Joakim Eskildsen https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/160909/all pt-br Exposições trazem o olhar de cinco fotógrafos para a capital paulista https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-05-05/exposicoes-trazem-olhar-de-cinco-fotografos-para-capital-paulista <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/Carlos%20Ebert_ABELARDO%201%C3%82%C2%BA%2C%20anos%201970_baixa.jpg" style="width: 300px; height: 225px; float: right;" />Daniel Mello<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil<br /> </em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; Em mais de quarenta anos de trabalho, o diretor de fotografia Carlos Ebert acumulou um acervo de 3 mil fotos, grande parte retratando cenas pr&oacute;ximas ao ambiente das filmagens em que participou. A partir desse arquivo foi feito um recorte com &nbsp;45 imagens, divididas em tr&ecirc;s s&eacute;ries, que pode ser visto no Museu da Imagem e do Som (MIS), zona oeste paulistana at&eacute; o dia 16 de junho. Com outras quatro exposi&ccedil;&otilde;es, a mostra faz parte do Maio Fotografia, evento promovido pelo museu que conta ainda com cursos, palestras e oficinas.</p> <p> Ebert abriu seu acervo, mas preferiu deixar a montagem da exposi&ccedil;&atilde;o a cargo do curador Reinaldo Cardenuto e da equipe do museu. &ldquo;&Eacute; muito dif&iacute;cil ter uma vis&atilde;o do todo do seu trabalho. Voc&ecirc; est&aacute; muito comprometido, todas aquelas fotos t&ecirc;m uma conota&ccedil;&atilde;o extra-est&eacute;tica para voc&ecirc;, evocam uma outra coisa&rdquo;, explica o diretor respons&aacute;vel pela fotografia de <em>O Bandido da Luz Vermelha</em>, de Rog&eacute;rio Sganzerla, al&eacute;m de <em>O Rei da Vela</em>, de Jos&eacute; Celso Martinez Corr&ecirc;a, entre muitos outros.</p> <p> &ldquo;Pouqu&iacute;ssimas fotos n&atilde;o tem a figura humana. Uma coisa que eu achei interessante. Foi um recorte deles&rdquo;, acrescenta o fot&oacute;grafo sobre o resultado final da exposi&ccedil;&atilde;o. Em alguns casos, a figura humana &eacute; o centro, como o retrato de uma vendedora ambulante amamentando o filho, em outros, apenas d&aacute; a dire&ccedil;&atilde;o da composi&ccedil;&atilde;o, como o homem que caminha em um corredor de cores futur&iacute;sticas.</p> <p> Fazer imagens est&aacute;ticas &eacute; uma forma de Ebert aprimorar seu olhar para o trabalho no cinema. &ldquo;A fotografia tem um papel importante para mim, como diretor de fotografia, pessoa que lida com imagens h&aacute; quase 50 anos. &Eacute; uma esp&eacute;cie de caderno de anota&ccedil;&otilde;es, rascunho&rdquo;, conta o fot&oacute;grafo em tempo integral. &ldquo;N&atilde;o saio para comprar um p&atilde;o na esquina sem levar c&acirc;mera.&rdquo;</p> <p> As cenas capturadas sobre variados temas ajudam Ebert a refletir sobre si mesmo. &ldquo;A fotografia tem um lado meio psicanal&iacute;tico. Voc&ecirc; descobre algumas fixa&ccedil;&otilde;es. Mais uma psican&aacute;lise da est&eacute;tica, do que uma psican&aacute;lise da sua psique&rdquo;, explica sobre as imagens. Muitas fotos t&ecirc;m motivos geom&eacute;tricos. Em outras, a aten&ccedil;&atilde;o veio de uma mensagem escrita na parede, h&aacute; ainda os bastidores, tanto das filmagens, como do pr&oacute;prio cotidiano, como um Papai Noel de <em>shopping </em>antes de vestir a fantasia. &ldquo;Eu persigo os mesmos temas. Algumas coisas eu fotografo h&aacute; quarenta anos&rdquo;, destaca.</p> <p> Muito mais recente &eacute; o interesse de Luiz Maximiano pela fotografia. Ele conta que se interessou pelo fotojornalismo no per&iacute;odo em que viveu na Holanda, entre 2003 e 2010. As imagens captadas por Maximiano foram inclu&iacute;das na programa&ccedil;&atilde;o do MIS a partir do programa Nova Fotografia, que busca dar visibilidade a artistas promissores. &ldquo;Quando eu vi que queria ser fotojornalista mesmo, comecei a investir em viagens. Eu passava duas ou tr&ecirc;s semanas em um lugar para tentar fazer uma hist&oacute;ria com um pouco mais de profundidade&rdquo;, conta o fot&oacute;grafo sobre como ingressou na &aacute;rea.</p> <p> Em uma dessas viagens, em 2008, Maximiano decidiu ir ao Paquist&atilde;o ap&oacute;s o atentado que matou ex-premi&ecirc; Benazir Bhutto, que concorria &agrave; presid&ecirc;ncia &agrave; &eacute;poca. &ldquo;Eu achei que era um antes e depois na hist&oacute;ria do Paquist&atilde;o e que era uma hora interessante para entender um pouco do pa&iacute;s&rdquo;, explica sobre a viagem que resultou em um ensaio que traz cenas do cotidiano local. &ldquo;Ficou uma coisa bem sutil das peculiaridades desse pa&iacute;s&rdquo;, comenta.</p> <p> Apesar dos conflitos armados n&atilde;o serem o foco do trabalho, as armas est&atilde;o presentes nas imagens, assim como os olhares desconfiados em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; c&acirc;mera. &ldquo;Foi muito dif&iacute;cil por causa do momento em que eu fui para l&aacute;. Todo mundo com os nervos &agrave; flor da pele&rdquo;, lembra. Mesmo assim, Maximiano conta que tentou ser &ldquo;o mais discreto e n&atilde;o intrusivo poss&iacute;vel&rdquo;, m&eacute;todo recorrente em seu trabalho. &ldquo;Normalmente eu vou tranquilo. Fico ali uns dois, tr&ecirc;s dias s&oacute; zanzando, vendo os lugares, estudando a luz: que horas o sol vai se p&ocirc;r, como &eacute; a sombra em tal lugar&rdquo;, explica.</p> <p> Tamb&eacute;m podem ser vistas no MIS a exposi&ccedil;&otilde;es do franc&ecirc;s Willy Ronis, do brasileiro Chico Albuquerque e do dinamarqu&ecirc;s Joakim Eskildsen.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: L&iacute;lian Beraldo</em></p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> Carlos Ebert Chico Albuquerque Cultura exposição Fotografia Fotos Joakim Eskildsen Luiz Maximiano Maio Fotografia Museu da Imagem e do Som Willy Ronis Sun, 05 May 2013 20:30:56 +0000 lilian.beraldo 719990 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/