prefeitura de Sâo Paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/172756/all pt-br Fila de crianças à espera de vagas em creches municipais paulistanas chega a 127 mil https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-29/fila-de-criancas-espera-de-vagas-em-creches-municipais-paulistanas-chega-127-mil <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist729406/prev/ABR290813MCSP_2170.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Atualmente, cerca de 127 mil crian&ccedil;as esperam por vagas nas creches municipais da capital paulistana. A informa&ccedil;&atilde;o foi dada hoje (29), em audi&ecirc;ncia p&uacute;blica, pelo secret&aacute;rio de Educa&ccedil;&atilde;o do munic&iacute;pio, Cesar Callegari.</p> <p> Segundo ele, a prefeitura pretende criar, at&eacute; 2016, mais 150 mil vagas para a educa&ccedil;&atilde;o infantil (crian&ccedil;as com at&eacute; 5 anos) at&eacute; 2016. No entanto, um grupo de trabalho interinstitucional formado por representantes da Defensoria P&uacute;blica, do Minist&eacute;rio P&uacute;blico e de organiza&ccedil;&otilde;es n&atilde;o governamentais defende o oferecimento do mesmo n&uacute;mero de vagas somente para crian&ccedil;as com at&eacute; 3 anos.</p> <p>O assunto come&ccedil;ou a ser discutido nesta quinta-feira em audi&ecirc;ncia convocada pelo Tribunal de Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo no &acirc;mbito de duas a&ccedil;&otilde;es civis p&uacute;blicas que tramitam desde 2008. O objetivo da audi&ecirc;ncia p&uacute;blica &eacute; conciliar as propostas da prefeitura e do grupo de trabalho para construir um plano exequ&iacute;vel de expans&atilde;o das vagas nas creches municipais.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist729406/prev/ABR290813MCSP_2177.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: left;" />&quot;S&atilde;o a&ccedil;&otilde;es de grande amplitude que estavam na pauta para julgamento. Estamos enfrentando a quest&atilde;o [do d&eacute;ficit de vagas] em a&ccedil;&otilde;es individuais e sabemos que isso n&atilde;o resolve. D&aacute;-se uma liminar a uma crian&ccedil;a que estava em um ponto da fila, ela consegue a vaga, prejudicando a outra, que estava na expectativa&quot;, ressaltou o desembargador Samuel Alves de Melo.</p> <p> De acordo com Melo, a convoca&ccedil;&atilde;o de audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para tratamento de uma quest&atilde;o concreta como essa &eacute; in&eacute;dita no estado. &quot;Chegamos &agrave; conclus&atilde;o de que seria importante ouvir a sociedade, especialistas, representantes da Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o, para depois tentar uma concilia&ccedil;&atilde;o. As coisas n&atilde;o podem continuar do jeito que est&atilde;o, mas tamb&eacute;m n&atilde;o podemos ficar com promessas&quot;, afirmou o desembargador.</p> <p> A audi&ecirc;ncia de concilia&ccedil;&atilde;o est&aacute; marcada para a pr&oacute;xima segunda-feira (2). &quot;[Caso n&atilde;o se chegue a um consenso] vou proferir a minha senten&ccedil;a com base no processo e no que est&aacute; sendo discutido aqui&quot;, disse Melo.</p> <p> Sobre a proposta formulada pelo grupo de trabalho, o secret&aacute;rio Cesar Callegari destacou que, embora n&atilde;o conhe&ccedil;a os estudos que deram origem ao n&uacute;mero indicado pelas institui&ccedil;&otilde;es que o integram, considera &quot;muito ambiciosas&quot; as metas da prefeitura. Segundo Callegari, trata-se do maior programa de expans&atilde;o da educa&ccedil;&atilde;o infantil que o munic&iacute;pio j&aacute; teve. &quot;Representa um investimento de R$ 2,3 bilh&otilde;es. Se tivermos condi&ccedil;&otilde;es de aprender com as contribui&ccedil;&otilde;es que venham [da audi&ecirc;ncia p&uacute;blica] para que essas metas sejam superadas, o desejo do governo municipal, evidentemente, &eacute; avan&ccedil;ar&quot;, acrescentou.</p> <p> Salom&atilde;o Ximenes, advogado da organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental A&ccedil;&atilde;o Educativa, uma das entidades que entraram com a&ccedil;&atilde;o judicial contra a falta de vagas em creches, disse que o plano da prefeitura &eacute; insuficiente. &quot;O que o secret&aacute;rio trouxe foi um plano de governo com enfoque nos pr&oacute;ximos quatro anos. O que estamos propondo &eacute; que a administra&ccedil;&atilde;o municipal, neste di&aacute;logo com o Judici&aacute;rio, a sociedade civil e o Legislativo, apresente um plano de Estado para solu&ccedil;&atilde;o em m&eacute;dio prazo.&quot; A expectativa das organiza&ccedil;&otilde;es &eacute; o atendimento progressivo de toda a demanda potencial na cidade, estimada em 80% das crian&ccedil;as com at&eacute; 3 anos.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist729406/prev/ABR290813MCSP_2169.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />De acordo com o advogado da A&ccedil;&atilde;o Educativa, o n&uacute;mero proposto pelo grupo interinstitucional leva em conta o Plano Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o (PNE). &quot;Quando falamos em 150 mil at&eacute; 2016, imaginamos que vamos atingir um percentual de 50% de taxa de matr&iacute;cula l&iacute;quida, que j&aacute; era previsto no PNE em 2011. N&atilde;o &eacute; um n&uacute;mero criado. &Eacute; um patamar b&aacute;sico de atendimento com enfoque na legisla&ccedil;&atilde;o&quot;, explicou. O grupo formulou ainda dez pontos para o plano de expans&atilde;o das creches, que aborda temas como qualidade, monitoramento e or&ccedil;amento.</p> <p> Para a representante do Centro de Direitos Humanos e Educa&ccedil;&atilde;o Popular, Milena Mateuzi, toda a fam&iacute;lia sofre com o problema do d&eacute;ficit de vagas nas creches. &quot;Al&eacute;m dos preju&iacute;zos para a crian&ccedil;a, pois &eacute; um per&iacute;odo fundamental para a forma&ccedil;&atilde;o do sujeito, a falta de creche tem impacto em toda a fam&iacute;lia&quot;, disse Milena. Ela exemplificou com o caso de m&atilde;es que s&atilde;o impedidas de trabalhar e de jovens que abandonam os estudos para cuidar de irm&atilde;os mais novos. &quot;O direito &agrave; creche &eacute; um ponto crucial para romper com esse ciclo de reprodu&ccedil;&atilde;o da desigualdade&quot;, afirmou.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: N&aacute;dia Franco</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir a mat&eacute;ria, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> audiência pública creches municipais educação infantil falta de creches Justiça prefeitura de Sâo Paulo TJSP Thu, 29 Aug 2013 21:08:03 +0000 nfranco 729422 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/