resíduo sólido https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/173469/all pt-br Menos de 2% dos resíduos sólidos são reciclados https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-08/menos-de-2-dos-residuos-solidos-sao-reciclados <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist717371/prev/ABr020413_TNG2859.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" /></p> <p>Akemi Nitahara<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Mesmo com 60% dos munic&iacute;pios do pa&iacute;s tendo alguma iniciativa de coleta seletiva, a quantidade de res&iacute;duo s&oacute;lido urbano que de fato retorna &agrave; cadeia produtiva n&atilde;o chega a 2%. Segundo o Panorama dos Res&iacute;duos S&oacute;lidos no Brasil 2012, da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Empresas de Limpeza P&uacute;blica e Res&iacute;duos Especiais (Abrelpe), 51,4% do material coletado s&atilde;o mat&eacute;ria org&acirc;nica; 13,5% s&atilde;o pl&aacute;stico; 13,1% s&atilde;o papel, papel&atilde;o e tetra pak; 2,9% s&atilde;o metais; 2,4% dos res&iacute;duos s&atilde;o vidro; e 16,7% s&atilde;o outros materiais.</p> <p> De acordo com a Abrelpe, em 2012 foram produzidas 1.436 mil toneladas de alum&iacute;nio prim&aacute;rio e a reciclagem fica na faixa de 36%, chegando a 98,3% das latas de bebida, patamar com pouca varia&ccedil;&atilde;o nos &uacute;ltimos cinco anos. A produ&ccedil;&atilde;o de papel foi 10 milh&otilde;es de toneladas e a taxa de recupera&ccedil;&atilde;o com potencial para reciclagem est&aacute; em 45,5%.</p> <p> J&aacute; em 2011, o consumo aparente de pl&aacute;sticos, foi 6,8 mil toneladas, das quais 1.000 toneladas recicladas - 57% no caso de PET. Em 2001, a reciclagem dessas garrafas era 32,9%. No setor de vidros, o dado mais recente &eacute; de 2008, quando a capacidade de produ&ccedil;&atilde;o instalada foi 3 mil toneladas, sendo 1.292 no setor de embalagens. Dessas, 47% s&atilde;o recicladas - incluindo 20% de embalagens retorn&aacute;veis -, 33% reutilizados e 20% vai parar em aterros e lix&otilde;es.</p> <p> No setor de vidros, o dado mais recente &eacute; de 2008, quando a capacidade de produ&ccedil;&atilde;o instalada era 3 mil toneladas, sendo 1,29 mil no setor de embalagens. Dessas, 47% s&atilde;o recicladas - incluindo 20% de embalagens retorn&aacute;veis -, 33% reutilizadas e 20% v&atilde;o parar em aterros e lix&otilde;es.</p> <p> O gerente de Projetos da Secretaria de Recursos H&iacute;dricos e Ambiente Urbano do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente, Ronaldo Hip&oacute;lito, explicou que a Pol&iacute;tica Nacional de Res&iacute;duos S&oacute;lidos n&atilde;o prev&ecirc; prazo para implantar a coleta seletiva e a reciclagem dos materiais.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s colocamos metas no plano nacional: para 2015 uma quantidade de reciclagem e outra para 2019. Para os res&iacute;duos &uacute;midos tem a compostagem, a biodigest&atilde;o. Mas n&oacute;s estamos trabalhando tudo paralelamente, porque n&atilde;o pode fechar primeiro o lix&atilde;o para depois fazer a reciclagem&rdquo;, disse Hipp&oacute;lito. Em tese, na hora de se fechar um lix&atilde;o e colocar em funcionamento um aterro sanit&aacute;rio, onde s&oacute; poder&aacute; ser depositado rejeito, obrigatoriamente ter&aacute; que haver a coleta para retirar a parte que n&atilde;o deve ser enterrada, acrescentou.</p> <p> Quanto &agrave;s cooperativas de catadores, Hip&oacute;lito disse que foi criado um comit&ecirc; interministerial para analisar essa inclus&atilde;o socioecon&ocirc;mica. J&aacute; foram organizadas cerca de 200 cooperativas, das 1.300 que o minist&eacute;rio estima existirem no Brasil. Tamb&eacute;m foi lan&ccedil;ada uma <a href="http://www.youtube.com/watch?v=UXcg1qX07S8&amp;list=PL3554582E4FF347A7">campanha educativa </a>sobre a import&acirc;ncia da separa&ccedil;&atilde;o dos res&iacute;duos.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s solicitamos ao Ipea, em 2010, um estudo sobre quanto o Brasil perde ao ano por n&atilde;o reciclar, por enterrar as coisas que poderiam ser reaproveitadas, e o Ipea chegou ao n&uacute;mero de R$ 8 bilh&otilde;es por ano. &Eacute; muito dinheiro. Essa propaganda institucional que n&oacute;s fizemos e pretendemos voltar esse ano a falar sobre o assunto, serve para conscientizar as pessoas sobre a import&acirc;ncia que tem isso para a economia como um todo&rdquo;, disse o t&eacute;cnico do Minist&eacute;rio do Meio Ambiente.</p> <p> De acordo com o secret&aacute;rio estadual do Ambiente, Carlos Minc, o governo do Rio de Janeiro tem apoiado as prefeituras para iniciar os projetos de coleta seletiva. &ldquo;Os munic&iacute;pios tem que ter uma equipe para isso, tem que ter uma campanha de comunica&ccedil;&atilde;o, tem que escolher alguns bairros para fazer um projeto piloto, n&atilde;o &eacute; uma coisa cient&iacute;fica, &eacute; erro e acerto&rdquo;.</p> <p> O superintendente de Pol&iacute;ticas de Saneamento da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), Victor Zveibil, explicou que 17 munic&iacute;pios, dos 92 do estado, come&ccedil;aram a implantar programas de coleta seletiva, entre eles Mesquita, Petr&oacute;polis e Niter&oacute;i. Al&eacute;m disso, o governo lan&ccedil;ou o Programa Catadores e Catadoras em Rede Solid&aacute;ria. &ldquo;&Eacute; um programa que a secretaria est&aacute; iniciando em parceira com o Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego, que tem essa miss&atilde;o de refor&ccedil;ar as cooperativas e trabalhar a quest&atilde;o da comercializa&ccedil;&atilde;o, de uma rede de cooperativas para a reciclagem e para a comercializa&ccedil;&atilde;o. Esse levantamento j&aacute; foi feito em 41 munic&iacute;pios&rdquo;.</p> <p> Por m&ecirc;s, s&atilde;o recolhidas na capital 936 toneladas de material recicl&aacute;vel, dos 150 mil toneladas de lixo da coleta domiciliar. O material &eacute; destinado a cerca de 50 cooperativas cadastradas na Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). O engenheiro Mauro Wanderley Lima, da Diretoria T&eacute;cnica e de Log&iacute;stica, lembrou que a coleta seletiva depende da colabora&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A ideia &eacute; atingir todos os bairros do Rio at&eacute; 2016. Agora, precisamos da colabora&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o e &eacute; uma coleta mais cara, porque voc&ecirc; n&atilde;o pode comprimir o material, n&atilde;o pode ser misturado. O ideal &eacute; que voc&ecirc; terminar de usar a lata de molho de tomate, o iogurte, d&ecirc; uma lavadinha e entregue para a reciclagem&rdquo;.</p> <p> A coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores no Estado do Rio de Janeiro, Claudete Costa, ponderou que a situa&ccedil;&atilde;o de muitos catadores &eacute; prec&aacute;ria. &ldquo;Eu continuo trabalhando com o pessoal na rua, a gente cata o material, junta no &ldquo;burrinho sem rabo&rdquo; - carro&ccedil;a manual -, v&ecirc; um local estrat&eacute;gico para fazer a triagem rapidamente e nem todo o material a gente tem tempo de juntar para reciclar, s&oacute; o que est&aacute; em alta no mercado&rdquo;. Ela acrescentou que os catadores interrompem o trabalho &agrave;s 15h quando passa o caminh&atilde;o da Comlurb.</p> <p> De acordo com ela, as cooperativas beneficiadas pela coleta seletiva est&atilde;o em situa&ccedil;&atilde;o melhor, mas ainda h&aacute; cerca de 240 fam&iacute;lias trabalhando no aterro controlado de Gericin&oacute;, que vai fechar at&eacute; o fim do ano. &ldquo;Ent&atilde;o est&aacute; no mesmo tr&acirc;mite que eu, daqui a pouco est&atilde;o na rua. O pessoal quase n&atilde;o tem mais acesso como tinha antes. Poucas fam&iacute;lias est&atilde;o sendo beneficiadas, porque est&aacute; indo tudo para [o aterro sanit&aacute;rio de] Serop&eacute;dica&rdquo;.</p> <p> Claudete reclama que falta apoio da prefeitura para trabalhar. &ldquo;Falta tudo, da estrutura do galp&atilde;o, maquin&aacute;rio, para a coleta seletiva. Tem muitas cooperativas que est&atilde;o na rua, tem muitas que est&atilde;o em galp&atilde;o alugado&rdquo;.</p> <p> A SEA anunciou que &ldquo;em breve&rdquo; ser&aacute; inaugurado o Polo de Reciclagem de Gramacho, que vai aproveitar a m&atilde;o de obra dos cerca de 400 catadores que atuavam no aterro controlado de Gramacho, fechado no ano passado.</p> <p class="rtecenter"> </p><p> <img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Infograficos/2013/Uma-montanha-de-problemas.png" style="width: 730px; height: 2560px;" /></p> <p class="rtecenter">&nbsp;</p> <p class="rtecenter">&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Marcos Chagas</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Agência Brasil aterros coleta seletiva embalagens latas de bebida Lixões matéria orgânica Meio Ambiente metais papelão plástico reciclagem resíduo sólido vidro Sun, 08 Sep 2013 13:38:14 +0000 carolinap 730161 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/