protesto de universitários https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/171440/all pt-br Universitários fazem ato contra repressão de manifestações em São Paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-15/universitarios-fazem-ato-contra-repressao-de-manifestacoes-em-sao-paulo <p>Daniel Mello<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Estudantes de universidades p&uacute;blicas fizeram na noite de hoje (15) um protesto contra a repress&atilde;o policial, especialmente a manifesta&ccedil;&otilde;es. Cerca de 100 pessoas, segundo a Pol&iacute;cia Militar (PM), sa&iacute;ram da Pra&ccedil;a da S&eacute;, centro da capital paulista, e foram at&eacute; a Pra&ccedil;a Roosevelt, onde os manifestantes fizeram uma assembleia para discutir a situa&ccedil;&atilde;o dos estudantes processados ou sob amea&ccedil;a de sofrer a&ccedil;&otilde;es judiciais por participar de protestos.</p> <p> A reintegra&ccedil;&atilde;o de posse da reitoria da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no dia 17 de julho, foi um dos principais incidentes que levaram &agrave; mobiliza&ccedil;&atilde;o dos manifestantes. Na ocasi&atilde;o, 118 estudantes que ocuparam o pr&eacute;dio por um dia foram encaminhados &agrave; delegacia ap&oacute;s o cumprimento da ordem judicial pela Tropa de Choque. O mobili&aacute;rio do edif&iacute;cio, que fica no centro de S&atilde;o Paulo, acabou danificado. Os estudantes atribu&iacute;ram os danos &agrave; pol&iacute;cia, o que foi negado pelo comando da PM.</p> <p> Membro do Diret&oacute;rio Central dos Estudantes (DCE) da Unesp e que estava na ocupa&ccedil;&atilde;o da reitoria, Pedro Bernardes disse que os estudantes haviam feito uma barricada com os m&oacute;veis. Segundo ele, a Tropa de Choque causou os danos para poder entrar no pr&eacute;dio, inclusive quebrando uma porta. &ldquo;A gente tem 40 horas de grava&ccedil;&atilde;o da M&iacute;dia Ninja que estava com a gente. Tem a pol&iacute;cia jogando os m&oacute;veis&rdquo;, disse o aluno de educa&ccedil;&atilde;o musical. A&nbsp; M&iacute;dia Ninja &eacute; um coletivo de jornalismo que produz e distribui imagens.</p> <p> A ocupa&ccedil;&atilde;o ocorreu depois de dias de negocia&ccedil;&atilde;o entre a Unesp e os alunos, que querem mais participa&ccedil;&atilde;o no conselho universit&aacute;rio e medidas de perman&ecirc;ncia estudantil, como restaurante subsidiado. Atualmente, o conselho, que toma as decis&otilde;es na universidade, &eacute; formado por 70% de professores, 15% de estudantes e 15% de funcion&aacute;rios. &ldquo;N&atilde;o h&aacute; democracia nas inst&acirc;ncias deliberativas da universidade&rdquo;, reclama Bernardes.</p> <p> Atualmente a Unesp enfrenta uma greve de 11% de seus funcion&aacute;rios, segundo balan&ccedil;o da pr&oacute;pria institui&ccedil;&atilde;o. S&atilde;o 829 servidores parados e tamb&eacute;m greves estudantis. O <em>campus</em> de Araraquara, no interior paulista, enfrenta uma paralisa&ccedil;&atilde;o dos alunos de letras e ci&ecirc;ncias sociais. Em Bauru, al&eacute;m da greve dos estudantes, o restaurante universit&aacute;rio est&aacute; ocupado. Em Franca, os grevistas ocuparam as salas da diretoria.</p> <p> Apesar de ter sido levados &agrave; delegacia, os alunos presos na ocupa&ccedil;&atilde;o da Unesp em julho n&atilde;o respondem a processo, diferentemente do que ocorreu com os estudantes que ocuparam a diretoria acad&ecirc;mica da Universidade Federal de S&atilde;o Paulo (Unifesp) em Guarulhos, na Grande S&atilde;o Paulo. No dia 14 de junho, 22 alunos que participaram da ocupa&ccedil;&atilde;o na institui&ccedil;&atilde;o federal foram autuados por dano qualificado e forma&ccedil;&atilde;o de quadrilha.</p> <p> Al&eacute;m das medidas de perman&ecirc;ncia estudantil, os estudantes da Unifesp queriam aprimoramento da infraestrutura da institui&ccedil;&atilde;o. Segundo a estudante de ci&ecirc;ncias sociais, Monique Lupi, que participou da ocupa&ccedil;&atilde;o, parte dos alunos tem aulas em um centro educacional unificado (CEU). &ldquo;Desde 2007 o nosso pr&eacute;dio oficial n&atilde;o existe. A gente ocupa as salas do CEU da prefeitura que fica do lado da universidade&rdquo;, reclama.</p> <p> De acordo com Monique, a maior parte dos processados recusou a transa&ccedil;&atilde;o penal, acordo proposto pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico para interromper a a&ccedil;&atilde;o penal. &ldquo;Foi proposto para a gente o pagamento de R$ 400 ou trabalho volunt&aacute;rio. E a gente recusou assumir a culpa, sendo que a universidade n&atilde;o assumiu nada em rela&ccedil;&atilde;o a nossa pauta&rdquo;.<br /> &nbsp;<br /> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> manifestação Nacional polícia militar em são paulo protesto protesto de universitários repressão da polícia universitários Fri, 16 Aug 2013 01:33:55 +0000 fabio.massalli 728234 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/