dinossauro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/157076/all pt-br Fósseis de pterossauro esperam dez anos para serem exibidos no Museu Nacional https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-20/fosseis-de-pterossauro-esperam-dez-anos-para-serem-exibidos-no-museu-nacional <p> Isabela Vieira<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/FOTO%2013%20-%20Sulcus-lado%20direito.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 4px; float: right;" />Rio de Janeiro - O maior r&eacute;ptil voador pr&eacute;-hist&oacute;rico da Am&eacute;rica do Sul esperou dez anos para ser apresentado ao p&uacute;blico. Exibido hoje (20), os f&oacute;sseis de um pterossauro &ndash; um dos exemplares mais completos j&aacute; encontrados no mundo &ndash; ficaram engavetados no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) at&eacute; que pesquisadores tivessem recursos para mont&aacute;-lo.</p> <p> Retirados da Chapada do Araripe, na divisa entre os estados de Cear&aacute; e de Pernambuco, os f&oacute;sseis s&oacute; foram desincrustados de uma grande pedra de calc&aacute;rio doada anonimamente ao Museu Nacional, estudados e remontados nos &uacute;ltimos dois anos por meio de um financiamento da Funda&ccedil;&atilde;o de Amparo &agrave; Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). O trabalho, que inclui uma r&eacute;plica em tamanho real do r&eacute;ptil, custou R$ 100 mil e ser&aacute; mostrado ao p&uacute;blico a partir de sexta-feira (22).</p> <p> Segundo o coordenador da pesquisa, Alexander Kellner, as pe&ccedil;as do pterossauro <em>Tropeognathis cf. Mesembrinus</em> no museu chamavam a aten&ccedil;&atilde;o pelo tamanho e representavam 60% do corpo do dinossauro. Ao analisar os f&oacute;sseis, ele constatou que o animal media 8,5 metros de uma asa at&eacute; a outra, pesava cerca de 70 quilos e tinha quase todo o esqueleto e cr&acirc;nio preservados.</p> <p> &ldquo;Eu sabia que o bicho era grande. Ach&aacute;vamos at&eacute; que era uma esp&eacute;cie nova, s&oacute; no final da pesquisa descobrimos que n&atilde;o era&rdquo;, disse o paleont&oacute;logo. Para efeito de compara&ccedil;&atilde;o, ele cita que o albatroz, a maior ave da atualidade, tem 3 metros de envergadura e pesa 20 quilos - um efeito da adapta&ccedil;&atilde;o evolutiva.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/FOTO%208%20-%20%20Ilustrac%CC%A7a%CC%83o%20Gigantes%20Voadores.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: left;" />Em 2011, a descoberta recente de um pterossauro na Chapada de Araripe confirmou que os f&oacute;sseis doados ao museu pertenciam a esp&eacute;cie <em>Tropeognathis cf. Mesembrinus</em>. As escava&ccedil;&otilde;es, feitas pelas equipes do Museu Nacional, da Universidade do Cariri e do Departamento Nacional de Produ&ccedil;&atilde;o Mineral, indicam que pterossauros maiores habitaram a mesma regi&atilde;o.</p> <p> &quot;Durante escava&ccedil;&otilde;es, encontramos f&oacute;sseis de um exemplar da mesma esp&eacute;cie, de um animal de 5,5 metros. Como esses ossos estavam em forma&ccedil;&atilde;o, constatamos que os animais eram da mesma esp&eacute;cie, mas o de l&aacute;, mais jovem&rdquo;, disse.</p> <p> Na parte cearense da chapada, f&oacute;sseis de pteressauros, de p&aacute;ssaros e de peixes variados foram encontrados por paleont&oacute;logos e por moradores. Os estudiosos acreditam que, h&aacute; 110 milh&otilde;es de anos, a regi&atilde;o era um lago e, pelas condi&ccedil;&otilde;es naturais, de deposito de calc&aacute;rio, favoreceu a preserva&ccedil;&atilde;o dos ossos dos animais em n&oacute;dulos.</p> <p> &ldquo;Sabemos porque os f&oacute;sseis dessa regi&atilde;o est&atilde;o bem preservados, mas por que a Bacia do Araripe &eacute; um dos mais importantes dep&oacute;sitos desses f&oacute;sseis no mundo, isso requer mais pesquisa&rdquo;, disse o paleont&oacute;logo.</p> <p> Na mesma situa&ccedil;&atilde;o em que estava o maior r&eacute;ptil voador pr&eacute;-hist&oacute;rico do hemisf&eacute;rio Sul, engavetado no Museu Nacional, est&atilde;o milhares de f&oacute;sseis doados ou encontrados pelos pesquisadores. Al&eacute;m da falta de recursos, os pesquisadores do &oacute;rg&atilde;o dizem que &eacute; necess&aacute;rio interesse cient&iacute;fico profissional e a curiosidade do p&uacute;blico.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Chapada do Araripe dinossauro exposição de fósseis fósseis fósseis de pterossauro Museu Nacional Pesquisa e Inovação Wed, 20 Mar 2013 22:52:54 +0000 fabio.massalli 716506 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/