profissão de homem https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/163806/all pt-br Maioria dos estudantes paulistanos acredita que existe profissão de homem e de mulher https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-06/maioria-dos-estudantes-paulistanos-acredita-que-existe-profissao-de-homem-e-de-mulher <p>Mariana Tokarnia<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Existe profiss&atilde;o de homem e de mulher? A maioria dos estudantes do 3&ordm; ano das escolas p&uacute;blicas da cidade de S&atilde;o Paulo respondeu que sim. O resultado faz parte de um trabalho feito pela organiza&ccedil;&atilde;o A&ccedil;&atilde;o Educativa com cerca de 500 alunos, em que 80% deles responderam afirmativamente &agrave; quest&atilde;o, mostrando que os valores de g&ecirc;nero norteiam as escolhas profissionais dos jovens.</p> <p> A assessora do Programa Juventude da A&ccedil;&atilde;o Educativa, Raquel Souza, que faz parte do projeto, diz que os motivos das respostas variam. Alguns estudantes acham que mulheres t&ecirc;m caracter&iacute;sticas que favorecem o desempenho delas em profiss&otilde;es de cuidado, j&aacute; os homens estariam mais aptos ao racioc&iacute;nio e a atividades que demandam vigor f&iacute;sico. Outra justificativa &eacute; a autoridade que exigem carreiras como engenharia civil. Alguns dos estudantes disseram que uma mulher engenheira n&atilde;o seria obedecida pela maioria dos empregados, que &eacute; de homens.&nbsp;</p> <p> &quot;Mesmo que as coisas tenham mudado muito nas rela&ccedil;&otilde;es de g&ecirc;nero e mesmo que as mulheres ocupem posi&ccedil;&otilde;es de poder, ainda h&aacute; um estere&oacute;tipo em rela&ccedil;&atilde;o a qual lugar as mulheres deveriam ou estariam mais aptas a ocupar&quot;, diz Raquel.</p> <p> Outra quest&atilde;o observada pela assessora &eacute; a de que as profiss&otilde;es &quot;femininas&quot; t&ecirc;m menos prest&iacute;gio que as &quot;masculinas&quot;. Ela utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios (Pnad) para mostrar que, em dez anos, a quantidade de mulheres em profiss&otilde;es como as engenharias e a computa&ccedil;&atilde;o aumentou, mas o n&uacute;mero de homens pedagogos ou assistentes sociais, n&atilde;o. &quot;Isso porque as carreiras e as profiss&otilde;es historicamente dedicadas aos homens se abriram para as mulheres, mas as carreiras das mulheres continuam desacreditadas e desvalorizadas. Para os homens, dedicar-se a essas carreiras significa perder poder e perder recursos&quot;, explica.</p> <p> Mesmo dentro das profiss&otilde;es, os cargos com maior remunera&ccedil;&atilde;o s&atilde;o ocupados majoritariamente pelos homens. Al&eacute;m disso, h&aacute; a distin&ccedil;&atilde;o racial. Os dados apresentados por Raquel mostram que 81% dos professores s&atilde;o mulheres. Desses, nos anos iniciais da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, etapa com menor remunera&ccedil;&atilde;o, das professoras brancas, 73% lecionam nessa etapa. Das professoras negras, 84,2%. J&aacute; no ensino m&eacute;dio e superior, etapas com maior remunera&ccedil;&atilde;o, cerca de 70% dos professores brancos e negros lecionam nelas.</p> <p> Os dados foram apresentados hoje (6) no 1&ordm; Semin&aacute;rio Nacional de Pol&iacute;ticas para Jovens Mulheres. O semin&aacute;rio re&uacute;ne gestoras dos estados e munic&iacute;pios e representantes de movimentos sociais com o objetivo de discutir a implementa&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;ticas voltadas para mulheres de 15 a 29 anos.</p> <p> Para a coordenadora da Diversidade da Secretaria de Pol&iacute;ticas para as Mulheres da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, Lurdinha Rodrigues, o desafio da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; apenas um que as mulheres dessa faixa et&aacute;ria no Brasil enfrentam. &quot;H&aacute; uma preocupa&ccedil;&atilde;o no enfrentamento &agrave; viol&ecirc;ncia, no fortalecimento das mulheres na educa&ccedil;&atilde;o, no mercado de trabalho, na inser&ccedil;&atilde;o em carreiras, inser&ccedil;&atilde;o em renda, no trabalho, no emprego, al&eacute;m de quest&otilde;es na sa&uacute;de que envolvem direitos sexuais e de g&ecirc;nero&quot;, diz.</p> <p> A secret&aacute;ria adjunta da Secretaria Nacional da Juventude da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, &Acirc;ngela Guimar&atilde;es, explica que a a&ccedil;&atilde;o do governo tem sido a de fazer &quot;inser&ccedil;&otilde;es&quot; nas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas existentes para que elas atendam ao p&uacute;blico espec&iacute;fico das mulheres jovens. &quot;Temos um largo conjunto de pol&iacute;ticas sociais que tanto atendem aos jovens em geral, que n&atilde;o d&atilde;o conta da especificidade de g&ecirc;nero, quanto atendem &agrave;s mulheres em geral, que n&atilde;o d&atilde;o conta da especificidade geracional&quot;, diz, &quot;A gente tem feito inser&ccedil;&otilde;es nas pol&iacute;ticas existentes&quot;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir o material &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> Educação engenheiro ensino médio estudantes professores profissão profissão de homem profissão de mulher são paulo Fri, 07 Jun 2013 01:12:09 +0000 fabio.massalli 722448 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/