dores de cabeça https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/151142/all pt-br Especialista condena automedicação para pacientes com dor crônica https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-13/especialista-condena-automedicacao-para-pacientes-com-dor-cronica <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - A automedica&ccedil;&atilde;o de pacientes com dor cr&ocirc;nica &eacute; uma pr&aacute;tica que deve ser evitada pelos riscos que acarreta, ressaltou em entrevista &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o m&eacute;dico Jos&eacute; Ribamar Moreno, especialista em dor e coordenador do Centro de Tratamento Intensivo da Dor (CTIDor), no Rio de Janeiro. A dor cr&ocirc;nica prolonga-se no tempo. Se ela ultrapassa seis meses, o tratamento n&atilde;o deve ser baseado somente em medica&ccedil;&atilde;o, quanto mais aquela feita de forma aleat&oacute;ria.</p> <p> O ideal, segundo Moreno, &eacute; que a medica&ccedil;&atilde;o para esses pacientes seja usada dentro de um tratamento mais &nbsp;completo. &ldquo;Porque as causas da dor cr&ocirc;nica, em geral, s&atilde;o multifatoriais. Elas envolvem aspectos da pr&oacute;pria doen&ccedil;a, como h&eacute;rnia de disco, no caso de dor na coluna, bem como aspectos da reabilita&ccedil;&atilde;o, ligados &agrave; redu&ccedil;&atilde;o da qualidade de vida provocada pela falta de exerc&iacute;cios e sobrepeso. Uma s&eacute;rie de coisas que t&ecirc;m de ser corrigidas&rdquo;.</p> <p> Se a pessoa usar a medica&ccedil;&atilde;o como &uacute;nica forma de tratamento, pode acabar tendo efeitos colaterais. E o tratamento ser&aacute; ineficiente. &ldquo;A medica&ccedil;&atilde;o usada sem orienta&ccedil;&atilde;o apresenta risco muito alto&rdquo;, reiterou. No caso da dor de cabe&ccedil;a (cefaleia), que &eacute; uma das dores cr&ocirc;nicas mais frequentes, Moreno disse que a automedica&ccedil;&atilde;o pode acabar piorando o quadro e transformar uma doen&ccedil;a prim&aacute;ria em cefaleia relacionada aos medicamentos.</p> <p> Segundo o especialista, anti-inflamat&oacute;rios usados sem o controle adequado e em doses incorretas podem provocar gastrite, sangramento digestivo, doen&ccedil;as no intestino, insufici&ecirc;ncia renal, principalmente em idosos. Alguns analg&eacute;sicos podem provocar hepatopatias, isto &eacute;, doen&ccedil;as no f&iacute;gado. Os pacientes podem apresentar tonteiras, desequil&iacute;brio, n&aacute;useas, desidrata&ccedil;&atilde;o, relatou.</p> <p> &ldquo;A medica&ccedil;&atilde;o, principalmente no tratamento da dor cr&ocirc;nica, tem que ser feita de forma bem orientada, por um profissional que acompanhe o paciente, se responsabilize e possa tomar medidas contra os efeitos colaterais&rdquo;. S&atilde;o medidas preventivas para que os efeitos colaterais n&atilde;o aconte&ccedil;am, o que n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel na automedica&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Da&iacute; que a gente desaconselha de forma veemente [o uso] de medica&ccedil;&atilde;o aleat&oacute;ria para o tratamento da dor cr&ocirc;nica&rdquo;.</p> <p> O tratamento para a dor cr&ocirc;nica &eacute; muito diferente do que se pratica na medicina convencional, ou biom&eacute;dica, para outros tipod de doen&ccedil;a. No caso da dor cr&ocirc;nica, &eacute; necess&aacute;rio interferir em v&aacute;rias &aacute;reas ou dimens&otilde;es do ser humano. &ldquo;Porque o grande problema da dor cr&ocirc;nica &eacute; o impacto que ela tem na qualidade de vida do paciente. Ent&atilde;o, o que a gente faz &eacute; tratar o ser humano por inteiro&rdquo;.</p> <p> Esse modelo de tratamento &eacute; chamado biopsicossocial, porque al&eacute;m de tratar o corpo, a mente e o ambiente tamb&eacute;m s&atilde;o tratados. &ldquo;O tratamento de especialidade n&atilde;o funciona para a dor cr&ocirc;nica. Por isso, a maioria dos centros no mundo inteiro faz o tratamento multidisciplinar. Ou seja, em uma &uacute;nica cl&iacute;nica o paciente tem a abordagem para todos os problemas, de maneira planejada, de forma a ter a otimiza&ccedil;&atilde;o do tempo, redu&ccedil;&atilde;o de custo e maior resultado&rdquo;.</p> <p> Jos&eacute; Ribamar Moreno destacou a import&acirc;ncia da reabilita&ccedil;&atilde;o de pacientes com dor cr&ocirc;nica, paralelamente ao tratamento com medica&ccedil;&atilde;o, uma vez que parte da dor decorre de uma defici&ecirc;ncia que o paciente desenvolve. A transforma&ccedil;&atilde;o na vida e no comportamento do paciente contribui para que ele restaure essa fun&ccedil;&atilde;o cerebral conhecida como neuro-modula&ccedil;&atilde;o, que acaba ficando prec&aacute;ria em fun&ccedil;&atilde;o da dor.</p> <p> Uma vida mais ativa, somada &agrave; melhoria do sono, &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do n&iacute;vel de estresse, a uma dieta com prote&ccedil;&atilde;o intestinal e a t&eacute;cnicas que melhorem a qualidade do pensamento, s&atilde;o elementos que podem minimizar os efeitos da dor cr&ocirc;nica, disse o especialista.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Tereza Barbosa</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em>.</p> automedicação dor crônica dores de cabeça dores na coluna medicina preventiva Saúde Sun, 13 Jan 2013 14:04:29 +0000 tbarbosa 711719 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Melhor qualidade de vida pode evitar as dores crônicas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-13/melhor-qualidade-de-vida-pode-evitar-dores-cronicas <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - Qualidade de vida &eacute; a receita para que as pessoas possam se prevenir e evitar as chamadas dores cr&ocirc;nicas. O alerta foi dado &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> pela neurologista Norma Fleming, respons&aacute;vel pelo Laborat&oacute;rio de Cefaleia da Cl&iacute;nica da Dor do Hospital Universit&aacute;rio Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A recomenda&ccedil;&atilde;o &eacute; que as pessoas n&atilde;o tenham sobrepeso para n&atilde;o sobrecarregar as articula&ccedil;&otilde;es e aumentar a possibilidade de ter artrose, dor articular, dor lombar. &ldquo;Se voc&ecirc; mant&eacute;m o seu peso adequado, se mant&eacute;m atividade f&iacute;sica, boa alimenta&ccedil;&atilde;o, pode evitar a dor cr&ocirc;nica&rdquo;.</p> <p> Segundo Norma, de modo geral falta capacita&ccedil;&atilde;o dos m&eacute;dicos para lidar com pacientes com dores cr&ocirc;nicas. &ldquo;O paciente com dor cr&ocirc;nica &eacute; diferente do paciente com dor aguda&rdquo;. Ela explicou que a dor aguda &eacute; um fen&ocirc;meno importante para o corpo humano, &ldquo;porque &eacute; um sinal de alarme para nos manter vivos&rdquo;. As dores agudas podem resultar de fraturas, por exemplo, de um infarto do mioc&aacute;rdio, de peso excessivo que a pessoa carrega.</p> <p> &ldquo;J&aacute; a dor cr&ocirc;nica &eacute; aquela em que ela passa a ser a doen&ccedil;a. Ela n&atilde;o &eacute; sintoma de infarto ou de fratura. &Eacute; a perpetua&ccedil;&atilde;o de um est&iacute;mulo e perde a fun&ccedil;&atilde;o de alarme. &Eacute; um fen&ocirc;meno complexo, porque gera altera&ccedil;&atilde;o emocional e cognitiva&rdquo;. Isso significa que o problema do paciente de dor cr&ocirc;nica n&atilde;o se resolve com analg&eacute;sicos comuns.</p> <p> Segundo Norma, o paciente necessita ser tratado por uma equipe multidisciplinar, que inclua fisioterapeutas e m&eacute;dicos da dor - que v&atilde;o usar medicamentos que atuam no sistema nervoso central, como antidepressivos e anticonvulsivantes, que aliviem a dor - al&eacute;m de psiquiatras e psic&oacute;logos para tratar a parte emocional. Ela lamentou que n&atilde;o existam ainda, no pa&iacute;s profissionais especializados no tratamento de dores cr&ocirc;nicas em quantidade suficiente.</p> <p> De acordo com a Associa&ccedil;&atilde;o Internacional para o Estudo da Dor (Iasp), uma melhora de 40% no n&iacute;vel de dor cr&ocirc;nica j&aacute; &eacute; considerada uma grande melhora. &ldquo;Em muitos casos, a gente n&atilde;o consegue tirar a dor, mas consegue causar al&iacute;vio, sim&rdquo;. A Cl&iacute;nica da Dor do Hospital Universit&aacute;rio Pedro Ernesto foi a primeira cl&iacute;nica multidisciplinar do Brasil para o tratamento de dores cr&ocirc;nicas. Al&eacute;m de um laborat&oacute;rio geral, onde s&atilde;o atendidos pacientes com lombalgias, a cl&iacute;nica disp&otilde;e de laborat&oacute;rios espec&iacute;ficos de cefaleia (dor de cabe&ccedil;a), c&acirc;ncer terminal e acupuntura.</p> <p> Norma , que tamb&eacute;m &eacute; diretora cient&iacute;fica da Associa&ccedil;&atilde;o para o Estudo da Dor do Estado do Rio de Janeiro (Aderj), defendeu a educa&ccedil;&atilde;o continuada para m&eacute;dicos que queiram aprender a tratar da dor e a melhoria da qualidade da medica&ccedil;&atilde;o dispon&iacute;vel para os pacientes, tendo em vista o seu custo, em geral bastante elevado. &ldquo;Quanto mais voc&ecirc; ensina, melhor as pessoas v&atilde;o tratar. Educa&ccedil;&atilde;o &eacute; a condi&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica para melhorar o atendimento&rdquo;, definiu.</p> <p> Os tipos mais comuns de dor cr&ocirc;nica s&atilde;o as lombalgias, cefaleias e dores neurop&aacute;ticas. Atualmente, al&eacute;m de centros especializados privados, apenas os hospitais universit&aacute;rios brasileiros disp&otilde;em de dedicadas ao tratamento de pacientes que apresentam dores cr&ocirc;nicas. As vagas, contudo, s&atilde;o limitadas. &ldquo;&Eacute; claro que a gente n&atilde;o consegue dar conta da demanda toda. Seria necess&aacute;rio que isso fosse multiplicado na maioria das cl&iacute;nicas de sa&uacute;de&rdquo;. A m&eacute;dia na unidade do Hospital Pedro Ernesto &eacute; de cem atendimentos por m&ecirc;s.</p> <p> Norma lembrou que o fator emocional faz parte do fen&ocirc;meno da dor, embora n&atilde;o seja a causa principal. &ldquo;&Eacute; raro a gente pegar algu&eacute;m na Cl&iacute;nica da Dor que tenha uma dor emocional. Mas &eacute; muito comum a gente ter um paciente que est&aacute; com dor cr&ocirc;nica e que ficou, por conseguinte, com uma altera&ccedil;&atilde;o emocional. Ou, ent&atilde;o, tem dor cr&ocirc;nica, passa por um problema emocional e a dor piora muito, porque a emo&ccedil;&atilde;o faz parte da fitopatologia&rdquo;. A m&eacute;dica advertiu que no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode haver pessoas que manipulem os sintomas da dor. Somente exames multidisciplinares podem comprovar se aquela dor cr&ocirc;nica alegada existe de fato ou n&atilde;o.</p> <p> Estudos modernos indicam que a gen&eacute;tica pode contribuir para a dor cr&ocirc;nica.&rdquo;Tem determinadas fam&iacute;lias que t&ecirc;m maior probabilidade de desenvolver dores cr&ocirc;nicas do que outras. O fator gen&eacute;tico teria alguma influ&ecirc;ncia&rdquo;. N&atilde;o existem dados, contudo, sobre como essa influ&ecirc;ncia ocorre.</p> <p> No momento, o ambulat&oacute;rio de cefaleia da Cl&iacute;nica da Dor do Hospital Universit&aacute;rio Pedro Ernesto estuda as dores de cabe&ccedil;a em pacientes idosos. De modo geral, a dor da artrose &eacute; mais comum nos idosos do que nos jovens, &agrave; exce&ccedil;&atilde;o de pessoas jovens que pratiquem esportes de alta performance, como atletismo. &ldquo;Esse vai ter artrose e vai ter dor. Ele convive com dor o tempo inteiro&rdquo;. Em compensa&ccedil;&atilde;o, as enxaquecas (dores de cabe&ccedil;a cont&iacute;nuas e persistentes) costumam acometer os jovens na faixa dos 20 aos 40 anos, &ldquo;quando come&ccedil;a a cair a atividade produtiva&rdquo;.</p> <p> Norma disse que nessa mesma faixa se inserem as lombalgias, em especial entre os 30 e os 50 anos. &ldquo;Essas dores que s&atilde;o altamente incapacitantes, se n&atilde;o forem tratadas adequadamente, pegam as pessoas em plena fase produtiva. Elas devem ser tratadas adequadamente, para [mandar] essa pessoa o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel de volta ao trabalho&rdquo;. Se a volta &agrave; atividade que a pessoa exercia n&atilde;o for poss&iacute;vel, a fun&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ser adaptada, sugeriu. &ldquo;N&atilde;o deixar a pessoa cair naquela situa&ccedil;&atilde;o de n&atilde;o poder trabalhar&rdquo;. Nesse caso, a readapta&ccedil;&atilde;o de fun&ccedil;&atilde;o &eacute; saud&aacute;vel para o paciente.</p> <p> Segundo a neurologista, a abertura de cl&iacute;nicas especializadas no tratamento da dor deveria ser uma pr&aacute;tica frequente nos hospitais de todo o pa&iacute;s e n&atilde;o somente nos hospitais universit&aacute;rios.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Tereza Barbosa</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em>.</p> automedicação dor crônica dores de cabeça dores na coluna medicina preventiva Saúde Sun, 13 Jan 2013 13:56:25 +0000 tbarbosa 711718 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Dor crônica afeta entre 15% e 40% dos brasileiros, dependendo da região do país https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-01-13/dor-cronica-afeta-entre-15-e-40-dos-brasileiros-dependendo-da-regiao-do-pais <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; O percentual m&eacute;dio de pessoas afetadas por algum tipo de dor cr&ocirc;nica no Brasil varia de estado para estado e pode ser de 15% a 40% da popula&ccedil;&atilde;o. Estudos dispon&iacute;veis revelam que em S&atilde;o Lu&iacute;s (MA), por exemplo, o &iacute;ndice de queixas de dores cr&ocirc;nicas chega a 47%, enquanto em Salvador (BA), chega a 41% e em S&atilde;o Paulo, fica entre 30% e 40%. Entre a popula&ccedil;&atilde;o mundial, de 20% a 30% sofrem com essas dores.</p> <p> A informa&ccedil;&atilde;o foi dada &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong>pelo vice-presidente da Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED), Durval Campos Kraychete, que tamb&eacute;m coordena o Ambulat&oacute;rio da Dor da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Segundo ele, dependendo do tipo de pol&iacute;tica governamental de sa&uacute;de, esses n&uacute;meros podem aumentar ou diminuir. &ldquo;Se voc&ecirc; [adota] medidas preventivas para a dor, a tend&ecirc;ncia &eacute; diminuir. Mas se a dor continuar subestimada, em termos de avalia&ccedil;&atilde;o e de diagn&oacute;stico, e subtratada, a tend&ecirc;ncia &eacute; aumentar&rdquo;.</p> <p> Kraychete disse que a m&eacute;dia de tempo que um paciente com dor leva at&eacute; procurar um ambulat&oacute;rio ou servi&ccedil;o especializado &eacute; de oito anos. &ldquo;A&iacute;, j&aacute; est&atilde;o bem comprometidos do ponto de vista da doen&ccedil;a, muitas vezes com incapacidade&rdquo;. Para o especialista, a implanta&ccedil;&atilde;o no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) dos Centros de Refer&ecirc;ncia em Tratamento da Dor Cr&ocirc;nica, criados por meio da Portaria 1.319/2002, do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, poder&aacute; contribuir para melhorar o tratamento da popula&ccedil;&atilde;o brasileira afetada por v&aacute;rios tipos de dor cr&ocirc;nica e reduzir esses &iacute;ndices. &ldquo;Porque isso acaba tendo impactos econ&ocirc;micos enormes&rdquo;, destacou.</p> <p> O m&eacute;dico disse que estudos internacionais mostram que o impacto em termos de perdas de pessoas em plena capacidade laborativa &eacute; grande. &ldquo;A gente acaba tendo gastos enormes para poder reabilitar essas pessoas &ndash; as perdas chegam a bilh&otilde;es de d&oacute;lares e, em geral, afetam pessoas ativas, entre 40 anos e 60 anos&rdquo;.</p> <p> De acordo com dados da Previd&ecirc;ncia Social, a dor de coluna responde por quase 160 mil licen&ccedil;as por ano. Os centros p&uacute;blicos poderiam reduzir bastante esse n&uacute;mero, assegurou Durval Kraychete, &ldquo;se tivesse uma avalia&ccedil;&atilde;o adequada, um diagn&oacute;stico correto e um tratamento tamb&eacute;m condizente com a doen&ccedil;a que o paciente apresente. Porque o que acontece &eacute; que tem muita doen&ccedil;a de coluna que &eacute; mal diagnosticada, mal tratada e muito uso inadequado da dor de coluna na Previd&ecirc;ncia Social&rdquo;.</p> <p> O especialista defendeu a ado&ccedil;&atilde;o de uma pol&iacute;tica de educa&ccedil;&atilde;o continuada, n&atilde;o s&oacute; para a popula&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m para os profissionais de sa&uacute;de, de modo a permitir abordagens e diagn&oacute;stico corretos da dor. Ele lamentou que poucas universidades do pa&iacute;s tenham o estudo da dor nos curr&iacute;culos m&eacute;dicos. &ldquo;Ou de qualquer profissional, j&aacute; que a abordagem da dor cr&ocirc;nica &eacute; multidisciplinar&rdquo;. Segundo Kraychete, isso deveria valer tanto para medicina, quanto para a odontologia, a enfermagem, a fisioterapia e outras especialidades. &ldquo;O desconhecimento come&ccedil;a, muitas vezes, no diagn&oacute;stico incorreto&rdquo;.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Tereza Barbosa</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em>.</p> automedicação dor crônica dores de cabeça dores na coluna medicina preventiva Saúde Sun, 13 Jan 2013 13:51:46 +0000 tbarbosa 711717 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/