baixo perfil de qualificação https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/166830/all pt-br Em torneio internacional, especialista defende estímulo ao ensino profissional no Brasil https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-07-03/em-torneio-internacional-especialista-defende-estimulo-ao-ensino-profissional-no-brasil <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/Crian%C3%A7as%20acompanham%20evento%202.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Gilberto Costa*<br /> <em>Enviado especial da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> Leipzig (Alemanha) &ndash; Uma cena comum no primeiro dia da WorldSkills Competition 2013 foi ver adolescentes alem&atilde;es percorrendo os diversos pavilh&otilde;es do centro de conven&ccedil;&otilde;es de Leipzig (Leste da Alemanha, regi&atilde;o da Sax&ocirc;nia) onde ocorrem as provas do torneio mundial de educa&ccedil;&atilde;o profissional.</p> <p> A cena se explica pela import&acirc;ncia que tem na Alemanha a forma&ccedil;&atilde;o profissionalizante. Metade dos jovens que conclue o ensino m&eacute;dio v&atilde;o para escolas t&eacute;cnicas que oferecem forma&ccedil;&atilde;o em cerca de 350 ocupa&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Eles [os alem&atilde;es] percebem a feira de educa&ccedil;&atilde;o profissional como uma oportunidade para despertar nos jovens interesse profissional. N&atilde;o temos isso no Brasil&rdquo;, comenta Jos&eacute; Lu&iacute;s Leit&atilde;o, respons&aacute;vel t&eacute;cnico pela equipe brasileira que participa da competi&ccedil;&atilde;o e com experi&ecirc;ncia na prepara&ccedil;&atilde;o de equipes para competi&ccedil;&otilde;es de conhecimento.</p> <p> O especialista admite que no Brasil h&aacute; preconceito com as profiss&otilde;es que exigem trabalho manual, o que explica menores sal&aacute;rios e baixo perfil de qualifica&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A quest&atilde;o cultural vai at&eacute; na aceita&ccedil;&atilde;o da palavra. Muitas das profiss&otilde;es que terminam em &#39;eiro&#39;, como pedreiro, marceneiro ou ladrilheiro, n&atilde;o t&ecirc;m uma aceita&ccedil;&atilde;o muito boa. Se [em vez de dizer pedreiro], eu disser t&eacute;cnico em edifica&ccedil;&otilde;es, muda tudo&rdquo;, ressaltou.</p> <p> Conforme divulgado pela Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Ind&uacute;stria (CNI), entidade brasileira, a educa&ccedil;&atilde;o favorece que a Alemanha tenha um dos mais baixos &iacute;ndices de<a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-07-01/desemprego-na-europa-tem-ligeira-baixa-mas-sobe-na-zona-do-euro"> desemprego</a> na Europa entre jovens (at&eacute; 25 anos) e seja uma economia exportadora de produtos de alto valor agregado &ndash; o com&eacute;rcio com o Brasil, por exemplo, notabiliza-se pela venda de m&aacute;quinas, ve&iacute;culos e produtos qu&iacute;micos e farmac&ecirc;uticos e pela compra de produtos b&aacute;sicos como min&eacute;rio, caf&eacute; e especiarias, segundo dados do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior.</p> <p> Conforme Leit&atilde;o, &ldquo;o interesse pela educa&ccedil;&atilde;o profissional n&atilde;o se faz do dia para a noite. Isso &eacute; uma cultura&rdquo;. O Brasil sediar&aacute; a pr&oacute;xima edi&ccedil;&atilde;o da WorldSkills Competition 2015, em S&atilde;o Paulo. &ldquo;A miss&atilde;o da organiza&ccedil;&atilde;o [do evento] &eacute; esta: trazer o interesse da educa&ccedil;&atilde;o profissional para os pa&iacute;ses&rdquo;, explicou, ao salientar que apesar do interesse ainda incipiente, o Brasil &ldquo;n&atilde;o fica a reboque&rdquo; dos concorrentes.</p> <p> Para a edi&ccedil;&atilde;o de agosto de 2015, o Brasil prop&ocirc;s a inclus&atilde;o de prova para uma nova profiss&atilde;o: desenvolvedor de aplicativos para tecnologias m&oacute;veis (como<em> tablets</em> e celulares). &ldquo;N&oacute;s j&aacute; dominamos essa tecnologia no Brasil&rdquo;, avalia Leit&atilde;o. Segundo ele, a proposta, que est&aacute; em discuss&atilde;o, foi apoiada de imediato por 12 dos 53 pa&iacute;ses participantes do evento.</p> <p> Avalia&ccedil;&atilde;o feita pelo Servi&ccedil;o Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) &eacute; que a educa&ccedil;&atilde;o profissional no Brasil ajuda na ascens&atilde;o social dos alunos. O sal&aacute;rio inicial das 21 profiss&otilde;es mais demandadas &eacute; pr&oacute;ximo de R$ 2 mil (cerca de tr&ecirc;s vezes o sal&aacute;rio m&iacute;nimo) e os profissionais com dez anos de carreira chegam a ganhar R$ 5,7 mil. Apesar do efeito de mobilidade social, apenas 6,6% dos jovens brasileiros est&atilde;o matriculados em cursos de educa&ccedil;&atilde;o profissional.</p> <p> O Mapa do Trabalho Industrial, elaborado pela Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Ind&uacute;stria (CNI), calcula que entre 2012 e 2015 o Brasil ir&aacute; precisar de 7,2 milh&otilde;es de pessoas com forma&ccedil;&atilde;o em 177 ocupa&ccedil;&otilde;es diferentes.</p> <p> <em>* O rep&oacute;rter viajou a convite da CNI</em><br /> &nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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