Jornada Mundial da Juventuda https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/168687/all pt-br Igreja mudou desde a primeira JMJ e deve buscar agenda social, diz cientista político https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-21/igreja-mudou-desde-primeira-jmj-e-deve-buscar-agenda-social-diz-cientista-politico <p><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Banners e selos/JMJ2013-banner-730-150.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p> Cristina Indio do Brasil<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; No per&iacute;odo entre a primeira Jornada Mundial da Juventude (JMJ), criada em 1995 pelo papa Jo&atilde;o Paulo II, e a que come&ccedil;a na semana que vem no Rio de Janeiro, houve mudan&ccedil;as na Igreja Cat&oacute;lica no Brasil, entre elas a redu&ccedil;&atilde;o no n&uacute;mero de fi&eacute;is. A avalia&ccedil;&atilde;o &eacute; do professor e pesquisador do Departamento de Ci&ecirc;ncias Sociais da Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC) do Rio de Janeiro, Ricardo Ismael.</p> <p> &quot;Hoje a Igreja Cat&oacute;lica tem uma disputa maior. Outras op&ccedil;&otilde;es religiosas avan&ccedil;aram no Brasil e essa diversidade religiosa &eacute; natural. A conviv&ecirc;ncia entre as religi&otilde;es &eacute; o que deve acontecer. A Igreja Cat&oacute;lica, no Brasil, vive uma realidade diferente do que era h&aacute; 20 anos, quando o n&uacute;mero de adeptos era muito maior&quot;, analisou.</p> <p> Para o professor, v&aacute;rios fatos importantes marcaram o per&iacute;odo, desde a elei&ccedil;&atilde;o do presidente norte-americano Barack Obama, at&eacute; a falta de solu&ccedil;&atilde;o para a pobreza extrema no mundo. &quot;H&aacute; ainda milhares de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia. &Eacute; evidente que a agenda social que ainda n&atilde;o avan&ccedil;ou &eacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o s&oacute; para a Igreja Cat&oacute;lica como para os governantes do mundo. Neste momento em que o papa chega ao Brasil e, certamente, depois de suceder Bento XVI, que era de uma ala mais conservadora, a grande expectativa &eacute; que a Igreja abrace uma agenda mais voltada para as quest&otilde;es sociais&quot;, explicou.</p> <p> O cientista pol&iacute;tico acredita que a vinda do papa pode estabelecer uma nova agenda, com foco nas quest&otilde;es sociais. &quot;Se ele fizer isso, vai contribuir muito n&atilde;o s&oacute; para o que ainda precisa ser resolvido no Brasil, como em outras partes do mundo, que s&atilde;o muito esquecidas nos debates. A elei&ccedil;&atilde;o do papa Francisco, que tinha um trabalho nas periferias da Argentina, aponta para a ideia de [a Igreja] se aproximar mais das popula&ccedil;&otilde;es e dos setores mais pobres da economia&quot;, avaliou.</p> <p> Para o pesquisador, h&aacute; uma coincid&ecirc;ncia no per&iacute;odo da vinda do papa Francisco para a JMJ e as manifesta&ccedil;&otilde;es populares que come&ccedil;aram em junho no Brasil, com forte presen&ccedil;a de jovens que cobram dos governantes a&ccedil;&otilde;es concretas para melhoria nos servi&ccedil;os p&uacute;blicos e combate &agrave; corrup&ccedil;&atilde;o. &quot;&Eacute; evidente que essa &eacute; uma quest&atilde;o interna do Brasil e o papa n&atilde;o pode resolver este problema. O papa tem um trabalho na periferia de Buenos Aires, que faz com que ele possa dialogar com os setores mais progressistas e preocupados com a quest&atilde;o social no Brasil. Entendo que &eacute; uma primeira visita e que a principal raz&atilde;o da vinda dele &eacute; o encontro mundial da juventude, provavelmente, deve ter uma mensagem aos jovens. Em raz&atilde;o das manifesta&ccedil;&otilde;es no Brasil terem se iniciado com os jovens, que est&atilde;o reivindicando um pa&iacute;s melhor, n&atilde;o vejo dificuldade de ele falar para esses jovens&quot;, contou.</p> <p> Para o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, a vinda do papa &eacute; um momento hist&oacute;rico para o Brasil e para o Rio de Janeiro. Segundo ele, as jornadas t&ecirc;m ajudado os jovens a se tornarem protagonistas em todos os lugares do mundo. &quot;Tenho certeza que vai continuar ajudando muito os jovens a constru&iacute;rem um mundo melhor&quot;, completou.</p> <p> Tempesta tamb&eacute;m observa uma concord&acirc;ncia entre os objetivos da JMJ e as manifesta&ccedil;&otilde;es no Brasil. &quot;Dentro do plano de Deus podemos ver que tamb&eacute;m a Igreja quer construir um mundo mais justo, mais humano, mais fraterno, baseado em pessoas que amam o pr&oacute;ximo e querem perdoar e n&atilde;o ter rancor. &Eacute; um trabalho muito bonito que a jornada e o papa trazem. &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Denise Griesinger</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave;<strong><em> Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong><br /> &nbsp;</p> Departamento de Ciências Sociais da PUC do Rio de Janeiro Igreja Católica no Brasil João Paulo II Jornada Mundial da Juventuda Nacional número de fiéis Ricardo Ismael Sun, 21 Jul 2013 18:38:41 +0000 deniseg 726116 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/