opcional https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/154855/all pt-br Sindicatos e governo debatem sobre imposto sindical no setor público https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-25/sindicatos-e-governo-debatem-sobre-imposto-sindical-no-setor-publico <p> Carolina Sarres<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia - Representantes dos servidores p&uacute;blicos e o governo discutiram hoje (25), em audi&ecirc;ncia p&uacute;blica, uma alternativa &agrave; atual cobran&ccedil;a de imposto sindical para servidores p&uacute;blicos.&nbsp; Em janeiro deste ano, o Minist&eacute;rio do Trabalho e Emprego (MTE) publicou uma <a href="http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?jornal=1&amp;pagina=56&amp;data=15/01/2013">Instru&ccedil;&atilde;o Normativa</a> revogando ato do <a href="http://procuradoriafederal.ufsc.br/files/2011/05/IN-01-MTE-Contribui%C3%A7%C3%A3o-Sindical1.pdf ">minist&eacute;rio</a>, de 2008, que previa o pagamento compuls&oacute;rio da contribui&ccedil;&atilde;o sindical pelos servidores, seguindo as normas da Consolida&ccedil;&atilde;o das Leis do Trabalho (CLT). Com a nova instru&ccedil;&atilde;o, o pagamento do imposto sindical passou a ser opcional, como era antes de 2008.</p> <p> H&aacute; cerca de dois meses, as entidades representativas dos servidores p&uacute;blicos reivindicam que seja retomada a norma de 2008 e mantida a obrigatoriedade do imposto. Os sindicatos temem falta de recursos, provenientes da contribui&ccedil;&atilde;o obrigat&oacute;ria, que pode comprometer a independ&ecirc;ncia das organiza&ccedil;&otilde;es e desrespeita a Conven&ccedil;&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Internacional do Trabalho (OIT) sobre o Direito de Sindicaliza&ccedil;&atilde;o e Rela&ccedil;&otilde;es de Trabalho na Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica, ratificada pelo Brasil em junho de 2010. Segundo a conven&ccedil;&atilde;o da OIT, as organiza&ccedil;&otilde;es de empregados p&uacute;blicos t&ecirc;m prote&ccedil;&atilde;o contra atos de inger&ecirc;ncia de autoridades p&uacute;blicas no que diz respeito &agrave; constitui&ccedil;&atilde;o, ao funcionamento e &agrave; administra&ccedil;&atilde;o.</p> <p> O MTE informou que a anula&ccedil;&atilde;o do ato, no in&iacute;cio de 2013, n&atilde;o foi um posicionamento pol&iacute;tico, mas o cumprimento de uma avalia&ccedil;&atilde;o da Advocacia-Geral da Uni&atilde;o (AGU) de que a contribui&ccedil;&atilde;o sindical s&oacute; pode ser regulada por meio de leis ou decis&atilde;o judicial - o que n&atilde;o foi o caso, j&aacute; que a obrigatoriedade do pagamento do imposto foi posta em pr&aacute;tica mediante instru&ccedil;&atilde;o normativa.</p> <p> &quot;O tema tem de ser debatido de forma mais ampla. O ministro [Brizola Neto, do Trabalho] est&aacute; disposto a discutir e pacificar a forma de financiamento dos sindicatos dos servidores. Sabemos das dificuldades que existem para a a&ccedil;&atilde;o sindical. A revoga&ccedil;&atilde;o da instru&ccedil;&atilde;o [de 2008] foi uma medida para que o pagamento do imposto seja feito de acordo com sustenta&ccedil;&atilde;o legal, dentro das atribui&ccedil;&otilde;es do minist&eacute;rio, no &acirc;mbito do Executivo&quot;, explicou o secret&aacute;rio de Rela&ccedil;&otilde;es do Trabalho do minist&eacute;rio, Manoel Messias.</p> <p> Os direitos dos servidores n&atilde;o s&atilde;o regidos pela CLT, como os dos celetistas. Os regimes jur&iacute;dicos dos servidores p&uacute;blicos municipais e estaduais s&atilde;o estipulados por leis pr&oacute;prias; os dos servidores federais, pela <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8112cons.htm">Lei 8.112</a>. Segundo o secret&aacute;rio de Rela&ccedil;&otilde;es de Trabalho do Servi&ccedil;o P&uacute;blico do Minist&eacute;rio do Planejamento, S&eacute;rgio Eduardo Mendon&ccedil;a, n&atilde;o h&aacute; interesse em enfraquecer as formas de financiamento do movimento sindical, que, segundo ele, &eacute; estrat&eacute;gico para que existam entidades fortes e representativas. A secretaria &eacute; respons&aacute;vel pela negocia&ccedil;&atilde;o de termos e condi&ccedil;&otilde;es de trabalho e pela solu&ccedil;&atilde;o de conflitos no &acirc;mbito da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica federal.</p> <p> A instru&ccedil;&atilde;o normativa de 2008 determinava que os servidores p&uacute;blicos pagassem o valor correspondente &agrave; remunera&ccedil;&atilde;o de um dia normal de trabalho, uma vez por ano, sem contabilizar hora extra. A CLT prev&ecirc; a mesma norma para os trabalhadores celetistas. O montante recolhido com a contribui&ccedil;&atilde;o vai para sindicatos das categorias, financiados por essa fonte de renda.</p> <p> Na audi&ecirc;ncia, compareceram representantes da Central &Uacute;nica dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Central Sindical Popular (Conlutas), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da For&ccedil;a Sindical, da Coordenadoria Nacional de Promo&ccedil;&atilde;o da Liberdade Sindical (Conalis) e outros.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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