cooperação com a China https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/153699/all pt-br Dez anos depois de tragédia, Base de Alcântara ainda finaliza reconstrução https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-12/dez-anos-depois-de-tragedia-base-de-alcantara-ainda-finaliza-reconstrucao <p> Karine Melo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Direitos%20reservados070213AEBTorre%20M%C3%83%C2%B3vel%20de%20Integra%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o%20%28TMI%29.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia - Quase uma d&eacute;cada depois da explos&atilde;o do foguete VLS-1 V03, no Centro de Lan&ccedil;amento de Alc&acirc;ntara, no Maranh&atilde;o, que matou 21 t&eacute;cnicos civis e destruiu a torre de lan&ccedil;amento, a infraestrutura da base maranhense ainda n&atilde;o est&aacute; 100% recuperada. A expectativa da Ag&ecirc;ncia Espacial Brasileira (AEB) &eacute; que, s&oacute; em dois anos, todo o trabalho esteja conclu&iacute;do.</p> <p> &ldquo;Ainda carece de um bom investimento para terminar essa infraestrutura, que vai servir para dois s&iacute;tios simultaneamente: um especificamente para lan&ccedil;ar o Cyclone-4, parceria que n&oacute;s temos com a Ucr&acirc;nia, e o outro que &eacute; para lan&ccedil;ar os nossos lan&ccedil;adores&rdquo;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, o presidente da AEB, Jos&eacute; Raimundo Coelho.</p> <p> O objetivo da Opera&ccedil;&atilde;o S&atilde;o Lu&iacute;s, que terminou em trag&eacute;dia no dia 22 de agosto de 2003, era colocar em &oacute;rbita o sat&eacute;lite meteorol&oacute;gico Satec, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o nanossat&eacute;lite Unosat, da Universidade do Norte do Paran&aacute;. Foi a primeira e &uacute;nica tentativa brasileira de colocar um sat&eacute;lite em &oacute;rbita a partir de uma base nacional.</p> <p> O Brasil, no entanto, j&aacute; voltou a fazer lan&ccedil;amentos a partir da Base de Alc&acirc;ntara. <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2010-12-12/foguete-de-medio-porte-e-lancado-com-sucesso-no-maranhao" target="_blank">Em 2010, foi lan&ccedil;ado o foguete brasileiro de m&eacute;dio porte VSB-30 V07</a>.</p> <p> De 2004 a 2012, foram investidos pouco mais de R$ 582 milh&otilde;es em infraestrutura e sistemas para o Centro de Lan&ccedil;amento de Alc&acirc;ntara. Nos pr&oacute;ximos dois anos, a previs&atilde;o do Programa Nacional de Atividades Espaciais &eacute; que R$176 milh&otilde;es sejam empregados para o mesmo fim.</p> <p> Segundo o presidente da AEB, o Brasil aprendeu muito com a trag&eacute;dia, principalmente no que diz respeito &agrave; preven&ccedil;&atilde;o de acidentes.</p> <p> &ldquo;Toda opera&ccedil;&atilde;o que envolve combust&iacute;vel pesado, como &eacute; o caso espacial, tem que ter senhoras precau&ccedil;&otilde;es. Digamos que a nossa primeira iniciativa n&atilde;o foi focada nisso, porque a gente jamais poderia imaginar que poderia acontecer aquele acidente. Foi fatal e foi uma surpresa total para n&oacute;s&rdquo;, reconheceu.</p> <p> A constru&ccedil;&atilde;o de uma nova torre de lan&ccedil;amento foi totalmente conclu&iacute;da e entregue em outubro de 2012, depois da realiza&ccedil;&atilde;o de testes que mostraram que a estrutura est&aacute; preparada para um feito in&eacute;dito: lan&ccedil;ar um foguete com sat&eacute;lite de uma base pr&oacute;pria.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Direitos%20reservasAEBCyclone4.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 6px; float: left;" />Pelas previs&otilde;es da AEB, o foguete ucraniano Cyclone-4 ser&aacute; o primeiro a ser lan&ccedil;ado na base, fora da fase de testes, desde a explos&atilde;o da torre. Pela coopera&ccedil;&atilde;o, firmada no mesmo ano do acidente, a Ucr&acirc;nia &eacute; respons&aacute;vel por desenvolver e fabricar os equipamentos do foguete.</p> <p> J&aacute; ao Brasil cabe a constru&ccedil;&atilde;o da infraestrutura f&iacute;sica e de comunica&ccedil;&otilde;es do Centro de Alc&acirc;ntara. Ainda n&atilde;o h&aacute; data marcada para o lan&ccedil;amento do foguete, mas a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; que isso ocorra em 2014.</p> <p> Para que o Centro de Lan&ccedil;amento de Alc&acirc;ntara volte a operar, o novo projeto de constru&ccedil;&atilde;o da torre envolveu ajustes, sobretudo na &aacute;rea de seguran&ccedil;a. Entre as novidades est&atilde;o a instala&ccedil;&atilde;o de sistema de prote&ccedil;&atilde;o contra descargas atmosf&eacute;ricas, a constru&ccedil;&atilde;o de uma &aacute;rea de fuga e a automatiza&ccedil;&atilde;o de sistemas.</p> <p> &ldquo;O posto de comando &eacute; bel&iacute;ssimo, competitivo com qualquer outro do mundo. Tem modernidades que outros lugares n&atilde;o tem, como, por exemplo, uma torre que se ajusta a v&aacute;rios tipos de lan&ccedil;adores&rdquo; explicou Jos&eacute; Raimundo.</p> <p> Ainda segundo Jos&eacute; Raimundo, os planos para a base de Alc&acirc;ntara s&atilde;o audaciosos. Quando tudo estiver pronto, a inten&ccedil;&atilde;o &eacute; que ela seja usada para vender servi&ccedil;os a pre&ccedil;os mais competitivos. &ldquo;Nossa posi&ccedil;&atilde;o &eacute; bem embaixo da &oacute;rbita geoestacion&aacute;ria. Se voc&ecirc; for lan&ccedil;ar l&aacute; do Hemisf&eacute;rio Norte, longe do Equador, significa muito mais combust&iacute;vel, muito mais dinheiro gasto. De l&aacute;, voc&ecirc; pode economizar 30% no lan&ccedil;amento&rdquo;, estimou.</p> <p> A id&eacute;ia &eacute; que, se o Brasil tiver lan&ccedil;adores eficientes, a partir de um local estrategicamente bem posicionado, a demanda por servi&ccedil;os aumente muito. &ldquo;Podemos lan&ccedil;ar sat&eacute;lite do mundo todo e cada lan&ccedil;amento custa cerca de US$ 50 milh&otilde;es&rdquo;, aposta o presidente da AEB.</p> <p> Este ano, a AEB deve contar com um or&ccedil;amento de R$ 400 milh&otilde;es para investimentos em lan&ccedil;adores, sat&eacute;lites e infraestrutura. O presidente da ag&ecirc;ncia reconhece que os recursos est&atilde;o muito aqu&eacute;m do necess&aacute;rio, mas segundo ele, j&aacute; s&atilde;o o dobro do empenhado no ano passado.</p> <p> &ldquo;Para a infraestrutura de Alc&acirc;ntara, n&oacute;s estamos solicitando ao governo brasileiro um suplemento emergencial, devido a esse compromisso que n&oacute;s temos com a Ucr&acirc;nia [de lan&ccedil;ar o Cyclone-4], isso vai acrescentar R$ 200 milh&otilde;es ao or&ccedil;amento&rdquo;, disse.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Agência Espacial Brasileira Base de Alcântara cooperação com a China novo Cbers Pesquisa e Inovação Programa Espacial Brasileiro reconstrução da Base de Alcântara satélite do Brasil tragédia de Alcântara Tue, 12 Feb 2013 17:53:51 +0000 davi.oliveira 713751 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Brasil quer lançar satélite com foguete nacional até 2021 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-02-12/brasil-quer-lancar-satelite-com-foguete-nacional-ate-2021 <p> Karine Melo<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/27/gallery_assist711153/prev/Direitos%20reservados070213AEBimagem%20Cbers.JPG" style="width: 300px; height: 225px; margin: 3px; float: right;" />Bras&iacute;lia &ndash; Assistir &agrave; televis&atilde;o, conferir a previs&atilde;o do tempo, falar ao telefone e at&eacute; receber alertas por causa de chuva s&atilde;o atividades comuns que se tornaram poss&iacute;veis gra&ccedil;as aos sat&eacute;lites. Os tr&ecirc;s &uacute;ltimos colocados em &oacute;rbita pelo Brasil - chamados Cbers, Sat&eacute;lite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, do ingl&ecirc;s China-Brazil Earth-Resources Satellite - foram lan&ccedil;ados de base chinesa.</p> <p> No ano em que o acidente na Base de Alc&acirc;ntara completa 10 anos, o pa&iacute;s divulga o seu quarto programa espacial. O &nbsp;desafio &eacute; lan&ccedil;ar at&eacute; 2021 um sat&eacute;lite desenvolvido no Brasil, acoplado a um foguete nacional, a partir de um centro de lan&ccedil;amento pr&oacute;prio.</p> <p> Enquanto o plano ainda n&atilde;o for poss&iacute;vel, o Brasil se prepara para colocar em &oacute;rbita mais um sat&eacute;lite de uma base chinesa, o Cbers-3. O lan&ccedil;amento estava programado para o fim do ano passado, mas foi adiado para o primeiro semestre deste ano porque conversores comprados nos Estados Unidos apresentaram falhas nos testes finais.</p> <p> O Cbers-3 ser&aacute; o primeiro da fam&iacute;lia de sat&eacute;lites sino-brasileiros a integrar uma c&acirc;mera para sat&eacute;lite 100% desenvolvida e produzida no Brasil. A c&acirc;mera vai registrar imagens para o monitoramento de recursos terrestres. J&aacute; foram lan&ccedil;ados os Cbers 1, 2 e 2-B.</p> <p> Brasil e China s&atilde;o parceiros na &aacute;rea espacial desde 1988, quando iniciaram a coopera&ccedil;&atilde;o para o desenvolvimento do Programa Cbers. O objetivo &eacute; implantar um sistema completo de sensoriamento remoto de n&iacute;vel internacional, no qual sat&eacute;lites sejam respons&aacute;veis pelo monitoramento de desmatamentos, da expans&atilde;o urbana e da agropecu&aacute;ria.</p> <p> Para fortalecer o Programa Espacial Brasileiro, em 2013, haver&aacute; mais a&ccedil;&otilde;es voltadas para a forma&ccedil;&atilde;o de pessoas na &aacute;rea aeroespacial, entre elas, enviar estudantes brasileiros, por meio do Programa Ci&ecirc;ncia sem Fronteiras, para se especializarem em pa&iacute;ses j&aacute; desenvolvidos na &aacute;rea espacial e, tamb&eacute;m, trazer especialistas desses pa&iacute;ses para o Brasil.</p> <p> &ldquo;Dessa forma, um dos grandes gargalos de nosso programa espacial, a falta de m&atilde;o de obra especializada, come&ccedil;ar&aacute; a ser sanado&rdquo;, explicou o presidente da Ag&ecirc;ncia Espacial Brasileira (AEB), Jos&eacute; Raimundo Coelho.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Base de Alcântara cooperação com a China novo Cbers Pesquisa e Inovação Programa Espacial Brasileiro satélite do Brasil Tue, 12 Feb 2013 17:52:11 +0000 davi.oliveira 713750 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/