impasse entre a direção do hospital https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/168514/all pt-br Com greve de médicos, moradores de Caraguatatuba têm que buscar hospitais das cidades vizinhas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-18/com-greve-de-medicos-moradores-de-caraguatatuba-tem-que-buscar-hospitais-das-cidades-vizinhas <p>Elaine Patricia Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; A greve dos m&eacute;dicos da Casa de Sa&uacute;de Stella Maris, em Caraguatatuba, litoral norte do estado, j&aacute; completa uma semana. Os profissionais pararam por falta de pagamento e por desentendimentos entre a dire&ccedil;&atilde;o do hospital e a prefeitura. O hospital s&oacute; tem atendido pacientes de conv&ecirc;nios. Com isso, muitos moradores t&ecirc;m que buscar atendimento nos hospitais da regi&atilde;o, pois o Stella Maris &eacute; a &uacute;nica unidade de sa&uacute;de da cidade que atende a casos de m&eacute;dia e alta complexidade, segundo a prefeitura.</p> <p> &ldquo;A greve fez com que a Secretaria de Sa&uacute;de encaminhasse os casos de cirurgias e interna&ccedil;&otilde;es de m&eacute;dia e alta complexidade para os hospitais refer&ecirc;ncia da regi&atilde;o. A porta de entrada para urg&ecirc;ncia e emerg&ecirc;ncia &eacute; o Pronto-Socorro Municipal&rdquo;, informou a prefeitura &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> Desde a &uacute;ltima sexta-feira (12), por meio do Decreto 92, a prefeitura declarou estado de calamidade p&uacute;blica e de emerg&ecirc;ncia, primeiro passo para tentar na Justi&ccedil;a o comando da unidade de sa&uacute;de. Com o decreto, a prefeitura entrou na &uacute;ltima segunda-feira (15) com um pedido de interven&ccedil;&atilde;o judicial no hospital. Caso o pedido seja atendido pela Justi&ccedil;a, &ldquo;toda a atual equipe de funcion&aacute;rios e administradores ser&aacute; dissolvida&rdquo;, informou a prefeitura.</p> <p> De acordo com Tarcisio Rodolfo Soares, advogado do hospital, o problema teve in&iacute;cio quando a prefeitura decidiu retirar o servi&ccedil;o de pronto-socorro do Stella Maris e os reduziu o repasse de recursos. &ldquo;Quando houve a sa&iacute;da do pronto-socorro, a prefeitura n&atilde;o criou um novo pronto-socorro, mas uma UPA, que &eacute; uma Unidade de Pronto-Atendimento, que atende pequenos problemas, como resfriados. Ela [prefeitura] tirou todo o servi&ccedil;o e todo o valor que era de custeio [do pronto-socorro], mas deixou praticamente todo o servi&ccedil;o aqui [para o hospital]. O hospital tem que manter equipe de retaguarda e de plant&atilde;o para atender as urg&ecirc;ncias e emerg&ecirc;ncias do munic&iacute;pio. Quando ela [prefeitura] inaugurou a UPA, tirou todo nosso recurso financeiro, causando desequil&iacute;brio total no hospital&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> Segundo o advogado, a situa&ccedil;&atilde;o se agravou porque o hospital n&atilde;o teve como pagar os plant&otilde;es dos m&eacute;dicos. &ldquo;Os m&eacute;dicos pararam porque n&atilde;o receberam [pagamento dos plant&otilde;es]. E n&atilde;o temos como pag&aacute;-los. Hoje, o atendimento da popula&ccedil;&atilde;o de conv&ecirc;nios [planos de sa&uacute;de] est&aacute; sendo feito [no Hospital Stella Maris]. J&aacute; a rede p&uacute;blica tem a UPA e os hospitais da regi&atilde;o&rdquo;.</p> <p> O maior impasse envolve o valor repassado pela prefeitura para custear os atendimentos do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). Para o hospital, o m&iacute;nimo necess&aacute;rio &eacute; R$ 1,1 milh&atilde;o, enquanto a &uacute;ltima oferta da prefeitura foi R$ 918 mil.</p> <p>&ldquo;H&aacute; uma semana veio uma proposta da prefeitura de o estado entrar com [o pagamento de] R$ 718 mil para novos servi&ccedil;os e a prefeitura pagaria mais R$ 200 mil&rdquo;, explicou Tarc&iacute;sio. O advogado informou que a d&iacute;vida atual chega a R$ 4,4 milh&otilde;es, segundo ele, provocada &ldquo;pelo n&atilde;o pagamento&rdquo; da prefeitura desde fevereiro.</p> <p>A prefeitura contesta a d&iacute;vida. &ldquo;A Casa de Sa&uacute;de Stella Maris alegou que h&aacute; uma d&iacute;vida acumulada desde fevereiro deste ano, no valor de R$ 4 milh&otilde;es, na qual, a Secretaria Municipal de Sa&uacute;de afirmou n&atilde;o ter havido apresenta&ccedil;&atilde;o de qualquer documento que provasse a exist&ecirc;ncia desta d&iacute;vida&rdquo;, informou por meio de nota.</p> <p> O advogado do hospital diz que est&aacute; enfrentando dificuldades para negociar com a prefeitura. &ldquo;Estamos buscando essa solu&ccedil;&atilde;o. O objetivo do hospital &eacute; resolver essa situa&ccedil;&atilde;o. Queremos prestar os servi&ccedil;os e receber pelos servi&ccedil;os prestados&rdquo;, disse. J&aacute; a prefeitura alega que &ldquo;jamais fechou as portas para um di&aacute;logo com os gestores da Santa Casa&rdquo;.</p> <p>Duas audi&ecirc;ncias foram feitas, mas n&atilde;o houve acordo. A prefeitura informou que aguarda a decis&atilde;o do juiz sobre o processo de interven&ccedil;&atilde;o.<br /> &nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p> <i>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></i></p> Agência Brasil apcientes Caraguatatuba Casa de Saúde Stella Maris casos de média e alta complexidade falta de pagamento greve de médicos hospitais das cidades viznhas impasse entre a direção do hospital intervenção moradores planos de saúde prefeitura Saúde Thu, 18 Jul 2013 23:37:51 +0000 carolinap 725976 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/