correção da tabela https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/171652/all pt-br Defasagem na correção da tabela do IR pode chegar a 62% até o fim do ano, estima o Sindifisco https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-18/defasagem-na-correcao-da-tabela-do-ir-pode-chegar-62-ate-fim-do-ano-estima-sindifisco <p style="margin-bottom: 0cm">Daniel Lima<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Bras&iacute;lia - A defasagem entre a tabela do Imposto de Renda (IR) e a infla&ccedil;&atilde;o pode chegar a 62% at&eacute; o final de ano, segundo estimativas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional). A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; que a diferen&ccedil;a, neste momento, est&aacute; em torno de 60%, mas a infla&ccedil;&atilde;o, que ficou pr&oacute;ximo a zero em julho, dever&aacute; voltar a subir, como j&aacute; <a href="http://goo.gl/NPFuHj" target="_blank"><span style="text-decoration: none">admitiu o ministro da Fazenda, Guido Mantega</span></a>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">O Sindifisco Nacional apoia uma campanha para mobilizar e informar a popula&ccedil;&atilde;o sobre a necessidade de corre&ccedil;&atilde;o da tabela. A campanha Imposto Justo foi lan&ccedil;ada em maio e pretende convencer os congressistas a reduzir as injusti&ccedil;as fiscais provocadas pela n&atilde;o corre&ccedil;&atilde;o. Os interessados em participar devem preencher o formul&aacute;rio dispon&iacute;vel no <i>site</i> do Sindifisco Nacional, no endere&ccedil;o <span style="text-decoration: none"><a href="http://www.sindifisconacional.org.br/impostojusto">http://www.sindifisconacional.org.br/impostojusto</a>.</span></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Em 2013, a corre&ccedil;&atilde;o da tabela, estabelecida pelo governo, ficar&aacute; em 4,5%, que &eacute; o centro da meta da infla&ccedil;&atilde;o estabelecida pelo governo pelo &Iacute;ndice de Pre&ccedil;os ao Consumidor Amplo (IPCA). Acontece que a proje&ccedil;&atilde;o de analistas de institui&ccedil;&otilde;es financeiras&nbsp; para a infla&ccedil;&atilde;o medida tamb&eacute;m pelo IPCA est&aacute; em 5,75%, segundo pesquisa do Banco Central (BC).</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;Era para ser 4,5%, que &eacute; o centro da meta estabelecida pelo governo. Mas, como a infla&ccedil;&atilde;o est&aacute; acima disso, estimo que em torno de 6,5% ou seis e qualquer coisa [para este ano], aquilo que era 60% ir&aacute; para 61% a 62%&rdquo;, avaliou para a <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b> &Aacute;lvaro Luchiezi, gerente de Estudos T&eacute;cnicos do Sindifisco Nacional. Se isso for confirmado, os contribuintes continuar&atilde;o a pagar mais impostos, principalmente a maioria dos assalariados.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A tabela do IR j&aacute; vinha sendo corrigida em 4,5% desde 2007 e a previs&atilde;o era acabar com a utiliza&ccedil;&atilde;o desse &iacute;ndice em 2010. No in&iacute;cio de 2011, no entanto, por meio da <a href="http://goo.gl/dgBd5v" target="_blank"><span style="text-decoration: none">Medida Provis&oacute;ria 528</span></a>, o governo resolveu aplicar o mesmo percentual at&eacute; 2014.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">De acordo com o Secret&aacute;rio da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, no momento, esse &eacute; o percentual que est&aacute; valendo e n&atilde;o existe previs&atilde;o de mudan&ccedil;a. &ldquo;A tabela j&aacute; est&aacute; corrigida para o pr&oacute;ximo ano. No momento, n&atilde;o temos nenhum estudo para isso [corre&ccedil;&atilde;o da tabela]. Fica nos 4,5%, como previsto. Por enquanto, n&atilde;o temos nenhuma demanda sobre simula&ccedil;&otilde;es, nem pr&oacute;pria nem de outros setores, disse &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A proposta do Sindifisco Nacional &eacute; que a corre&ccedil;&atilde;o da tabela do IR seja atrelada &agrave; evolu&ccedil;&atilde;o de renda do trabalhador. Entraria no c&aacute;lculo, por exemplo, o rendimento m&eacute;dio mensal das pessoas com dez anos de idade ou mais, obtido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios (Pnad), por exemplo.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;O objetivo &eacute; entrar com um projeto de lei, assinado por alguns parlamentares, que trate da corre&ccedil;&atilde;o gradativa da tabela do Imposto de Renda. Como &eacute; um &iacute;ndice oficial do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica], n&oacute;s pretendemos incluir na f&oacute;rmula oficial de corre&ccedil;&atilde;o da tabela&rdquo;, defendeu o presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Segundo ele, como a tabela trata de Imposto de Renda, n&atilde;o se deve deix&aacute;-la atrelada a qualquer &iacute;ndice inflacion&aacute;rio, mas sim ao rendimento m&eacute;dio do trabalhador assalariado. &ldquo;Al&eacute;m disso, na proposta est&atilde;o inclu&iacute;das algumas dedu&ccedil;&otilde;es, como por exemplo, alugu&eacute;is e juros da casa pr&oacute;pria&rdquo;.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Para dimensionar o preju&iacute;zo dos assalariados com a n&atilde;o corre&ccedil;&atilde;o da tabela, o presidente do Sindifisco Nacional explicou que o contribuinte que, em 1996, ganhava nove sal&aacute;rios m&iacute;nimos, era isento do Imposto de Renda. Agora, informou, quem ganha 2,5 sal&aacute;rios &eacute; obrigado a pagar. A explica&ccedil;&atilde;o &eacute; que a n&atilde;o corre&ccedil;&atilde;o da tabela fez com que v&aacute;rias pessoas que estavam isentas, por causa da renda baixa, fossem paulatinamente ingressando na condi&ccedil;&atilde;o de contribuinte.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;S&atilde;o pessoas que efetivamente n&atilde;o t&ecirc;m condi&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;mica para pagar o imposto de renda. A n&atilde;o corre&ccedil;&atilde;o faz com que as pessoas paguem mais do que deveriam pagar, principalmente os trabalhadores&rdquo;, concluiu.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Em contrapartida, Delarue defende o fim da isen&ccedil;&atilde;o da cobran&ccedil;a de Impostos de Renda na distribui&ccedil;&atilde;o de lucros e dividendos para pessoas jur&iacute;dicas. &ldquo;&Eacute; uma quest&atilde;o de justi&ccedil;a fiscal e n&oacute;s defendemos que seja um rendimento tributado&rdquo;, destacou para a <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Ele lembra que essa tributa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seria uma coisa indiscriminada. O peso maior do imposto seria para quem ganha acima de R$ 240 mil por ano, preservando os pequenos e m&eacute;dios empres&aacute;rios, mas incidindo mais nos grandes, &ldquo;que hoje, praticamento, n&atilde;o pagam nada&rdquo;.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Leonor Maria da Silva, funcion&aacute;ria p&uacute;blica federal, disse que o governo deveria ser mais &ldquo;male&aacute;vel&rdquo; com os contribuintes. &ldquo;Para ter algum desconto, tem que ter gastos com sa&uacute;de e &eacute; o que a gente menos quer, que &eacute; ter que gastar justamente com sa&uacute;de para ter direito a dedu&ccedil;&otilde;es. Caso contr&aacute;rio, na hora de declarar, l&aacute; vem a bordoada&rdquo;, reclamou.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Alberto N&oacute;brega, assessor parlamentar da C&acirc;mara dos Deputados, acha que chegou a hora de o governo encontrar uma alternativa melhor para n&atilde;o pesar tanto no bolso do cidad&atilde;o. Ele destacou que o trabalhador, no final das contas, &eacute; quem leva a pior. J&aacute; El&iacute;sia Correia Lima, empregada de empresa p&uacute;blica, acha que a tabela deveria, no m&iacute;nimo, acompanhar a infla&ccedil;&atilde;o, porque a defasagem corr&oacute;i os ganhos dos assalariados. &ldquo;Do jeito que est&aacute; &eacute; um preju&iacute;zo para n&oacute;s. N&atilde;o &eacute; justo&rdquo;.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: </em><em>Davi Oliveira</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;</em><em><i> </i></em><strong><i>Ag&ecirc;ncia Brasil</i></strong></p> correção da tabela defasagem imposto de renda IPCA MP 538 Nacional Pnad receita federal Sindifisco Nacional Sun, 18 Aug 2013 20:25:51 +0000 davi.oliveira 728353 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/