geração de emprego industrial https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/158826/all pt-br Salários e empregos não sofreram com mau desempenho da indústria este ano, apontam dados da CNI https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-04-09/salarios-e-empregos-nao-sofreram-com-mau-desempenho-da-industria-este-ano-apontam-dados-da-cni <p> Carolina Sarres<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </em></p> <p> Bras&iacute;lia - O faturamento do setor industrial caiu em fevereiro deste ano, repetindo a mesma din&acirc;mica verificada em janeiro, segundo dados do levantamento Indicadores Industriais, divulgado hoje (9) pela Confedera&ccedil;&atilde;o Nacional da Ind&uacute;stria (CNI). De acordo com a entidade, o faturamento do setor teve queda de 3,7% na compara&ccedil;&atilde;o com janeiro.</p> <p> Nos dois primeiros meses de 2013, houve retra&ccedil;&atilde;o de 6,8% nos ganhos industriais, depois de recuou de 4,2% no faturamento das ind&uacute;strias em janeiro, em rela&ccedil;&atilde;o a dezembro. Para a CNI, a ind&uacute;stria &quot;ainda n&atilde;o encontrou sua trajet&oacute;ria de crescimento&quot; neste ano.</p> <p> Essa redu&ccedil;&atilde;o, no entanto, n&atilde;o teve impacto sobre a gera&ccedil;&atilde;o de emprego no setor, que ficou relativamente est&aacute;vel, com crescimento de 0,3% em rela&ccedil;&atilde;o ao m&ecirc;s anterior, quando houve queda de 0,2% em rela&ccedil;&atilde;o a dezembro. A diminui&ccedil;&atilde;o dos ganhos na ind&uacute;stria tampouco teve consequ&ecirc;ncias negativas de curto prazo sobre os sal&aacute;rios dos seus trabalhadores, cuja massa salarial cresceu 1,9% - o aumento mais intenso dos &uacute;ltimos 14 meses.</p> <p> A utiliza&ccedil;&atilde;o da capacidade instalada (UCI) seguiu a tend&ecirc;ncia de mau desempenho do setor, com diminui&ccedil;&atilde;o de 1,9 ponto percentual. Em janeiro, o &iacute;ndice apontava o uso de 84,5% da capacidade instalada. Em fevereiro, essa utiliza&ccedil;&atilde;o caiu para 82,6%. Em compara&ccedil;&atilde;o ao mesmo m&ecirc;s do ano passado, resultado foi est&aacute;vel, com a diferen&ccedil;a de 0,1 ponto percentual (82,5%). Em 2012, nenhum dos 12 meses registrou uso da capacidade instalada superior a 82,5%.</p> <p> Os setores de m&oacute;veis, m&aacute;quinas e materiais el&eacute;tricos e qu&iacute;micos foram os que tiveram o melhor desempenho - com 29,6%, 23,1% e 12,3% de crescimento salarial, respectivamente. Os setores com pior desempenho foram o de farmac&ecirc;uticos, m&aacute;quinas e equipamentos e t&ecirc;xteis - com a queda de 6,3%, 4,5% e 3,6% de redu&ccedil;&atilde;o salarial.</p> <p> De acordo com o economista da CNI Marcelo de &Aacute;vila, ainda que os sinais de aquecimento no setor sejam aparentes, mas n&atilde;o traduzidos em crescimento de fato, espera-se que isso ocorra nos pr&oacute;ximos meses. Para ele, essa expectativa &eacute; uma das explica&ccedil;&otilde;es para a manuten&ccedil;&atilde;o dos sal&aacute;rios e dos postos de trabalho no setor.</p> <p> &quot;Os sal&aacute;rios mostram uma clara reten&ccedil;&atilde;o de funcion&aacute;rios. No mercado, existe a percep&ccedil;&atilde;o de que h&aacute; um problema de m&atilde;o de obra qualificada no setor. No contexto de um mercado din&acirc;mico e n&iacute;veis hist&oacute;ricos de baixo desemprego, emprega-se muita m&atilde;o de obra sem qualifica&ccedil;&atilde;o. Isso aumenta o poder de barganha do trabalhador&quot;, explicou &Aacute;vila, sobre a reten&ccedil;&atilde;o de empregados qualificados e a manuten&ccedil;&atilde;o ou aumento salarial, a despeito do desempenho estagnado do setor.</p> <p> Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, a manuten&ccedil;&atilde;o desses sal&aacute;rios depende do aumento de produtividade no setor.</p> <p> &quot;Desde 2006, os sal&aacute;rios reais est&atilde;o crescendo acima da produtividade. Isso gera dificuldade de o setor retomar investimentos, porque reduz a capacidade do setor. Por isso, batemos na tecla de uma agenda de redu&ccedil;&atilde;o de custos - como a energia el&eacute;trica, a desonera&ccedil;&atilde;o da folha de pagamento - de forma a compensar aumento dos sal&aacute;rios&quot;, explicou Fonseca.</p> <p> Segundo ele, essa compensa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o pode ser feita atualmente por meio do ajuste de pre&ccedil;os, devido &agrave; competitividade dos produtos importados, que est&atilde;o entrando no pa&iacute;s a custos mais baixos.</p> <p> Em rela&ccedil;&atilde;o ao n&uacute;mero de horas trabalhadas, o levantamento aponta que houve aumento de 0,4% para os trabalhadores desse setor em rela&ccedil;&atilde;o ao m&ecirc;s anterior. Todos esses &iacute;ndices do levantamento da CNI s&atilde;o baseados em uma base de 100 pontos fixada em 2006. As varia&ccedil;&otilde;es s&atilde;o medidas a partir de ent&atilde;o.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><strong><em>Ag&ecirc;ncia Brasil</em></strong></p> capacidade instalada Confederação Nacional da Indústria Economia Faturamento da indústria geração de emprego industrial indicadores industriais levantamento da CNI salários da indústria Tue, 09 Apr 2013 16:27:12 +0000 davi.oliveira 717943 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/