doação de óvulos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/161272/all pt-br Novas regras para reprodução assistida podem ser usadas por casais homoafetivos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-08/novas-regras-para-reproducao-assistida-podem-ser-usadas-por-casais-homoafetivos <p>Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - As <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-08/mulheres-so-receberao-doacao-de-ovulos-ate-os-50-anos">novas regras sobre reprodu&ccedil;&atilde;o assistida</a> no pa&iacute;s deixam claro que o tratamento pode ser utilizado por casais homoafetivos. A resolu&ccedil;&atilde;o que definia as normas para o procedimento, criada em 1992 e revisada h&aacute; tr&ecirc;s anos, definia apenas que &quot;qualquer pessoa&quot; poderia ser submetida.</p> <p> A comiss&atilde;o formada por seis especialistas do Conselho Federal de Medicina (CFM) reconheceu que o termo abriu possibilidade para muitas interpreta&ccedil;&otilde;es e limitou as chances para esses casais.&nbsp; &quot;Agora est&aacute; claro o direito dos casais homoafetivos&quot;, garantiu Jos&eacute; Hiran Gallo, coordenador da C&acirc;mara T&eacute;cnica de Reprodu&ccedil;&atilde;o Assistida do CFM</p> <p> A garantia ao procedimento vai esbarrar apenas no que a comiss&atilde;o definiu como &quot;direito da obje&ccedil;&atilde;o de consci&ecirc;ncia do m&eacute;dico&rdquo;. Carlos Vital, vice-presidente do CFM, garante que essa condi&ccedil;&atilde;o &eacute; submetida a qualquer caso e que n&atilde;o h&aacute; qualquer apologia &agrave; homofobia no texto.</p> <p> &quot;S&atilde;o circunst&acirc;ncias que podem entrar na esfera da consci&ecirc;ncia e o m&eacute;dico pode n&atilde;o querer participar. Inclu&iacute;mos essa possibilidade no sentido de enfatizar que, da mesma forma que em outros casos, o m&eacute;dico pode optar neste tamb&eacute;m. Mas, n&atilde;o estamos alegando que &eacute; pela homoafetividade&quot;, explicou, destacando que a novidade responde a uma demanda da sociedade moderna.</p> <p> No caso de duas mulheres, a reprodu&ccedil;&atilde;o pode ser feita a partir da insemina&ccedil;&atilde;o de uma delas ou por gesta&ccedil;&atilde;o compartilhada, quando o &oacute;vulo de uma delas &eacute; inseminado e introduzido na outra. Para um casal de dois homens, o &oacute;vulo de uma doadora &eacute; inseminado com o s&ecirc;men de um dos parceiros e transferido para o corpo de uma pessoa da fam&iacute;lia. At&eacute; a &uacute;ltima vers&atilde;o da resolu&ccedil;&atilde;o, de 2010, o grau de parentesco em que se permitia esse procedimento, conhecido como &quot;&uacute;tero de substitui&ccedil;&atilde;o&quot; era o de segundo grau. Com a nova edi&ccedil;&atilde;o das regras, o casal pode transferir at&eacute; para primas e tias, al&eacute;m de irm&atilde;s e av&oacute;s.</p> <p> As novas regras, que passam a valer a partir de amanh&atilde; (9), tamb&eacute;m autorizam o descarte de embri&otilde;es que est&atilde;o nas clinicas de reprodu&ccedil;&atilde;o assistida e que n&atilde;o ser&atilde;o mais utilizados pelos casais. As mulheres que est&atilde;o em tratamento para engravidar e optam por doarem embri&otilde;es ter&atilde;o que decidir qual o destino desse material em cinco anos. &quot;Se for da vontade dos pacientes, os embri&otilde;es podem ser doados para outros pacientes, para pesquisas de c&eacute;lulas-tronco ou poder&atilde;o ser descartados depois desse prazo. Antes n&atilde;o tinha normatiza&ccedil;&atilde;o sobre isso&quot;, explicou Hiran Gallo.</p> <p> O descarte poder&aacute; ser a escolha, por exemplo, dos que j&aacute; tiveram filhos, est&atilde;o se separando ou os casos em que um dos parceiros morreu. Os doadores tamb&eacute;m podem optar para que esses embri&otilde;es continuem congelados.</p> <p> &nbsp;Levantamentos da Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) mostram que, no Brasil, mais de 26 mil embri&otilde;es foram congelados em 2011. O custo pelo congelamento do material pode variar entre R$ 600 e R$ 1,2 mil, al&eacute;m do pagamento de uma mensalidade, mas, de acordo com o CFM, quase 80% desse material &eacute; abandonado pelos pacientes.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em><br /> &nbsp;</p> casais homoafetivos doação de óvulos gravidez até os 50 anos material genético mulheres reprodução reprodução assistida Saúde Wed, 08 May 2013 22:38:52 +0000 fabio.massalli 720290 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Mulheres só receberão doação de óvulos até os 50 anos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-08/mulheres-so-receberao-doacao-de-ovulos-ate-os-50-anos <p>Carolina Gon&ccedil;alves<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - A partir de agora, mulheres que querem engravidar mas dependem da doa&ccedil;&atilde;o de &oacute;vulos s&oacute; poder&atilde;o receber o material gen&eacute;tico at&eacute; os 50 anos de idade. A regra come&ccedil;a a valer amanh&atilde; (9), quando a nova resolu&ccedil;&atilde;o do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre reprodu&ccedil;&atilde;o assistida ser&aacute; publicada no <em>Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o</em>. A resolu&ccedil;&atilde;o preenche a lacuna de n&atilde;o existir, no Brasil, uma legisla&ccedil;&atilde;o que regulamente a pr&aacute;tica da reprodu&ccedil;&atilde;o assistida.</p> <p> Antes n&atilde;o havia um limite de idade estabelecido. A regra &eacute; uma das novidades da terceira vers&atilde;o das normas que regulamentam o procedimento. A primeira norma foi estabelecida em&nbsp; 1992 e revisada, apenas uma vez, em 2010. A comiss&atilde;o de especialistas, que re&uacute;ne ginecologistas e geneticistas, se debru&ccedil;ou nos &uacute;ltimos 12 meses para atualizar o documento a partir de experi&ecirc;ncias que vem sendo observadas pelos m&eacute;dicos.</p> <p> &quot;&Eacute; comprovado que a idade reprodutiva da mulher &eacute; at&eacute; os 45 anos. Elevamos para 48 anos e depois de uma discuss&atilde;o exaustiva chegamos aos 50 anos. A partir da&iacute; existem riscos para a mulher e para a crian&ccedil;a&quot;, explicou Jos&eacute; Hiran Gallo, coordenador da C&acirc;mara T&eacute;cnica de Reprodu&ccedil;&atilde;o Assistida do CFM. Ap&oacute;s os 50 anos, aumentam os casos de hipertens&atilde;o na gravidez e diabetes. A gesta&ccedil;&atilde;o nessa idade ainda pode provocar, para a crian&ccedil;a, nascimento abaixo do peso e o parto pr&eacute;-maturo.</p> <p> Apesar da defini&ccedil;&atilde;o, os especialistas reconhecem que podem surgir casos em que a regra poder&aacute; ser flexionada. &quot;Da mesma forma que, em alguns casos, o m&eacute;dico pode decidir n&atilde;o fazer o procedimento em mulheres mais novas, por considerar que n&atilde;o ter&atilde;o condi&ccedil;&otilde;es de gerar, ele pode tamb&eacute;m flexionar em casos de mulheres acima de 50 anos, se considerar que elas teriam condi&ccedil;&otilde;es de engravidar&quot;, explicou Carlos Vital, vice-presidente do CFM.</p> <p> A idade para doa&ccedil;&atilde;o do &oacute;vulo tamb&eacute;m ficou limitada nos casos de doa&ccedil;&atilde;o compartilhada, ou seja, quando uma mulher que est&aacute; tentando engravidar doa parte dos seus &oacute;vulos para uma mulher mais velha, que n&atilde;o produz mais &oacute;vulos, em troca do custeio de parte do tratamento. Os m&eacute;dicos decidiram que a idade m&aacute;xima para a doa&ccedil;&atilde;o &eacute; 35 anos para as mulheres e de 50 para homem que se disp&otilde;em a doar s&ecirc;men.</p> <p> De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Reprodu&ccedil;&atilde;o Assistida (SBRA), Adelino Amaral, a qualidade dos &oacute;vulos doados at&eacute; essa idade &eacute; maior e, com isso, as chances da receptora engravidar aumentam. &quot;A partir dos 35 anos, a qualidade do &oacute;vulo diminui e o risco de doen&ccedil;as gen&eacute;ticas aumenta&quot;, explicou.</p> <p> O n&uacute;mero de &oacute;vulos e embri&otilde;es tamb&eacute;m vai considerar apenas a idade da mulher que est&aacute; doando. Ou seja, a receptora pode receber at&eacute; quatro o&oacute;citos (c&eacute;lulas germinativas femininas) e embri&otilde;es transferidos, considerando que, mulheres com at&eacute; 35 anos, recebem at&eacute; dois embri&otilde;es, as receptoras com idade entre 36 e 39 anos podem receber at&eacute; tr&ecirc;s embri&otilde;es e as mulheres entre 40 e 50 anos recebem o m&aacute;ximo permitido de at&eacute; quatro embri&otilde;es.</p> <p> De acordo com especialistas na &aacute;rea, a probabilidade de uma mulher acima de 40 anos engravidar &eacute; quase 10%, enquanto que, at&eacute; os 35 anos, as chances s&atilde;o superiores a 40%. Considerando esses cen&aacute;rios, a limita&ccedil;&atilde;o reduz as chances da gesta&ccedil;&atilde;o m&uacute;ltipla, ou seja, de mais de um filho, o que poderia significar risco para mulheres mais velhas.</p> <p> &quot;Existe uma demanda muito grande de mulheres de mais de 45 anos ou mulheres mais jovens que n&atilde;o produzem &oacute;vulos. Tem mais de 5 mil mulheres aguardando um procedimento como a reprodu&ccedil;&atilde;o assistida, apenas no servi&ccedil;o p&uacute;blico de sa&uacute;de de Bras&iacute;lia&quot;, disse Amaral.</p> <p> O custo do procedimento completo varia entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. No sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de, o procedimento &eacute; feito em apenas cinco unidades da federa&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m do Distrito Federal, a reprodu&ccedil;&atilde;o &eacute; feita em hospitais p&uacute;blicos de Goi&acirc;nia, Natal, Recife e em dois hospitais de S&atilde;o Paulo.</p> <p> &nbsp;De acordo com a SBRA, menos de 5% das fertiliza&ccedil;&otilde;es<em> in vitro</em> s&atilde;o feitas gratuitamente no pa&iacute;s. &quot;Tem algumas situa&ccedil;&otilde;es em cl&iacute;nicas que fazem hoje a doa&ccedil;&atilde;o compartilhada, em que a doadora n&atilde;o paga nada e a receptora decide pagar todo o tratamento&quot;, disse. A receptora que arca com parte ou o total dos custos do tratamento assume o risco de n&atilde;o poder receber o material, caso a produ&ccedil;&atilde;o seja inferior.</p> <p> Nos casos de doa&ccedil;&atilde;o compartilhada, as cl&iacute;nicas s&atilde;o obrigadas a guardar sigilo sobre a doadora, mas fornecem todos os tipos de informa&ccedil;&otilde;es como estatura, cor dos olhos e dos cabelos, peso, at&eacute; a escolaridade da doadora, para tentar aproximar apar&ecirc;ncia f&iacute;sica e compatibilidades como a de sangue, evitando problemas no futuro.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> doação de óvulos gravidez até os 50 anos material genético mulheres reprodução reprodução assistida Saúde Wed, 08 May 2013 22:30:21 +0000 fabio.massalli 720288 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/