ações de apoio à cafeicultura https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/151878/all pt-br Cafeicultor familiar do estado do Rio pode dobrar renda com melhoria da qualidade do grão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-24/cafeicultor-familiar-do-estado-do-rio-pode-dobrar-renda-com-melhoria-da-qualidade-do-grao <p> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A Secretaria Estadual de Agricultura do Rio de Janeiro quer dobrar a renda do cafeicultor familiar no estado a partir da produ&ccedil;&atilde;o de caf&eacute;s de maior qualidade. A estrat&eacute;gia inclui a compra de unidades m&oacute;veis de beneficiamento. De acordo com informa&ccedil;&atilde;o do secret&aacute;rio Christino &Aacute;ureo &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>, a renda m&eacute;dia calculada para o cafeicultor familiar do estado do Rio,&nbsp;situada no patamar de R$ 1,6 mil por m&ecirc;s, pode alcan&ccedil;ar R$ 3,2 mil.</p> <p> &ldquo;A saca de caf&eacute; de qualidade hoje gira em torno de R$ 300. Se voc&ecirc; considerar que o produtor vai poder obter uma saca de caf&eacute; superior, ao inv&eacute;s de &nbsp;receber R$ 140 ou R$ 160 por &nbsp;um caf&eacute; de qualidade mais modesta, ele vai dobrar sua renda&rdquo;, explicou. De acordo com &Aacute;ureo, o ano de 2013 traz boas perspectivas para a cafeicultura fluminense, que j&aacute; foi, no tempo do Imp&eacute;rio, l&iacute;der da produ&ccedil;&atilde;o &nbsp;nacional.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s conseguimos dar curso a uma antiga aspira&ccedil;&atilde;o do setor que &eacute; colocar unidades m&oacute;veis de beneficiamento prim&aacute;rio para funcionar junto &agrave;s pequenas propriedades rurais, com recursos pr&oacute;prios do estado, do Programa Rio Caf&eacute;&rdquo;, disse &Aacute;ureo. &nbsp;Os recursos aplicados na aquisi&ccedil;&atilde;o das duas unidades de beneficiamento alcan&ccedil;am R$ 423 mil.</p> <p> Essas unidades permitem, segundo o secret&aacute;rio, que o caf&eacute; produzido no estado ganhe entre 25% e 30% de valor adicional. &ldquo;Em vez de o produtor entregar o caf&eacute; para intermedi&aacute;rios, ele recebe a visita dessas nossas unidades m&oacute;veis, que separam as impurezas, fazem uma pr&eacute;via daquilo que vai ser o beneficiamento, e o produtor conhece na hora o tipo de produto que tem na m&atilde;o, fica com esse produto armazenado e, logicamente, conhece o pre&ccedil;o potencial desse produto&rdquo;.</p> <p> Outro fator que sinaliza para a recupera&ccedil;&atilde;o da cafeicultura do Rio de Janeiro, de acordo com o secret&aacute;rio, &eacute; a implanta&ccedil;&atilde;o, prevista para este ano, do m&oacute;dulo de rebeneficiamento de caf&eacute; (processo de separa&ccedil;&atilde;o dos gr&atilde;os por tamanho e qualidade), que funcionar&aacute; nas instala&ccedil;&otilde;es da Cooperativa de Produtores de Caf&eacute; do Noroeste Fluminense (Coopercanol).</p> <p> O projeto envolve recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ&ocirc;mico e Social (BNDES) no montante de R$ 1,7 milh&atilde;o, repassados pelo Banco do Brasil.</p> <p> &Aacute;ureo informou que a Coopercanol re&uacute;ne a produ&ccedil;&atilde;o de cerca de 400 a 500 cafeicultores que n&atilde;o t&ecirc;m como fazer o rebeneficiamento do caf&eacute;. Com isso, a venda do produto ocorre com valor &ldquo;muito aviltado&rdquo;, acentuou. &ldquo;Agora, [a cooperativa] ganha perspectiva, inclusive, de fazer um produto para exporta&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Os investimentos est&atilde;o sendo concentrados na regi&atilde;o noroeste que &eacute;, atualmente, &nbsp;a maior produtora de caf&eacute; do estado, respondendo por cerca de 70% da produ&ccedil;&atilde;o estadual, que atinge em torno de 300 mil sacas anuais. O n&uacute;mero ainda est&aacute; bem abaixo da necessidade, admitiu o secret&aacute;rio, tendo em vista que o Rio de Janeiro consome 1,3 milh&atilde;o de sacas por ano.</p> <p> Pela proximidade com as regi&otilde;es produtoras do Esp&iacute;rito Santo e de Minas Gerais, o secret&aacute;rio acredita &nbsp;que &nbsp;o noroeste fluminense poder&aacute;, al&eacute;m de rebeneficiar a produ&ccedil;&atilde;o local, inverter o fluxo atual, que leva produto do estado do Rio para ser&nbsp;contabilizado nos outros estados, devido &agrave; necessidade de &nbsp;buscar unidades industriais que realizem essa etapa da produ&ccedil;&atilde;o. &nbsp;&ldquo;Na medida em que a gente coloca essa unidade em funcionamento, o fluxo do tr&acirc;nsito da mercadoria deve se inverter&rdquo;.</p> <p> Segundo o secret&aacute;rio, o Rio de Janeiro est&aacute; lutando para recuperar n&atilde;o a sua posi&ccedil;&atilde;o em termos de volume de produ&ccedil;&atilde;o, mas a posi&ccedil;&atilde;o de qualidade da cafeicultura. &ldquo;N&oacute;s j&aacute; fizemos isso com o leite. A &nbsp;ind&uacute;stria l&aacute;ctea hoje, no Rio de Janeiro, &nbsp;reconhecidamente, renasceu&rdquo;, lembrou o dirigente.</p> <p> No caf&eacute;, &Aacute;ureo reiterou que as a&ccedil;&otilde;es n&atilde;o s&atilde;o diferentes. O objetivo, explica, &eacute; &nbsp;buscar a qualidade da produ&ccedil;&atilde;o. Para isso, as iniciativas de unidades m&oacute;veis de beneficiamento e a unidade de rebeneficiamento contribuir&atilde;o para colocar o Rio de Janeiro &nbsp;em uma posi&ccedil;&atilde;o de destaque nos mercados dos caf&eacute;s <em>gourmet</em> e de qualidade elevada, segundo espera.<strong> </strong></p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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