula e que se transforma em obriga&ccedil;&atilde;o, em tarefa&rdquo;.</p> <p> Zoraia acredita que o trabalho com quadrinhos dentro da escola pode quebrar um pouco a seriedade do livro, contribuindo para trazer a crian&ccedil;a e o jovem para a leitura de uma forma mais prazerosa e interessante. &ldquo;Eu acho que pode ser um meio, nunca um fim. Porque o quadrinho pode at&eacute; trabalhar algum conte&uacute;do, mas o faz de forma superficial. Como incentivo &agrave; leitura, ele pode ser um mobilizador&rdquo;, disse.</p> <p> Para a gerente do IPL, a HQ pode desenvolver habilidades na escola, entre as quais a concentra&ccedil;&atilde;o e o interesse pela leitura em geral. &ldquo;Sem d&uacute;vida, deveria ser melhor trabalhada para conseguir que, a partir dali,&nbsp; o aluno se interesse por uma leitura um pouco mais complexa, com mais conte&uacute;do&rdquo;.&nbsp; Zoraia avaliou que &eacute; preciso se usar hoje todos os meios para conseguir conquistar as crian&ccedil;as e jovens para a leitura.</p> <p> Zoraia indicou que a HQ pode ser um instrumento eficiente para passar conte&uacute;dos de disciplinas curriculares, como hist&oacute;ria, ci&ecirc;ncias e geografia,&nbsp; para os estudantes. &ldquo;&Eacute; uma forma talvez mais agrad&aacute;vel, mais interessante, para a garotada de hoje, de levar o conhecimento&rdquo;. Como as crian&ccedil;as, em geral, sentem uma atra&ccedil;&atilde;o forte pelos quadrinhos, que s&atilde;o considerados uma forma de entretenimento, ela avalia que &ldquo;seria inteligente usar essa ferramenta como uma forma de trazer a garotada seja para a leitura, seja para conte&uacute;dos mais complexos&rdquo;.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/001MCA_9087.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 4px; float: left;" />O diretor comercial da Comix Book Shop, uma livraria especializada em hist&oacute;rias em quadrinhos, Jorge Rodrigues, destacou a qualidade, inclusive liter&aacute;ria, das hist&oacute;rias em quadrinhos feitas no Brasil. &ldquo;Hoje, a gente tem crescido bastante na produ&ccedil;&atilde;o de quadrinhos nacionais. O mercado independente, onde o autor mesmo produz o seu livro, edita e lan&ccedil;a,&nbsp; aumentou muito de uns anos para c&aacute; e h&aacute; gr&aacute;ficas que imprimem com demanda menor.&nbsp; Com isso,&nbsp; h&aacute; muitos projetos e ideias muito boas sendo lan&ccedil;adas que, de repente,&nbsp; n&atilde;o encontraram respaldo nas editoras&rdquo;, disse.</p> <p> Rodrigues ressaltou que muitas editoras t&ecirc;m investido em adaptar literatura cl&aacute;ssica para quadrinhos. &ldquo;&Eacute; uma vertente que tem crescido muito no mercado&rdquo;. O objetivo, conforme enfatizou, &eacute; que o governo compre e as escolas venham a consumir esse produto, visando que seja uma ferramenta na parte da educa&ccedil;&atilde;o.&nbsp; O estande da Comix na 16&ordf; Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, encerrada ontem (8), foi um dos mais frequentados durante os 11 dias do evento, com filas extensas na porta que reuniam p&uacute;blico de todas as faixas et&aacute;rias.</p> <p> O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) supre as escolas de ensino p&uacute;blico das redes federal, estadual, municipal e do Distrito Federal de obras e materiais de apoio &agrave; pr&aacute;tica da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, incluindo HQs. Em 2013, ser&atilde;o atendidas as escolas dos anos finais do ensino fundamental e ensino m&eacute;dio, informou a assessoria de imprensa do Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o. O programa vai distribuir cerca de 6,7 milh&otilde;es de obras liter&aacute;rias a mais de 68,8 mil escolas de todo o pa&iacute;s. Os investimentos na compra dos livros alcan&ccedil;am em torno de R$ 66 milh&otilde;es.</p> <p> Em 2006, por exemplo, o Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o incluiu livros de hist&oacute;rias em quadrinhos e de imagens na cole&ccedil;&atilde;o do PNBE. <em>Dom Quixote em Quadrinhos</em>, de Caco Galhardo; <em>Toda Mafalda </em>, de Qui&ntilde;o; <em>Na Pris&atilde;o</em> (mang&aacute; - quadrinho japon&ecirc;s), de Kazuichi Hanawa; <em>Sant&ocirc; e os Pais da Avia&ccedil;&atilde;o</em>, de Jo&atilde;o Spacca de Oliveira; e <em>Caf&eacute; Van Gogh, </em>de Ana Maria Machado Mello &amp; Mayer Design, foram alguns dos HQs inclu&iacute;dos na lista.</p> <p> Com licenciatura em desenho pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denis Mello tem experi&ecirc;ncia na aplica&ccedil;&atilde;o de oficinas em salas de aula da rede p&uacute;blica de ensino, inclusive em parceria com o Servi&ccedil;o Nacional de Aprendizagem Comercial (Sesc), utilizando a HQ e o desenho como ferramenta principal. Falando &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, ele disse que consegue ver como os quadrinhos despertam a curiosidade dos alunos. &ldquo;Eles tendem a colaborar mais, a se interessar mais pelo assunto&rdquo;</p> <p> Mello salientou que a HQ &eacute; uma forma de arte. &ldquo;Do mesmo jeito que as outras formas de arte podem colaborar como ferramenta de educa&ccedil;&atilde;o, a HQ tamb&eacute;m funciona. Da mesma forma que voc&ecirc; pode usar m&uacute;sica, literatura e pintura, voc&ecirc; pode usar hist&oacute;ria em quadrinhos&rdquo;, manifestou.</p> <p> Denis Mello est&aacute; desenvolvendo agora, com um grupo de amigos, um projeto voltado &agrave; produ&ccedil;&atilde;o de quadrinhos educativos, que ser&aacute; efetuado em parceria com secretarias municipais de educa&ccedil;&atilde;o do estado do Rio de Janeiro. O projeto dever&aacute; ser iniciado em Mag&eacute;. &ldquo;Foi a primeira secretaria a se interessar pelo projeto&rdquo;. Pretende-se suprir a car&ecirc;ncia de material did&aacute;tico onde ela exista, nas escolas, por HQ. &ldquo;Na educa&ccedil;&atilde;o ambiental,&nbsp; por exemplo, a gente chegaria com a hist&oacute;ria em quadrinho para suprir essa necessidade e com um material did&aacute;tico que vai conversar mais com os jovens do que o material burocr&aacute;tico tradicional&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Cultura formação de leitor história em quadrinho HQ leitores leitura livro quadrinhos Mon, 09 Sep 2013 21:58:45 +0000 fabio.massalli 730260 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/